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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

57% DAS CRIANÇAS ATÉ 5 ANOS SABEM UTILIZAR APLICATIVOS DE SMARTPHONES MAS APENAS 14% SABEM AMARRAR OS SAPATOS

Grandes momentos da infância, como andar de bicicleta sem rodinhas pela primeira vez, parecem estar perdendo importância diante das habilidades digitais adquiridas pelas crianças, que são capazes de operar um smartphone ou acessar um navegador de Internet cada vez mais cedo. Essa imersão no mundo digital é o tema da última pesquisa da série de estudos "Digital Diaries" realizadas desde 2010 pela AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores e dispositivos móveis. Foram entrevistadas mais de 6 mil mães em 10 países, incluindo o Brasil, para traçar um panorama de como as crianças utilizam dispositivos tecnológicos e a Internet.

A série de pesquisas "Digital Diaries" da AVG teve início há quatro anos, quando mães de diversos países foram questionadas pela primeira vez sobre os impactos da tecnologia em suas casas e famílias. Com 59% das entrevistadas afirmando possuir três ou mais dispositivos conectados à Internet, não é de se surpreender que as crianças tenham habilidades digitais bastante desenvolvidas desde muito cedo. A pesquisa mais recente revelou que na faixa etária entre 3 e 5 anos, mais crianças são capazes de operar jogos de computador (66%) ou utilizar um smartphone (47%) do que de amarrar os próprios tênis (14%) ou nadar (23%). 

"Essa pesquisa nos mostra que saber utilizar a tecnologia hoje é quase como respirar, uma obrigação. O desafio que os pais enfrentam agora, diante de questões como segurança e privacidade, é entender como educar e preparar as crianças nesse universo digital", declara Dr. Chris Brauer, Diretor de Inovação do Instituto de Estudos de Gestão de Goldsmiths, da Universidade de Londres. "Gostando disso ou não, os pais possuem a enorme responsabilidade de educar seus filhos para que façam um uso produtivo e responsável das tecnologias digitais. Os dados da pesquisa mostram a necessidade de ampliar o debate sobre privacidade e segurança nos lares conectados, mas também a necessidade de promover um estilo de vida mais equilibrado no que diz respeito ao uso da tecnologia e o incentivo a atividades offline".

Veja algumas das descobertas mais relevantes dessa pesquisa:

0-2 anos - O compartilhamento triunfa sobre a privacidade
Apesar do constante debate público a respeito da privacidade on-line, muitos pais estão criando uma vida digital para seus filhos antes mesmo que eles possam andar, falar ou mesmo antes de terem nascido.
•    Os dados globais apontam que 81% das mães já postaram fotos de seus filhos na Internet. No Brasil, o dado é ainda mais espantoso: 94% das mães já admitiram a prática, e a maior parte das fotos foram postadas antes do bebê completar um ano de idade.
•    As fotos de recém-nascidos são as mais publicadas, com 30% das postagens. No entanto, os pais brasileiros são os que menos simpatizam com esse tipo de postagem, praticada por apenas 12% das pesquisadas.
•    8% das pesquisadas disseram ter criado contas de e-mail para seus bebês. No Brasil esse número chega a 14%.
•    6% das mães criaram perfis em redes sociais para seus bebês, novamente no Brasil esse índice é maior, chegando a 12%.
•    O termo em inglês 'Sharenting' (ou compartilhamento paterno, em uma tradução livre) se refere ao hábito dos pais tornarem público, por meio da Internet, as etapas de desenvolvimento de seus filhos.
•    Grande parte das mães disse que esse hábito se deve à vontade de compartilhar esses momentos com familiares e amigos (80%) - por outro lado 25% afirmaram fazê-lo para mostrar um dia essa evolução aos próprios filhos.

3-5 anos - Mais habilidosos no tablet do que na rua?
Ao olhar para uma geração de crianças incrivelmente imersas no mundo digital desde o seu nascimento, o estudo demonstra que grande parte das habilidades digitais estão sendo conquistadas e aprendidas antes de atividades - antes básicas - do 'mundo real'.
•    A pesquisa demonstrou que 57% das crianças sabe operar pelo menos um aplicativo de smartphone ou tablet - um aumento de 38% desde que a mesma pergunta foi feita na primeira pesquisa da série, quatro anos atrás;
•    62% das crianças sabem ligar um PC, mas só 42% sabem o endereço de casa;
•    66% sabem operar jogos de computador, mas só 14% sabem como amarrar os sapatos;
•    57% sabem utilizar pelo menos 1 aplicativo de smartphone, mas apenas 25% sabem o que fazer em uma emergência;
•    Dentre os países pesquisados, os que apresentam maiores índices de desenvolvimento de habilidades tecnológicas são EUA, Reino Unido, Brasil e República Tcheca.
6-9 anos - Conflitos entre o mundo Real e o Virtual
Na faixa etária entre 6 e 9 anos, a internet parece estar profundamente presente na vida social das crianças, o que gera novas responsabilidades para os pais.
•    89% das crianças dessa idade usam a internet, no Brasil esse índice chega a 97%, sendo o mais alto entre todos os países pesquisados;
•    7% das crianças passam mais de 10 horas conectadas, mas a maior parte delas gasta entre 0 e 5 horas online.
•    46% brincam em redes sociais focadas em crianças como a WebkinzT ou o Club PenguinT, mas 16% estão no Facebook.
•    No Brasil o número de crianças que possuem perfil no Facebook é de 54%, mesmo com a determinação de idade mínima de 13 anos estabelecida por essa rede social.
•    Menos de 10% das mães acreditam que as brincadeiras nesse 'playgrounds digital' podem prejudicar as habilidades sociais de seus filhos, mas quase 19% temem que seus filhos estejam sujeitos à comportamentos agressivos ou à ciberbullyng.
Pais no Controle

Apesar de considerarem a tecnologia como benéfica para o desenvolvimento e aprendizado das crianças, grande parte dos pais ainda não está atento à segurança de seus filhos online.

•    Ferramentas de Controle Parental são utilizadas por 64% das mães pesquisadas. No Brasil, 33% das mães disseram não ter nenhum tipo de controle sobre o que seus filhos acessam online.

•    Grande parte das entrevistadas acredita que a tecnologia é altamente benéfica para o desenvolvimento de seus filhos (44% deram nota 5 em uma escala de 0 a 5). O Brasil está entre os países mais entusiastas da tecnologia, com 47% das mães respondendo com nota máxima.

•    Entre aqueles que apoiam o uso da tecnologia, 75% afirmaram acreditar que ela ajuda a ampliar habilidades motoras, e 67% acreditam que ajuda a desenvolver a expressão e a criatividade das crianças;

•    Entre os pais que não aprovam o uso da tecnologia, 70% acham que crianças não devem passar muito tempo em frente a telas de computador/tv/gadgets, e 66% acham que a tecnologia faz com que as crianças deixem de adquirir outras habilidades importantes para suas vidas.

•    A AVG Brasil acaba de lançar um e-book com orientações para pais e educadores sobre a segurança e privacidade de crianças e jovens online. O e-book pode ser baixado gratuitamente pelo endereço:http://www.avgbrasil.com.br/proteja-nossas-criancas

"As crianças hoje são apresentadas ao mundo pelas redes sociais e, com apenas alguns meses de idade, são muitas vezes "acalmadas" com o uso de dispositivos como tablets e smartphones. Podemos dizer que elas estão, literalmente, aprendendo sobre a vida por uma tela. Mas quanto tempo os pais gastam para pensar seriamente sobre as implicações de criar seus filhos no mundo conectado de hoje? Já há indícios de que alguns comportamentos indesejáveis podem levar ao ciberbullying na infância, e a passagem das crianças de redes virtuais especializadas para uma rede muito mais aberta, como o Facebook é maciça", explica Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG Brasil.

"Os pais não podem ser complacentes ou excessivamente permissivos, pois crianças desta idade não estão emocionalmente preparadas para lidar com todas as experiências on-line. Pais que oferecem e permitem o uso de dispositivos conectados - o que inclui celulares, tablets, videogames- devem ser também responsáveis por garantir a segurança e a privacidade de seus filhos", afirma Tony Anscombe, Evangelista de Segurança da AVG Technologies.

Todas as marcas registradas são de propriedade de seus respectivos proprietários.
Metodologia:

Um questionário on-line com 5.423 pais foi realizado no Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, República Tcheca, Austrália, Brasil, Canadá e Nova Zelândia. O questionário foi criado utilizando a ferramenta Research Now e o trabalho de campo foi realizado entre novembro e dezembro de 2013.

Um apanhado de um congresso.

2 comentários:

Patricia disse...

Importantíssimas essas informações da pesquisa em tantos países.
Acredito que os bons pais, conscientes de sua Missão Educadora, especialmente quanto a VALORES MORAIS, não deixarão a educação dos filhos por conta das máquinas, mesmo com a justificativa de "falta de tempo".

Daí, a importância de eles próprios, pais e familiares mais velhos, ficarem atentos mais às necessidades emocionais das crianças do que a preocupação apenas de "ocupar o tempo" em que os pais não estejam presentes.

É assustador ver um bebê em carrinho rindo sozinho segurando um tablet com joguinho, a mãe ou babá falando no celular enquanto esperam pra atravessar uma rua movimentada e CONTINUAR FALANDO NO CEL. até alcançar a outra calçada em frente.

É importantíssimo também, que as crianças já cresçam participando de atividades ao ar livre, com prática de esportes, socializando com outras crianças da sua idade, assim evitando ficarem fechadas dentro do mundo IRREAL, e nem sempre confiável, das máquinas e quaisquer gadgets de informática.

Acho fantásticas as oportunidades de fazer algumas coisas com mais rapidez e praticidade usando equipamentos eletrônicos, mas há que FREIAR ESSA DOENÇA de não se descolarem do celular em momento algum, em detrimento do OLHO NO OLHO, convívio pessoal, mais HUMANO.

E VIVA O BOM SENSO!

Liana Clara disse...

Viva o bom senso mesmo!

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