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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Trabalhos do lar 1ª parte – Cozinha

Por Maria Teresa Serman

"Os tempos mudaram...", diriam nossas avós. Antes toda mulher tinha que saber cozinhar, cuidar da casa e dos filhos. Hoje, as refeições frequentemente se fazem "às punhaladas", como destacava S. Josemaria Escrivá, com seu tom costumeiro, de bom-humor, mas falando as verdades. Abrimos várias latas e, pronto, está completa a obra. É realmente muito prático, e devemos aproveitar essas facilidades para acompanhamentos, molhos, talvez contribuir na salada. Contudo, fazer desses produtos a essência da alimentação é perigoso, pois eles contêm conservantes e aditivos danosos à saúde.

Para nutrir bem uma família, em corpo - dieta balanceada, comida saborosa -, e em espírito - aparência agradável, atraente tanto aos olhos quanto ao paladar, cardápio variado -, é preciso combinar engenho e arte, cabeça e coração.

Isso requer aprendizado, se possível alicerçado por um fichário competente e criativo. Pode ser este em parte herança familiar, com receitas testadas por gerações anteriores, combinada à nossa contribuição, com ingredientes mais modernos e novas fórmulas. Precisam, porém, também serem testadas e adequadas ao tamanho da família.

Há pessoas experientes, que já sabem fazer os pratos só no "olhomêtro", mas isso pode ser fatal para iniciantes. Daí a importância de um compêndio organizado, em forma de fichário (mais fácil de manusear), pastas com plásticos (boas também, as folhas ficam mais limpas, pois tendemos a pegá-las com as mãos "temperadas"), ou caderno.

Prática sugestão é separar as receitas por grupos alimentares, usando abas coloridas, de acordo com cada tipo de alimento: por exemplo, AZUL, para frutos do mar e peixes; VERMELHO, para vegetais e saladas; AMARELO, para massas e tortas salgadas; MARROM, para carnes; VERDES, para verduras; outra cor para molhos (pode ser CENOURA ou ROSA); BRANCO, para laticínios e queijos. Então, dentro de cada setor, serão ordenadas alfabeticamente. Isso poupa tempo e desgaste, deixando os cozinheiros mais felizes (os homens andam apaixonados por esse antigo reino feminino), o que a família agradece.

O prato mais saboroso pode ser mal aceito, se estiver visualmente prejudicado. Daí cabeça e coração, engenho e arte, matéria e espírito. Essa dualidade, constante na nossa vida, torna-se fundamental para a harmonia familiar, para a melhoria na saúde e nas relações interpessoais, na valorização e santificação do trabalho cotidiano.

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