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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Susan Boyle e a inteligência estética

Por Maria Teresa Serman

Todos já ouviram a lindíssima voz da escocesa Susan Boyle e, vamos ser sinceros, perceberam o paradoxo do som e da imagem. A voz sugeria, para não dizer reclamava, um outro invólucro. Ela parecia rústica, o oposto do som abençoado que suas cordas vocais produzem. E um competente pigmalião reconstruiu o rouxinol com nova roupagem.

As imagens são claras e belas. É impressionante ver a mudança da cantora, ao passar das fotos. No início, ela não está muito à vontade, o patinho feio ainda não vestiu a plumagem do cisne. A transformação está em processo. Eis que, então, o fotógrafo consegue deixar sua alma aflorar e ela dá um sorriso suave, bem de acordo com sua personalidade, que se adivinha tímida. E peço licença ao poeta: as descuidadas que me perdoem, mas capricho é fundamental. E as sisudas adotem o sorriso como elemento de sedução, no sentido mais amplo desta palavra.

Um dos milagres do mundo contemporâneo é a inteligência estética feminina (os homens já descobriram também, mas as mulheres utilizam há mais tempo). Tão eficiente quanto a inteligência emocional, e talvez um desdobramento desta, a inteligência estética não é mera vaidade ou superficialidade, mas um recurso extremamente importante para adquirir prestígio profissional e familiar.

Não vou me deter no aspecto profissional, pois todos sabem que a embalagem vende o produto. Obviamente não se consegue enganar todos o tempo todo; logo, cedo ou tarde, somente a aparência não vai dar conta. A competência é fundamental.
Importante é destacar que o ditado está certo: as aparências enganam. Não à toa os políticos se submetem a processos embelezadores quando estão em campanha. No caso específico da cantora, as pessoas se pré-dispuseram a julgá-la pelo que viam, isso se podia observar pelas caretas e risinhos de desdém. Foi tocante ver como a artista, usando o seu talento, transformou a platéia.

No âmbito familiar, o item primeiro é a auto-estima. Olhar-se com valentia no espelho e descobrir seus pontos fortes e fracos, ressaltando os primeiros e escondendo as misérias, é um dever conjugal, um prazer individual e um tesouro para a felicidade do lar. Os pais ficam gratificados, os irmãos, orgulhosos. Os filhos valorizam o capricho que percebem na mãe; as filhas aprendem e imitam. O marido se acha mais feliz e nem sabe por quê. Os homens percebem pouco os detalhes, mas absorvem o panorama geral. E a concorrência perde muitos pontos assim.

Caso você não consiga fazer isso sozinha, como Susan Boyle não o fez, não se envergonhe, peça ajuda. De uma amiga, da filha, da vizinha - lógico que devem ser visivelmente confiáveis - ou de um profissional. O que não pode é achar que está vivendo muito bem com o desleixo e a sem gracice. Fique esperta!

2 comentários:

Anônimo disse...

Fantástica a experiência, e a HUMILDADE e "entrega", por parte da SUSAN, da sua "falta de inteligência estética" nas mãos de algum profissional tão competente a ponto de conseguir trazer à tona o CISNE MAIS LINDO DO LAGO! ELA COLOCOU SEU SORRISO ENCANTADOR NUMA BELA "MOLDURA ESTÉTICA".

BELO EXEMPLO A SEGUIR!!!!

Liana Clara disse...

Cara amiga, o negócio é o seguinte: Basta clicar em nome/URL e então escreva seu nome e pronto. é só dar o postar comentário.
Na caixa escrito: COMENTAR COMO: clica na setinha ao lado que aparecerá o URL.
Beijos e obrigada pela observação que complementou tão bem o texto.

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