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quarta-feira, 5 de março de 2014

Tempo livre dos filhos - a recreação

Sabemos brincar com nossos filhos? Se eles não aprendem a brincar com seus próprios pais, com quem aprenderão? (Com terapeutas, se vierem a apresentar algum problema que requeira acompanhamento profissional?).

A criança não deseja brincar sempre só, quer que os pais participem algumas vezes, pelo menos. Sente-se decepcionada se isto nunca acontece. Brincar com os filhos, não brincar por eles. Isto pode ser uma ótima forma de aproximação e de compreender o seu mundo. Os filhos serão mais felizes com brinquedos simples, mas com nossa presença, do que sozinhos com brinquedos sofisticados.

Os brinquedos têm como objetivo principal estimular o espírito lúdico, criando motivo de diversão e fazendo com que a criança exercite um conjunto de faculdades, principalmente a imaginação.  Por isso os brinquedos podem chegar a ser um elemento fundamental na educação do tempo livre. São também, sem dúvidas alguma, ótimas armas para combater a fadiga. O brinquedo é um meio para a relação social da criança, pois sua utilização em comum ajuda-a a integrar-se na sociedade e a relacionar-se com os outros.

Não vamos entrar em detalhes sobre a adequação dos brinquedos para cada faixa etária, porém falaremos da quantidade dos brinquedos. Inundar o filho de brinquedos não é pedagógico.

O excesso de brinquedos pode ser devido a inúmeras causas: apelos publicitários; não sabem dizer “não”, compensações, não queremos que “sofram”, que fiquem frustrados ou, pior de tudo, queremos “comprar” o filho. Porém, essa “inundação” não consegue atingir seu objetivo: a distração, porque a atenção da criança não  mais consegue  se fixar em um brinquedo específico. O que faz ela? Passa de um brinquedo para outro, sem se deter em nenhum. Se o jogo é também um meio de aprendizagem, é evidente que a criança, nestas circunstâncias, encontra uma tremenda dificuldade em concentrar-se. E sua futura vida intelectual pode ficar comprometida a partir desse momento.

Brinquedo não é para ser guardado, “para que não se estrague”: irão brincar com aquela boneca quando fizer 15 anos? Isto não quer dizer que devam jogar os brinquedos, principalmente os mais valiosos, de qualquer jeito dentro de um baú. Ensiná-los a guardar os brinquedos com algum critério; os de plástico podem estar amontoados em um mesmo recipiente. Mas não é conveniente que brinquedos de montar estejam todos bagunçados, e a pobre da criança tenha que separá-los antes de brincar. Aquele tren    zinho elétrico ou aquela boneca especial, não vamos deixá-los guardar no baú, mas sim em uma prateleira ou mesmo no armário ao qual  eles tenham acesso.

Depois de brincar, guardar. Se a criança ainda é pequena, então  vamos ajudá-la, porém  frisando isto para ela.

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