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sábado, 16 de março de 2013

Francisco, nome bendito!

Ao ser proclamado o nome adotado pelo novo Papa, Francisco , a maioria o identificou com S. Francisco de Assis, o fiel representante da Santa Pobreza, o amigo da natureza e dos animais, o fundador da ordem religiosa dos franciscanos. Talvez essa associação imediata se faça também pelos hábitos do Cardeal Bergoglio, rapidamente difundidos pela imprensa, de cozinhar, viver simplesmente e utilizar meios de transporte públicos, ou pela popularidade que o santo de Assis sempre alcançou por sua missão reformatória da Igreja e sua mensagem carismática. Muito bem, amamos S. Francisco de Assis e a pobreza é uma virtude evangélica, Nosso Senhor Jesus Cristo "não tinha onde pousar a cabeça". Porém, há outros importantes Franciscos na história da Igreja Católica, que desejamos relembrar e  homenagear.

São Francisco Xavier - o correto seria "de Xavier", por indicar seu lugar de origem - nasceu na aristocracia, no ano de 1506, e foi um dos maiores missionários cristãos, sendo por essa vocação nomeado "Apóstolo da Índia", ou "Apóstolo do Oriente. Foi também co-fundador da Jesus, o que o aproxima do Papa recém eleito, o primeiro jesuíta a ocupar o trono de Pedro. A Igreja calcula que S. Francisco Xavier, quanto ao alcance e valor do seu apostolado, só esteja abaixo de S. Paulo, um dos pilares da Igreja, o "Apóstolo dos Gentios", quer dizer, dos não judeus.


"São Francisco de Paula (Paola, 27 de março de 1416) foi um eremita, fundador da Ordem dos Mínimos. Também conhecido como "O Eremita da Caridade", por sua opção de desprezo absoluto pelos valores transitórios da vida e dedicação integral ao socorro do próximo. Consta que, num só dia, o venerado de Paula atendeu em seu Mosteiro a mais de 300 pessoas necessitadas do espírito e do corpo, realizando curas prodigiosas. Francisco de Paula fundou a "Ordem dos Mínimos", uma fraternidade que exige do interessado em nela ingressar uma única condição: que se considere um "mínimo", pois Jesus dissera que se alguém quer ser o primeiro, que seja o último e o servo de todos..." (Seus pais não conseguiam ter filhos, e o pediram a S. Francisco de Assis, que vivera dois séculos antes, e lhes foi dado um menino que recebeu o nome do santo).
"A alegria, entretanto, foi de pouca duração, pois o recém-nascido Francisco teve um abcesso maligno no olho esquerdo, que lhe ameaçava a visão. Prometeram agora, caso o menino sarasse e tão logo a idade o permitisse, vestirem-no com o hábito franciscano, deixando-o durante um ano em um convento. Contam que seus milagres começaram já na infância." Contudo, não quis permanecer depois lá, desejava ser eremita. Buscou a solidão e a contemplação junto à natureza. "Segundo a tradição de sua Ordem, recebeu ali o hábito monástico das mãos de um Anjo."

“Não há espécie de doenças que ele não tenha curado, de sentidos e membros do corpo humano sobre os quais não tenha exercido a graça e o poder que Deus lhe havia dado. Ele restituiu a vista a cegos, a audição a surdos, a palavra aos mudos, o uso dos pés e mãos a estropiados, a vida a agonizantes e mortos; e, o que é mais considerável, a razão a insensatos e frenéticos”.

São Francisco de Sales  "nasceu no castelo da sua família, em Thorens (Saboia) em 1567, primogênito de treze irmãos, foi educado no Colégio de Clermont, dirigido pelos jesuítas, em Paris, estudou em Annecy e na Universidade de Pádua, na Itália, onde recebeu o doutoramento em Direito Canônico com 24 anos. Recusou uma brilhante carreira e resolveu estudar para ser sacerdote apesar da oposição da família. Foi ordenado em 1593, tornando-se reitor em Genebra, Suíça. Após, foi para Chablais, cantão suíço na região da Sabóia, onde foi pároco, e onde trouxe 8.000 calvinistas de volta à Igreja.
Era famoso diretor espiritual e pela sabedoria dos seus escritos. Ele e Santa Joana Francisca de Chantal, de quem foi diretor espiritual, criaram aOrdem da Visitação, uma Ordem religiosa contemplativa. Foi também diretor espiritual de São Vicente de Paulo. Tornou-se uma figura líder da Reforma Católica também chamada de "Contra-reforma" e ficou famoso pela sua sabedoria e ensinamentos.

Em 1609, seus escritos (cartas, pregações) foram reunidos e publicados com o título "'Introdução à vida devota" ou "Filotéia", que é a sua obra mais importante e editada até hoje.

Outra obra que também é ainda editada é o "Tratado do Amor de Deus", fruto de sua oração e trabalho. Estes dois livros são considerados clássicos espirituais. Além destes livros, a coletânea de cartas, pregações e palestras alcança 50 volumes. A popularidade e o valor destes escritos fez com que fosse considerado “padroeiro dos escritores católicos."

Então, será sensato dizer que o nosso novo Pai, que é o significado da palavra papa, escolheu muitíssimo bem seu nome. Há outros santos com esse nome, mas são estes os mais conhecidos.
Fonte:Wikipédia
                                                                         Maria Teresa Serman

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