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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Histórias do cotidiano de uma família numerosa - Viagem inesquecível

Existem fatos nas nossas vidas que se tornam inesquecíveis e depois do tempo passado viram histórias divertidas e bons motivos para umas risadas gostosas.

Não posso me esquecer de uma viagem, eu, grávida da nona filha, com meu marido, meu pai e mais 5 filhos. Os outros maiores não puderam viver esta gostosa aventura, não estavam de férias como os menores.

Fomos ao sul do país e na volta resolvemos passar em Florianópolis. Tínhamos um carro grande de 8 lugares, muitas bagagens e bastante ânimo pra seguir viagem, já ao entardecer. Meu pai topava tudo e ainda incentivava a prosseguir viagem até o escurecer: com certeza acharíamos alguma cidadezinha com um bom hotel pela frente, antes de chegar ao nosso destino.

Passamos por Lages em SC, seguimos e daí pra frente noite aberta e nada! Nenhum lugar com sinal de haver uma pensão sequer. Até que resolvemos entrar numa cidadezinha que avistamos ao longe e fomos à busca de um hotel.

Conseguimos algo parecido com hotel, muito simples, pelo visto era típico para caminhoneiro.

Alojamos-nos em três quartos, sendo que um com banheiro e para os outros dois o banheiro era coletivo, no corredor. Meu pai ficou com o único menino que estava conosco e as duas mais velhas ficaram num quarto sozinhas, com muitas recomendações da minha parte para que trancassem bem a porta e não abrissem pra ninguém. E eu e meu marido ficamos com as duas menores junto de nós.

Antes de dormir fomos ver se conseguíamos jantar ou um lanchar, mas não havia nada, encontramos por fim um barzinho onde a moça gentilmente resolver fazer uns ovos mexidos para que todos comessem com pães. Pela fome e pela hora, ninguém reclamou de nada e comeu com vontade o suculento lanche.

De madrugada, acordei com meu marido cheio de dores por conta do colchão que de tão fino chegávamos a sentir o estrado da cama! Insones, com dores, esperamos o dia clarear pra seguirmos viagem.

Pela manhã houve um motim das crianças, recusaram-se a tomar o café da manhã da pensão, era um bule de café com leite e pão seco. Sob protestos da garotada fomos colocar as bagagens no carro e, ao abrir o porta-malas, foi para o chão um garrafão de vinho que papai comprou nas terras de Bento Gonçalves. Vinho para todo lado, dentro e fora do carro. Colocamos assim mesmo as bagagens e tocamos a estrada pra frente, exaustos e reclamando do local e da noite mal dormida.

Ao chegarmos a Floripa uma surpresa: tudo estava sob as águas, a lagoa da Conceição e a pista à sua volta era tudo água. Foi uma noite de tempestade na cidade e tudo amanheceu alagado.Com muito custo chegamos a um restaurante e fizemos uma bela refeição.

Alimentados e alegres, tivemos que constatar a graça que foi ter onde passar a noite, apesar de todos os pesares, sem os incômodos da enchente. Só tivemos que agradecer a Deus pelo hotel zero estrelas!

2 comentários:

Maria Teresa disse...

Esta viagem foi inesquecível, deu pra perceber! Viajar com crianças é trabalhoso, mas muito divertido! E renova-se a alegria ao recordar, qdo já estão grandes... Qdo tínhamos só os três mais velhos, eles brigavam infernalmente pelas janelas. Consegui convencê-los, então, de que o lugar do meio tinha uma vista mais ampla, era melhor. Pra quê! Começaram a brigar pelo meio, o que era pior, só tinha um no carro! Hoje eles lembram e riem, é muito bom!

Liana Clara disse...

Comigo sempre acontecia o mesmo, as crianças brigavam pela janela.
Estas viagens são maravilhosas!

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