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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Alerta total: abuso infantil

Abuso e assédio sexual infantil é um assunto recorrente nos noticiários, infelizmente. Mas, se por um lado isso revela a constância dos casos, por outro serve de alerta aos pais e responsáveis para a seriedade do tema. Às vezes, mesmos indignados e comovidos, caímos no engano de pensar que os nossos filhos estão livres desse tipo de perversidade. No entanto, todo cuidado é pouco quando se trata da segurança das nossas crianças e dos perigos que podem cercá-las.

Fiquei especialmente assustada depois de uma conversa recente, em um grupo de amigas – todas mães, de diversas partes do Brasil –, pelo whatsapp. A maioria – senão todas – sofreu algum tipo de abuso, na infância. E, o mais preocupante, muitas acabaram silenciando, por medo, vergonha, sentimento de culpa. Umas sofreram violações sérias e outras, felizmente, os pervertidos não conseguiram ir mais longe.

De acordo com os dados revelados pelo Ministério da Saúde*, a cada dia, cerca de 20 crianças entre 0 e 9 anos, e 27 entre 10 e 19 anos são vítimas de violência sexual. Como pais, não podemos fechar os olhos para essa realidade tão asquerosa. Pessoas de má índole não andam por aí com placas estampadas na testa. Podem ser estranhos ou até conhecidos que, sutilmente, aproveitam-se da inocência e curiosidade infantil, bem como da distração dos adultos. Preocupados com essa realidade, pensamos em algumas medidas que podem ajudar a diminuir ou afastar de vez tal risco da vida dos nossos filhos. Confiram:

- Relação de confiança e amizade. Precisamos incentivar e favorecer o diálogo e a verdade, para que nossas crianças confiem em nós. Saber o que aconteceu no dia e o que pensam sobre diversas coisas. Conhecê-las o suficiente a ponto de perceber qualquer mudança e quando algo não vai bem – e jamais ignorar isso! Não precisamos ficar obsessivos, apenas atentos!

- Enfatizar as orientações importantes. Repetir, sempre que necessário, aqueles ensinamentos de ouro: não falar com estranhos; não permitir que mexam em suas partes íntimas (ou explicar quem pode, como pode e em qual situação pode) etc.

- Ensinar a diferença entre educação e excesso de intimidade. Podemos dizer “bom dia” ao porteiro ou agradecer alguém por ter segurado o elevador, mas desenvolver uma conversa, só na presença dos pais. Também, jamais passar informações a um adulto, sem o consentimento dos responsáveis, e por aí vai

- Cuidado com a internet. Quando os filhos já usam internet e redes sociais é essencial estabelecer limites, horários e quem sabe até salvar os bate-papos. Nada de muita privacidade e muitos segredinhos. Precisamos estar a par das coisas. Dar certa liberdade aos filhos – à medida que vão crescendo – é importante, mas eles ainda estão aprendendo e precisam de nós, mesmo que pensem que não.

- Tio ou moço?  Muitas crianças tem o hábito de chamar qualquer adulto de tio/tia, ainda que não sejam parentes ou tenham um laço afetivo. Costume que pode dar liberdade e intimidade desnecessárias. Tios e tias são os familiares e as pessoas próximas da família. Para os demais, “moço”, “moça”, “senhor” ou “senhora”, parece ser mais apropriado.

- Discrição no vestir. É comum as crianças vestirem apenas fralda, calcinha ou cueca em casa, quando faz calor. No entanto, dependendo da idade dos filhos e da privacidade da residência, tal hábito pode expor e comprometer a segurança deles. A facilidade de alguém fotografá-los/filmá-los escondido e de despertar a atenção de pessoas com intenções ainda piores (foi assim que começou alguns dos abusos comentados no início) é enorme. Por isso, filhos vestidos – confortavelmente – em casa, além de preservá-los de possíveis perigos, também serve de ensinamento quanto ao pudor, discrição, zelo e cuidado consigo mesmo.

Pode parecer bobagem e exagero, mas algo simples assim é capaz de fazer enorme diferença! E você, tem alguma dica sobre o tema, para dividir com a gente?

*Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1456502&tit=Noticias-do-Brasil-subterraneo

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