Ser carioca, mais do que um estado de espírito, é uma especialidade concedida magnanimamente por Deus, que já afirmaram ser brasileiro, então, por que não, também carioca? A "casa de branco", significado indígena para o nome carioca, é tão grande que abarca todos os que aqui nasceram, aqui vivem, apesar de terem nascido alhures, amam o Rio e se integraram ao jeito carioquês de ser. Estou "cometendo" conscientemente vários lugares comuns, mas, fazer o quê? S.Paulo que me perdoe, mas a beleza e a faceirice do Rio são fundamental para o Brasil, principalmente neste momento em que o brio da galera está no máximo, o orgulho "tá bombando"!
Um jornal que não preciso nomear, pois todo mundo sabe qual, está promovendo uma pesquisa popular, em uma de suas colunas, de detalhes do jeito ca
O Rio está ressurgind
o, de uma forma que nenhum de nós esperava, graças à competência e honestidade de um homem chamado Beltrame (não à toa seu segundo prenome é Mariano), e aos valorosos policiais honrados, que, felizmente, vem se destacando mais do que a banda podre. É preciso, porém, que o carioca, mesmo com seu estilo moleque, recupere a sua amabilidade - não falo de intimidade, a que somos dados um pouco desabridamente, derrapando na inconveniência. As pessoas andam se trombando na rua, esquecendo a educação em casa, e sorrindo menos. Deve ser o calor.Praticar atitudes ecologicamente necessárias, com relação ao lixo, à poluição, etc, é muito importante. Mas o renovado amor pela Cidade (de novo) Maravilhosa deve restaurar o genuíno espírito de seus habitantes para a afabilidade levada a sério. Tão a sério quanto a vocação para o trabalho que temos, embora os adversários invejosos tenham espalhado o contrário. Não temos é culpa de trabalhar sentindo o cheiro do mar, ouvindo o batuque do samba, sentindo o calor do sol deste pedaço do Jardim do Éden. Bem Américo Vespúcio escreveu em sua carta, quando por estas águas navegou, que o jardim dos nossos primeiros pais teria sido aqui. Acertou!

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