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sexta-feira, 10 de abril de 2015

“Tá” se limpando!

Por Raquel Suppi

Eu gosto muito de registrar – em um caderno – os acontecimentos mais marcantes da vida dos meus filhos, especialmente as situações engraçadas – e constrangedoras. Volta e meia, escolho uma delas para contar aqui no Negócios de Família. Desta vez, porém, falarei sobre um episódio que aconteceu na minha infância, quando eu fui a responsável por fazer os meus pais passarem vergonha!

Minha mãe brinca dizendo que os netos “vingam” os avós pelos constrangimentos que os seus pais fizeram os “velhinhos” passar e, claro, pelo trabalho que deram, quando eram crianças. Meus filhos resolveram não desapontar a avó, e estão levando a cabo o que ela diz, aprontando muitas comigo – e com o pai! Por isso, hoje descreverei uma cena que meus pais – especialmente a minha mãe – nunca esqueceram, e que já virou piada na família! Afinal, depois do apuros, a gente consegue rir – e muito! Talvez isso explique um pouco da “teoria” da minha mãe, e o quanto ela se diverte quando os netos me envolvem em situações embaraçosas.

Meus pais e eu estávamos de férias, viajando em família. Eu tinha cinco anos e, entre os passeios, fomos almoçar em um restaurante. Lá estava lotado, e pedi para ir ao banheiro com a minha mãe. Depois de usar o sanitário, fiquei impaciente para retornar à nossa mesa, que ficava bem distante. Obviamente, minha mãe não permitiu e me mandou esperá-la. Obedeci, mas fiquei do lado de fora, olhando o movimento do local.

Meu pai, vendo-me sozinha à porta do banheiro, ficou preocupado e, gesticulando de longe, perguntou onde estava a minha mãe. Sem hesitar, respondi gritando, para garantir que ele me ouviria:
- “Tá” se limpando!

Minha mãe, claro, também escutou – assim como o restaurante inteiro –, e ficou com tanta vergonha, que demorou bastante para ter coragem de sair lá de dentro. E, quando saiu, deu uma de “eu não sou a mãe e não conheço essa menina”, pedindo-me, discretamente, que fosse caminhando à sua frente, sem olhar para trás. Não demorou e já estávamos todos rindo do ocorrido, enquanto almoçávamos. A sorte era que havia muitos estrangeiros no estabelecimento e, provavelmente, poucos compreenderam o que eu falei – ou berrei!

Anos depois, após passar por “maus lençóis” com os filhos, acredito já ter “quitado a dívida” que tinha com a minha mãe. Ela, no entanto, discorda! Brinca dizendo que precisarei viver muitos outros momentos constrangedores para conseguir “pagar” o que lhe causei. Coitada de mim! Que um dia, meus futuros netos, ajam em meu favor! (Risos).

Um comentário:

Pat disse...

Oi, Raquel!
Olha só uma "preciosa" de um dos meus 5 irmãos, quando éramos todos crianças,em pleno saguão de um aeroporto internacional, de Portugal:"Mãe, olha lá em cima no letreiro! Está escrito o nome do avião em que chegamos: TAMANCOS AÉREOS PORTUGUESES.

No que ela olhou incrédula o tal letreiro, uma voz dizia pelo autofalante: passageiros em trânsito, favor dirigirem-se ao Portão de EMBARQUE. A TAP agradece sua preferência. (ou, dizia algo muito semelhante!). Ainda bem, né, que não formos DEPORTADOS!!!kkkkkk

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