logo

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Diário de bordo – com três no avião!

Viajamos recentemente em família, coisa que amamos fazer. No entanto, foi a primeira vez que andamos com os três filhos juntos, de avião. Na última, tínhamos apenas o André e o Pedro (um com três anos e o outro com seis meses, na época). Agora, também levaríamos a Clara (10 meses). Estávamos empolgados! Não víamos a hora de embarcar nessa aventura, mesmo sem termos ideia de como os filhos mais novos (especialmente o do meio, que é bastante agitado) se comportariam no avião. Preocupados, tentamos marcar voos noturnos, para aumentar as chances de todos dormirem no trajeto.

Embora o nosso principal destino fosse a cidade da família do meu esposo, também visitaríamos outros lugares. De modo que, durante as duas semanas de “férias”, pegaríamos quatro voos (sem contar as conexões), entre os quais, três nos preocupava bastante (principalmente, pelo tempo de duração). O curioso foi que, exceto por um detalhe nada agradável, praticamente aconteceu o oposto: o trecho que achávamos que seria mais tranquilo na verdade, acabou sendo o mais desafiante! Embarquem nessa aventura aérea e acompanhem o nosso diário de bordo!

O primeiro voo foi ótimo, apesar de longo. Mas, por ser noturno, as crianças dormiram quase o tempo todo. Acordaram somente para a conexão, que foi rápida e sem estresse. Os pequenos não deram trabalho algum, tampouco o mais velho, de seis anos. No início, o Pedrinho – de dois anos – demonstrou certo aborrecimento. Isso porque ele estava com sono e queria deitar no meu colo, mas ainda não podia desafivelar o cinto. Nesse momento, soltou: “Chega mamãe! Vamos sair desse avião!” (Risos). E só! Logo consegui acomodá-lo e tudo deu certo. Só voltou a reclamar quando percebeu que íamos entrar em outro avião (na conexão): “Ah, não! De novo?!” (Risos).

O segundo voo era o que mais temíamos: longo, durante o dia e com conexão demorada. Mas foi o melhor! Ninguém deu trabalho, sentiu dor no ouvido, enjoo ou ficou entediado. O nosso “agitadinho” dormiu ainda a caminho do aeroporto e só acordou quando já estávamos perto de pousar no destino final. Em compensação, quando acordou, não parou mais e já começou a aprontar no desembarque. Quem estava no nosso avião, e passava por nós no aeroporto, brincava: “Segura o Pedro”! (Risos).

Já o terceiro voo, que tínhamos a ilusão de ser o mais calmo – afinal, era direto e não chegaria a durar 1h –, foi bem difícil! A começar pela confusão que a companhia aérea fez com os nossos assentos. Chegaram a cogitar em nos colocar em poltronas separadas – todos os quatro, já que bebê de colo não conta! Imaginem tal absurdo?! Foi preciso outra família, gentilmente, abrir mão de alguns de seus lugares, para que três de nós ficássemos juntos. Assim, pude ir com os filhos na mesma fileira, mas o meu marido ficou bem longe. O voo foi – literalmente – turbulento, do início ao fim! Não pudemos desatar os cintos e o serviço de bordo foi suspenso por conta dos fortes tremores. As pessoas estavam assustadas e soltavam gritos de terror! Menos mal que o André, o mais velho, parecia indiferente ao que estava acontecendo, jogando em seu tablet. A Clarinha ficou bastante inquieta e incomodada. Queria dormir, mas não conseguia, por conta da zoada. E o Pedro, coitado, fez um escândalo, sentindo muitas dores no ouvido. Isso tudo com o esposo distante, sem poder ajudar, porque a comissária – sem tato algum – o impedia!

Quando a coisa já estava bem tensa, acenei para o esposo, pedindo “socorro”. Ele foi ao meu encontro, ignorando a “chamada de atenção” da aeromoça. Então, pedi-lhe que levasse a Clarinha, para que eu pudesse dar melhor assistência ao Pedro. Na hora do pouso, meu pequeno ainda chorava, no meu colo. Nesse momento, a comissária me pediu que o colocasse em sua própria cadeira. Expliquei o que estava acontecendo, que estava com dor, que só tinha dois anos e que, em outro voo, haviam compreendido e me permitido tomar a decisão, por ser a mãe. Ela continuou inflexível. Para não ser grossa, silenciei e o coloquei – aos berros – ao meu lado. Mas, quando a moça deu as costas, peguei-o de volta. Graças a Deus, o tempo do percurso foi curto, embora tenha parecido uma eternidade.

O quarto voo, que saiu no final da tarde, iniciou muito bem! O Pedrinho, apesar de ter se queixado de dores na barriga, dormiu bastante. A parte desagradável veio após a conexão, no último trecho da viagem. Logo que decolamos, a Clarinha, que nunca havia tido problemas do tipo, começou a chorar de dor no ouvido. No mesmo instante, o irmão do meio também começou a se queixar de dor no abdômen. Ambos estavam inconsoláveis e queriam o meu colo. Mediquei a caçula e, quando começou a fazer efeito, ela aceitou ficar com o pai, para que eu pudesse cuidar do Pedro. Quando veio para o meu colo, tudo se resolveu! Isso porque, segundos depois, ele vomitou o que estava lhe incomodando. Haja vômito! Em cima dele, em cima de mim e no corredor do avião! Depois, adormeceu tranquilo, enquanto eu tentava nos deixar o mínimo sujo possível!

Foi mesmo uma grande e divertida – e um pouco tensa também – aventura! Passamos por uns apertos, mas tudo valeu a pena! No fim, a gente dá muitas gargalhadas relembrando! E são essas as histórias mais contadas! Já estamos aguardando a próxima, só espero que tenha menos vômitos!

7 comentários:

Patricia Carol disse...

Caramba, Raquel! Você e o esposo são HERÓIS!!!
Conta mais, tá? Ainda não consegui parar de rir... e de ADMIRAR A CORAGEM DE VOCÊS, PAIS!

Abração!
Pat

Pat disse...

Liana, "a propos" me diga que você nunca entrou num avião com os seus 9 de uma vez, tá? Imagino o que acontecia em férias de carro...de avião, NEM PENSAR, né? NEM QUE FOSSE GRÁTIS!!!

Bjossssssssss,
Pat

Liana Clara disse...

Pat nunca consegui viajar de avião com os 9 filhos juntos. O problema era dinheiro, falta dele, rsrsrs. Não foi por falta de queremos.

Mas em viagens de carro com quase a turma toda junta, passamos poucas e boas. Coisas essas hoje que fazem histórias em casa e nos tiram boas risadas.

Essas dificuldades pelas quais a Raquel passou nos deixam mais fortes e mais safas para enfrentar o dia a dia de uma família numerosa.

Beijos

Pat disse...

Liana,
Mesmo que vocês tivessem ganho as 11 passagens de avião em algum sorteio, acredito que você pensaria seriamente em ir na cabine do piloto pra não ouvir a zoeira pelo corredor todo, rs rs rs, ou outra solução, os outros passageiros irem na "mega cabine" de piloto e você ficar com as crianças nas cadeiras mesmo, com o "detalhe" de colocar um head phone de casa até o destino final...assim até poderia ser possível, né? Brincadeirinha, viu? Claro que os maiores ajudariam a cuidar dos menores, como é o habitual nessas belíssimas famílias grandes! Tá falando a minha "inveja Santa"!!!
Bjssssssssssssssssssssssss,
Pat

Pat disse...

Liana,
Mesmo que vocês tivessem ganho as 11 passagens de avião em algum sorteio, acredito que você pensaria seriamente em ir na cabine do piloto pra não ouvir a zoeira pelo corredor todo, rs rs rs, ou outra solução, os outros passageiros irem na "mega cabine" de piloto e você ficar com as crianças nas cadeiras mesmo, com o "detalhe" de colocar um head phone de casa até o destino final...assim até poderia ser possível, né? Brincadeirinha, viu? Claro que os maiores ajudariam a cuidar dos menores, como é o habitual nessas belíssimas famílias grandes! Tá falando a minha "inveja Santa"!!!
Bjssssssssssssssssssssssss,
Pat

Patricia disse...

Help!
Começou o "festival de DUPLICATAS"!
Finge que este foi mandado pela Patricia, e o anterior, pelo meu alter ego, a Pat, tá?rs rs rs

Liana Clara disse...

Ahhahahhahahaahhahah
A internet continua pregando peça em você Pat!!

Postar um comentário