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segunda-feira, 6 de abril de 2015

A nova língua da minha casa

Por Verônica Lunguinho

Criança vai crescendo, vai ficando cada dia mais esperta. De repente, a gente se vê mudando uma série de hábitos, objetos e até a linguagem falada em casa.

Vou explicar melhor: meu filho (1a10m) já entende muito bem algumas conversas dos adultos. Portanto, se há algum assunto que ele não possa ouvir, temos que falar por meio de códigos.

Por exemplo: estou desmamando ele, logo, aqui em casa não se pronuncia mais as palavras "peito" e "mamá", pois, se falarmos, ele vai ouvir e pedir. Quando quero falar ao meu marido sobre o mamá eu digo: "Aquele negócio que eu tenho e você não tem". E por aí vai.

Compartilho com vocês nosso dicionário de sinônimos para palavras proibidas (que permanece em construção, rs):

  • Porca rosa - Peppa
  • Aquele doce gelado e gostoso - Sorvete
  • O derivado do leite que tem sabor de morango - Iogurte
  • Aquele líquido que ele não pode beber antes do almoço - Suco
  • Aquela bebida preta do rótulo vermelho - Coca-Cola
  • Aquele doce preto de cacau - Chocolate
  • O lugar de lazer infantil perto da pracinha da igreja - Parquinho
  • Aquele objeto de duas rodas - Bicicleta
  • O meu irmão mais novo - titio (ele adora o titio. Se falarmos do titio em um momento em que o titio não pode brincar com ele, é um chororô)

Há muito mais situações que não me lembro agora, em que falamos por códigos a fim de evitar uma birra desnecessária. Por isso digo: filhos nos obrigam a ser criativos.

Um comentário:

Patricia disse...

Essa foi ótima, Verônica! Mais engraçado ainda, quando ele for bem grandinho e vocês contarem essa estorinha pra ele, sobre o "vocabulário novo"!
KKKKKKKKKKKKKK

Um "aquilo que a gente faz quando coloca os braços em redor de outra pessoa, na altura dos ombros"!
Pat

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