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terça-feira, 24 de março de 2015

Educar os filhos - não é receita de bolo!

Outro dia um amigo quis saber de mim que tenho filhos homens e mulheres, nove, como foi a divisão de tarefas em casa? Queria saber se de alguma forma os filhos executaram tarefas domésticas e se houve alguma diferenciação para os meninos e meninas? Como eduquei meus filhos, os meninos e as meninas.

Quanto a educação dos filhos, acho que aqui em casa as coisas foram bem diferentes do que atualmente vemos nas famílias. Primeiro todos tinham tarefas domésticas, além dos estudos, os meninos e as meninas. Como os mais velhos eram homens eles ajudavam na limpeza e nas lavagens das louças. O que foi bom porque neste mundo de hoje eles não se apertam com tarefas domésticas. Chegamos a ter um quadro de pequenas tarefas para que cada um soubesse das suas atribuições na casa. Isso não mexeu com a masculinidade, nem a feminilidade de cada sexo, só os deixou mais fortes e preparados para a vida.

Sempre fui uma mãe durona, exigente, mas isso não fez mal a nenhum deles. Nossos filhos foram bons alunos, as meninas deram um pouco mais de trabalho, o que eu credito aos colégios, pois eles estudaram num excelente colégio que era só para homens, e as meninas não tiveram a mesma oportunidade. A caçula é bem estudiosa e adora ler, é uma “rata” de livros.

Em resumo nossos filhos homens não foram de brincar na rua. Mas jogavam futebol na escola, e aos sábados, em clubinho para crianças. As meninas também não tinham esse costume, as amigas vinham pra nossa casa brincar. O que me facilitou muito ver com quem andavam. Não havia necessidade de brincar fora de casa, pois vivíamos numa residência grande e com um pequeno quintal, facilitando a seleção do convívio com outras crianças.Viajávamos sempre que podíamos com todos os filhos.

Essa forma de educar não é típica de famílias numerosas. Conheço algumas, que não usam ou não usaram esses nossos métodos, para nossa família foram bons e produziram bons frutos.

Uma coisa que pesou muito na educação dos nossos filhos foi nunca questionarmos o cumprir as obrigações religiosas, demos a doutrina da fé que professamos. Empenhamo-nos em dar a nossa doutrina, e sempre nos acompanhavam nas missas de domingo. Fizeram catecismo, primeira comunhão, crisma.  Tiveram a ajuda da formação do Opus Dei, uma obra católica, e isso foi um divisor de águas.

Outro ponto muito importante foi o exemplo. Não fazíamos o que eles também não deveriam fazer.  Logo, não assistíamos as programações de TV imprópria para menores, e coisas deste tipo. Substituímos as novelas da noite por tertúlia com a garotada. Inventávamos brincadeiras, ou aproveitávamos o tempo para tirar dúvidas escolares.

Um ponto importante foi o do o diálogo, eu levava e buscava todos na escola, e aproveitava o tempo no transito para conversarmos, ou ficava sabendo de tudo que acontecia com cada um assim que chegavam a casa, notícias fresquinhas. Meu marido também fazia o mesmo, aproveitava todas as oportunidades para saber de cada um. Mesmo chegando a casa cansado do dia de trabalho encontrava tempo para ver como iam na escola e tirar dúvidas das matérias.

Nunca cobramos notas máximas, cobrávamos que estudassem, e cada um era avaliado dentro das suas limitações. Hoje já tenho seis formados, e mais duas pra se formar até o fim deste ano. Só a caçula de 14 anos esta no segundo grau. Ensino médio.

Não somos modelo para nenhuma família, cada casal deve combinar, entre si, o que quer para seus filhos. Simplesmente contei o que funcionou no nosso lar. Dou graças a Deus porque conseguimos dar instrução e formação humana a cada um. Eles podem até, um dia, perder o rumo na vida, mas sempre saberão qual deve ser o caminho de volta. O que realmente faz a diferença é acreditarmos no que fazemos e sermos firmes em nossas convicções.

4 comentários:

Patricia Carol disse...

Liana querida amiga,

Conheci alguns dos seus filhos mais velhos, na época dos "clubinhos" na sua casa quando cheguei a levar meu filho pequeno pra participar algumas vezes, acho que aos sábados. Na época, eu já morava na Barra e assim ficava bem longe pra ir de táxi, já que eu não dirigia. Acho que um dos seus meninos estava um ano acima da turma do meu, e o outro logo numa turma abaixo,no maravilhoso colégio religioso em que estudavam. A minha filha frequentava os "clubinhos" das meninas no Opus Dei, onde eu ajudava a ensinar-lhes tb. "culinária"( PÃO DE QUEIJO era a receita preferida!)e eu mesma tive oportunidade de conhecer várias famílias com os ideais de vida espiritual que buscávamos passar nossos filhos.

Fizemos o melhor, cada um educando dentro das suas possibilidades, e lamentavelmente, nem todas aquelas crianças puderam ter famílias unidas até estarem adultos. Mas, como sabemos que ELE AMA AS CRIANÇAS de modo especial, podemos sempre esperar que qualquer um deles que pudesse se desorientar ao longo do CAMINHO até a vida adulta, terá SEMPRE A CHANCE DE VOLTAR!
Parabéns pela forma como conseguiram encaminhar seus filhos e filhas! Você e o PP já estavam escolhidos desde sempre, antes da Criação do mundo, para serem esses esposos e pais-amigos segundo a VONTADE DE DEUS!

Abração do tamanho da sua FAMÍLIA!
Pat FELIZ("apesar dos pesares" como dizia São Josemaría Escrivá)

Liana Clara disse...

Pat essa foi uma época muito boa. Das crianças pequenas. Foi muito bom nos conhecermos no clubinho. Essa nossa amizade ja vai longe!! Beijos

Dafny disse...

Liana! Adorei! O estilo da sua família é bem parecido com a minha, algumas coisas que vc relatou parecia que estava falando da forma com que fazemos aqui em casa! Bom, espero que os meus cresçam tão bem quanto os seus! Obrigada pela partilha!

Liana Clara disse...

Oi Dafny

Sua família está cada vez mais linda! Vejo o jeito como vcs crianças as crianças e com certeza vai dar certo. Seus filhos são uns amores. Como disse a Pat acima "vcs já estavam escolhidos desde sempre, antes da Criação do mundo, para serem esses esposos e pais-amigos segundo a VONTADE DE DEUS!

Continue firme nos seus propósitos educativos e não se permita influenciar pela maré.
Beijos

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