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sábado, 25 de fevereiro de 2012

Que língua as mães falam?

Por Maria Teresa Serman

As mães veteranas, quer dizer, com mais tempo de experiência e filhos mais velhos, certamente entenderão o que vou expor, e talvez se vejam retratadas nas colocações. Afinal, é como se costuma dizer: os filhos são parecidos ( porque os seres humanos o são), "só muda o endereço".

Há horas, mais ainda, fases, em que parece que tudo se entende inversamente e o resultado é confusão e desacerto. Pequenos elogios ou atitudes sem intenção transformam-se em motivo de disputa e brigas. Nós, mães - não acho que os pais pisam o mesmo caminho tortuoso -, frequentemente somos mal interpretadas, os filhos encaram algumas coisas como competições e comparações.

Cada filho merece e espera atenção e amor individualizado e pessoal. De novo, como todos nós humanos. Arrisco dizer que até os animais são assim. Contudo, por mais que a gente se desdobre, acabamos escorregando nas diferenças e PIMBA! Eles interpretam do seu jeito.

Alguém me informe, por favor, se isso não acontece no seu caso, e me ensine como fazer melhor. Há trinta e um anos que venho sendo mãe, tentando acertar, mas ainda estou tateando. Graças a Deus tem o pai, exemplar, para ajudar. Aliás, alguns dos filhos fazem questão de dizer ou sugerir que ele é fantástico, os erros, claro, foram meus, em sua maioria (isso está implícito). Todavia, o resultado está sendo frutuoso e bom, apesar dos meus "embroglios".

Não quero dar a impressão de que meus filhos vivem reclamando. Os ciúmes e críticas são raros, mas sempre deixam um gosto de fracasso em mim, deve ser orgulho. Gostamos de pensar que tudo, TUDO mesmo que lhes acontece, é obra nossa, como somos vaidosos! Eles têm livre arbítrio e a Divina Providência para nos auxiliar. Então, podemos relaxar um pouco e aproveitar os frutos prazerosos cujas sementes plantamos, deixando de lado um pouco a infalibilidade que nos persegue. Quando forem pais e mães, verão o que é bom pra tosse, e como é bom ter filhos e amá-los incondicionalmente.

5 comentários:

Carol disse...

Olá, colega! Considere-se MUITO NORMAAAAAAAAAAAAAL, pois sendo mãe de 2 filhos há 42 anos, tenho a mesma sensação sua de que "errei" com um e acertei com outro, embora tenha dito coisas semelhantes para os dois: só o resultado é que mostra como a INTENÇÃO DAS MÃES É SEMPRE BOA, embora nem sempre seja compreendida da mesma forma pelos irmãos... e Vive la difference!
Siamo tutti buona gente! rsssssssssssss

Mª Teresa disse...

É verdade, "Vive la difference!" Que bom que nós,mães, nos solidarizamos. Obrigada pelo comentário divertido e pacificador, Carol. Um abraço.

Paula Serman disse...

Acho que o que acontece é que os filhos crescem pensando que seus pais (e isso eu acho que serve para o pai e para a mãe)são perfeitos ou quase, principalmente, quando se trata de pessoas que desempenham este papel muito bem (mãe, essa é pra vc!)e que são muito exigentes com seus rebentos (essa tb é pra vc!).
Há pouco tempo, venho aprendendo que pais e mães erram tentando acertar e que, como a Carol falou, se há reta intenção, Deus sempre dá uma concertada no que tá "torto".
O problema é que isso leva um certo tempo para ser incorporado e exige um pouco mais de maturidade dos filhos, principalmente, quando estes ainda não são pais...

Mª Teresa disse...

É verdade, os pais tb se sentem na obrigação de serem perfeitos, ou de se portarem como tal... Obrigada, pelas palavras carinhosas, filha, bj

Bruno Serman disse...

Mãe, eu realmente acho que você errou muito com a Paula. Ela é um caso perdido...
Comigo, no entanto, seu trabalho foi extraordinário. Parabéns!

;)
Beijos!

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