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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Experiências de família – parte 2 – educação dos filhos

Acho que talvez eu tenha sido rigorosa demais com meus filhos, principalmente os cinco primeiros. Como era muito jovem, creio que era quase de igual pra igual que combatíamos o bom combate de educar e brincar, quase que tudo ao mesmo tempo.

A mesma que sentava no chão e brincava, fazia teatrinho de sombras, ou disputava corrida de carrinhos, ou jogava “Atari” e Pac Man, era a que corrigia com bastante exigência e botava pra quebrar quando as coisas não fluíam como deveriam, nos estudos ou na ordem da casa.

Funcionava com uma lista de tarefas, até para que eu me organizasse também, e cada um tinha algo pra fazer em casa. E valia pontos! Havia sempre um espertinho que trocava suas tarefas domésticas por um dever de casa que fazia para outro, ou até comer algo que o outro não gostava em troca de uma tarefa de casa. Cada uma que inventavam... Mas tinham, todos, responsabilidades dentro da família, eu costumava dizer que era para que se sentissem mais donos da casa também.
Criei o hábito de fazer listas de tarefas, listas de atividades, listas de compras, tudo eu listava para não esquecer ou deixar de fazer. Foi a maneira que encontrei para dar conta de tudo em casa com tantos filhos; assim, priorizava as listas das coisas mais necessárias.


Um dia, uma mãe, na escola das crianças, veio me dizer: ”Duvido que você dê conta de tudo em casa” ,”Alguma coisa deve ficar por fazer!”, eu levava na brincadeira, mas por dentro me roía, porque me perguntava: “o que esta moça tem a ver com a vida da minha família?” – isso incomodava aos outros, o fato de sermos muitos, e ainda nem tinha todos os filhos que tenho hoje!

Minha resposta era que eu priorizava, na escala de importâncias, desde o marido e filhos e tarefas domésticas, e o que era menos importante ficava para quando desse, e tudo funcionava bem. E era verdade. Meu marido estava sempre em primeiro lugar; porém, às vezes, os filhos disputavam esse lugar por força de alguma necessidade maior.

Um exemplo para isso de priorizar era: ou brincar com as crianças ou arear as panelas – simples: panelas bem lavadas, sem brilho e crianças alegres. Deixar a louça na pia para o dia seguinte e participar da tertúlia em família, após o jantar. Sempre a família em primeiro lugar.

Quanto à educação das crianças, optamos por ser eu a mais exigente e o pai, mais complacente. Assim sendo, ficaram pra mim as cobranças, as reprimendas maiores e bastava um olhar bem dado que o filho ou filha logo voltava ao normal, abrindo mão de alguma má-criação.

Comecei falando de ser muito rigorosa, mas, com certeza, (eles podem dizer melhor), estão todos muito bem equilibrados e muito bem encaminhados em suas vidas profissionais, estes cinco mais velhos. Acho que foi uma boa maneira de educar, o resultado é pessoas felizes e bem quistas por todos.

Quanto aos outros quatro, um já está muito bem encaminhado, na faculdade, e só nos dá alegria. As demais, todas meninas, ainda estão em processo de formação e amadurecimento, mas continuo aplicando as mesmas "técnicas" já testadas, e os resultados têm sido também bons.

4 comentários:

Maria disse...

Quanto à educação das crianças, optamos por ser eu a mais exigente e o pai, mais complacente.

Aqui em casa não foi opção, é que eu sou mais rigorosa mesmo, mais disciplinadora... o pai é mais cuca fresca... isso me chateia, pois acabo sendo a bruxa má, mas não sei ser de outra forma... sem contar que não tenho paciência para jogar atari, brincar, etc... chego do trabalho muito cansada e muitas vezes irritada... preciso ficar sozinha, e às vezes a algazarra das crianças em volta de mim eleva a minha irritação a níveis insuportáveis...

Liana Clara disse...

Olá Maria Tereza, alguém tem que ser mesmo exigente na família, o ideal seria que houvesse equilíbrio entre o casal, ora um ora outro, mas depende muito do temperamento de cada um. O ruim é quando os dois são frouxos, deixar tudo "rolar pra não esquentar a cuca", neste caso, os filhos ficam largados ao sabor da vida e isso não é bom.
Mas pense que a mãe precisa ter um tempo com os filhos, pode não ser muito mas tem que ter qualidade.
Um abraço

Joyce disse...

"panelas bem lavadas, sem brilho e crianças alegres."

Adorei esta parte! Obvio que a casa tem que estar em ordem... mas sem essa de querer ser mulher maravilha! As vezes alguma coisa vai ficar em 2 plano.... melhor as panelas que estas fofuras que sao os filhos!!!

beijos, Joyce

Liana Clara disse...

Obrigada Joyce, visite-nos sempre.
Todos os dias temos assunto novo sobre família. Um grande abraço

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