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quinta-feira, 31 de março de 2011

Rotina que mata

Quando o cansaço do dia a dia nos leva a querer jogar a toalha e deixar o desânimo tomar conta de nós, mães de família, é preciso buscar ajuda e criar uma nova rotina para o ânimo e a alegria voltarem a reinar.

A primeira coisa a se verificar é se a saúde física está em perfeita forma, se todos os pingos estão nos iiis. Depois de pacientemente ter checado todos os itens saúde, aí, então, saímos à busca das razões externas que nos levaram a esse estado de desinteresse por tudo.

As amigas, aqui neste ponto, já devem estar pensando: a Liana está mal mesmo, mas não é por aí o problema. Eu falo de forma genérica, pra todas as mães de família, depois de alguns anos de luta com casa , filhos e afazeres diários múltiplos - os pais aqui me perdoem, mas mãe é de fato quem leva a carga mais pesada -, mesmo que não trabalhe fora, pois gerenciar um lar é tão complexo quanto a vida de um executivo de uma multinacional renomada, sem exageros da minha parte.

O vilão desta história é mesmo uma vilã: a rotina, ela desgasta muito, seja uma mãe, seja um pai, ou um executivo, quando esta perdura na vida de uma pessoa por muito tempo.

Outra vez me dirão: onde tem rotina numa família com marido, mulher e filhos? E eu respondo que há sim, dentro de toda a confusão no dia a dia de um lar, sempre existirá uma rotina, para que possa ser possível a conclusão de todos os afazeres diários.

Levar e buscar crianças na escola; fazer as tarefas domésticas ou delegá-las a uma ajudante, levar filhos no médico, na fono, no parquinho, nas aulas extras de natação, judô, caratê, piano, balé, um sem fim de atividades que se tornam rotineiras e se fazem presentes por muito tempo nas nossas vidas de mães e esposas.

Depois de alguns anos fazendo tudo isso, é natural que haja um cansaço e uma impressão de que o “ tempo passou na janela e só Carolina não viu”, é deste momento que estou falando.

A solução? Não tenho, mas sugiro que não se deixem levar por esta onda de nostalgia e cansaço, e ponham todo o empenho em seguir adiante com a alegria e o viço dos primeiros anos. Como? Também não tenho a receita, mas outra idéia que funciona é aprender a sobrenaturalizar os acontecimentos, a colocá-los numa outra dimensão, assim "o fardo fica mais leve”.

Receita básica é sorrir! Este é o melhor remédio para todo esse cansaço. Procure, com a maturidade que os anos nos dão, ter mais poder de observar as coisas e curtir cada momento da vida.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Como evitar gafes 1: Falada e escrita

Por Maria Teresa Serman

Eis a missão de uma vida: evitar gafes, pois todos estamos propensos a cometê-las, uns mais outros menos. Há os que têm uma vocação atávica para falar o que não devem quando menos deveriam fazê-lo, por distração, desconhecimento ou negligência. Para evitar ou amenizar situações constrangedoras, é bom avaliar vários aspectos antes de falar e, principalmente, escrever, seja manualmente, por e-mail ou nas redes. Destes dois últimos itens trataremos no próximo texto.

Dizem que "falar é fácil". Perigoso engano, que vitima a muitos! Falar e escrever em português é muito, muito difícil. É uma língua cheia de artimanhas e sutilezas, pega até os mais experientes. Sem falar que os gramáticos vivem mudando as regras, e nós, pobres falante, temos que nos adequar às novidades depois de anos seguindo outras normas. Para facilitar, é bom dar uma olhada nas gramáticas e imprimir as novas leis ortográficas, podendo assim consultá-las sempre que ficarmos em dúvida. O dicionário e as gramáticas não são os pais dos burros, e sim dos antenados. Mas vamos às gafes por escrito, em resumo, pois há incontáveis. Veremos algumas.

Há uma tendência lançada e incentivada por ditos intelectuais de usar o advérbio "enquanto" ao se referir a modo, quando o certo seria "como". "Eu, enquanto diretora,", " Dilma Roussef, enquanto presidente," (presidentE, não presidenta, isso é erro, não homenagem às mulheres!). Essa aberração linguística vem se reproduzindo como micróbio resistente, empestando o uso do léxico e desvirtuando o sentido das frases. O uso do gerundismo, como já foi classificado, é outra praga - "está sendo providenciado". Já se sabe, quando se ouve isso, que nada vai ser resolvido. O gerúndio deve expressar uma ação em processo, não uma ação que não tem prazo para se concluir, uma enrolação!

Outras dicas ao falar ou escrever: evite usar a primeira pessoa, a não ser em conversas e textos informais, ou depoimentos, claro. Se não puder, pelo menos empregue a primeira pessoa do plural, o chamado "plural majestático", que imprime mais veracidade e confiabilidade ao que se diz, tirando o caráter mais pessoal da declaração. Ainda, muito cuidado com o uso do "onde" como pronome relativo. Há uma tendência nefasta de substituir o "que" precedido de uma preposição pelo "onde”, que só se aplica a lugar, por desconhecerem a regência do verbo que indica a preposição a ser usada. Por exemplo, na frase "Vou a São Paulo, onde passarei o final de semana", o "onde" está correto. Já nesta outra, é um completo desastre: “O gerente decidiu usar o mesmo processo, onde tinha dado bons resultados." O certo seria " o qual (ou "que") tinha dado bons resultados", e por aí vai. Na dúvida, mude a frase ou consulte antes, se está escrevendo, uma fonte segura.

A regra de ouro é ter noção de onde está, com quem fala, sobre o quê e quando. Existem assuntos proibidos em certos ambientes e com certas pessoas. Não é uma questão de alienação ou covardia, mas devemos prudentemente escolher o que falamos, sob risco de perder o emprego ou o amigo. Não nos referimos, que fique bem claro, a falar a verdade ou defender princípios, mas a adequar o tema ao ouvinte, tempo e lugar. O bom senso é sempre o melhor conselheiro, pois, como diziam nossas avós, "falar é prata, calar é ouro". "A língua é o chicote do corpo", é outro sábio ditado, lembrando que esse chicote já matou várias amizades e destruiu muitas relações profissionais e comerciais. A sabedoria popular ensina, e a gramática também. Boas falas pra todos nós!

terça-feira, 29 de março de 2011

A arte da compreensão

Por Rafael Carneiro Rocha

Dialogar. Eis uma arte necessária.

Penso que crises podem ser apaziguadas por boas conversas. Escute a reclamação do outro. Faça a sua ponderação. Se o outro ainda reclamar, peça que ele problematize a ponderação feita por você. O diálogo no momento de crise deve ser inventivo. Para cada ponderação, uma nova pergunta. Nesse sentido, a quantidade de ponderações e perguntas tende a ser progressiva a tal ponto que, em determinado momento, pelo menos um consenso se aproxima. Ambos os conflitantes são criaturas com queixas legítimas. As pessoas em guerra se imitarão pelo bem. No momento da boa mimese, poderá haver um irresistível convite à caridade. Um lado, gratuitamente, poderá ceder.

O fator de imitação é interessante, porque nos conflitos ele tende muitas vezes a ser infrutífero. Mas o fato é que, irreversivelmente, nós nos imitamos. Como criaturas que dialogam, se dialogamos é porque existe algo de muito comum entre nós. Nós nos expressamos. Quando ouvimos o outro, retrucamos com uma imitação de tom de voz, linha de raciocínio e estilo de linguagem.

Abrandar paulatinamente o tom de voz e se interessar pelo problema alheio farão com que a outra pessoa (imitadora por natureza, como todos nós) seja mais doce conosco e que nos compreenda melhor. A mimese é inevitável. Mas a permanência do conflito, não.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 83)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos.

1 - T. diz: Dra tenho um filho de 10 anos que é autista, como devo proceder quando a adolescência chegar? Ele fala, mas tem um atraso muito grande na escola. Existe algum estudo para o autista na adolescência? A senhora recomenda algum livro? Muito obrigada por sua ajuda. T.
RESP: Cara Sra. T.
Aguardem a Adolescência de seu filho com naturalidade, sem ansiedades e vivendo serenamente em família o seu dia a dia. Tudo acontecerá naturalmente e na medida em que forem fazendo o acompanhamento dele com os profissionais que o atendem solicitem a orientação para a família e para ele mesmo, passo a passo. Muito bom seria que vocês entrassem em contato com outras famílias que tenham filhos com a mesma dificuldade - surgirão idéias, estímulos, a criatividade se fará presente e uns animarão outros.
Não se isolem nem se sintam “diferentes" - para todos a naturalidade é importante e se tiverem uma Religião, melhor ainda! O sofrimento acontece em todas as vidas e é uma escola de crescimento quando sabemos bem aproveitar! Apoiem-se sempre em Deus e ficarão fortalecidos e animados!
Acessem neste mesmo Blog, à direita do monitor, "autismo, Asperger" com respostas que demos para outros pais aí e encontrarão vídeos, nomes de livros e também indicações de Associação de Pais de autistas para partilharem experiências, ok ?
Estou às suas ordens sempre!
Um abraço, Mannoun

Para facilitar a busca coloco abaixo as páginas, é só clicar em cima do endereço:

http://www.negociosdefamilia.com.br/2010/08/regras-da-casa-jodi-picoult.html


http://www.negociosdefamilia.com.br/2009/09/perguntas-e-respostas-dra-mannoun_21.html


http://www.negociosdefamilia.com.br/2010/05/perguntas-e-respostas-dra-mannoun.html

http://www.negociosdefamilia.com.br/2010/04/perguntas-e-respostas-dra-mannoun.html

domingo, 27 de março de 2011

Li por aí: (14) - "Onde te ponho que não bata sol?"

Por Carlos Mayora Re

De uma maneira ou outra, todos entramos em contato comum fenômeno que está cada vez mais difundido: as "crianças hiperprotegidas". Refiro-me àquelas criaturas cujos pais mantêm em um ambiente quase de plantas de inverno.

Motivados por um mal entendido amor para com seus filhos, empenham-se em evitar qualquer tipo de risco ou qualquer atividade que suponha certo esforço.

Caricaturando um pouco podem ser descritos como crianças que são praticamente proibidas de sair sozinhos na rua, cuja vida depois do colégio encontra-se perfeitamente organizada com diversas aulas, que compram tudo o que vêem nos anúncios da televisão, come o que quer (não o que deve) e faz o que lhe dá vontade.

Então não é de se estranhar que crianças assim sejam encantadores e obedientes até que a vida os exige mais, quando com crise da pré-adolescência e a maior exigência escolar, vêem a si mesmos como incapazes de alcançar resultados satisfatórios pelo esforço que é necessário para tal.. Para caracterizá-los brevemente pode-se dizer que são meninos e meninas incapazes de terminar uma atividade que não dê satisfações em curto prazo, tarefas que suponham pospor a gratificação ao esforço investido.

O mais paradoxal de tudo isso, é que as crianças hiperprotegidas apresentam um quadro muito semelhante àqueles cujos pais abandonaram sua educação: têm uma baixa auto-estima: são movidos por impulsos mais que por convencimento; toleram mal a frustração e buscam satisfações imediatas; falta-lhes realismo, pois se propõem objetivos sem pesar o esforço necessário; não sabem enfrentar os problemas, os evitam; não aprenderam a arcar com as conseqüências dos próprios atos; estão acostumados às soluções fáceis... Em resumo, são pessoas imaturas. E o mais perigoso de tudo isso é que estes meninos e meninas têm mais facilidade para deixar-se levar pelas más amizades, ou pelo ambiente que o rodeia, e assim cair em adições nocivas ou comportamentos incorretos.

É suposto que, como sempre, o melhor remédio é a prevenção, sabendo que se os pais desejam dispensar os esforços nas etapas iniciais da educação de uma criança, logo, mais adiante, deverão pagar pela sua falta de exigência consigo mesmos. A melhor maneira de educar a vontade é ensinar aos filhos a administrar a liberdade; a ser responsáveis de seus atos, a lutar para alcançar bens difíceis, a deixar-lhes - se não for arriscado para sua saúde física ou moral - que fracassem alguma vez; a que aprendam a respeitar as regras e reconheçam a autoridade (quanto mal faz um pai de família que passa no farol vermelho quando está com seu filho no carro, porque simplesmente "não há nenhum guarda"!); a que resolvam eles mesmos seus pequenos problemas; a que ajudem em casa e não se tornem pequenos tiranos a quem se deve fazer todos os serviços que os apetecem... Em fim, a que vão amadurecendo de acordo com sua idade cronológica e possam pouco a pouco ser mais e mais livres.

Muitas vezes a tendência dos pais, quando se encontram com um filho pré-adolescente ou adolescente com crise de preguiça, costuma ser violenta ("não grites e não serás ensurdecido", rezava um manualzinho de educação que lia faz pouco), ou desesperada (deixá-lo fazer o que quiser, a final é sua vida). Faça-se o que fizer, em tais casos a reação deve ser ir à raiz, examinar comportamentos próprios (dos pais) que possam estar influenciando negativamente no filho, falar, falar e falar com ele... e não se limitar somente a uma política de diminuição danos: que os pais exerçam a autoridade.

A experiência mostra que quando se apresenta uma situação como a descrita, quem primeiro tem que mudar são os pais de família. O jovem precisa nessa situação satisfazer as necessidades básicas: ser "alguém" e saber qual é o papel que o corresponde na vida (até agora foi ser filho de papai, e isso não é suficiente); sentir-se querido, receber afeto (e não só coisas materiais), e ter êxito pessoal (fazer, por si mesmo, algo que valha a pena). Os pais terão que deixar de ser ingênuos ("meu filho é incapaz de contagiar-se com as coisas más pelos amigos"); cegos (não vêem a tempo ou não querem ver que seu filho está adquirindo maus hábitos); desertores (não exercem o papel de pais, são provedores materiais) ou permissivos ("que tenham tudo o que eu não tive"). Pois se é deixado de lado um filho com problemas em vistas de manter a paz na família, mais adiante, sem dúvida, surgirão problemas muito mais sérios. O futuro de seu filho está em jogo, pois, onde poderá trabalhar uma pessoa com pobre preparação acadêmica, com falta de fortaleza para enfrentar problemas e solucioná-los, com motivações exclusivamente pecuniárias para trabalhar, em resumo, alguém em que não se pode confiar responsabilidades? E é que nisto, como em tudo, antes tarde do que nunca, mas também é muito melhor prevenir que lamentar.
http://www.acidigital.com/familia/batasol.htm

sábado, 26 de março de 2011

Para variar num almoço: SALPICÃO DE FRANGO

Uma salada gostosa, atraente e de valor nutritivo. A garotada vai gostar tanto pelo colorido como pelo sabor e aroma agradável.

INGREDIENTES
1 x bem cheia de repolho cortado em tirinhas finas aferventado e esfriado
1/2 x de salsa e cebolinha picadinhos
3 tomates
1 pimentão verde
1 pimentão vermelho
1 lata de ervilha escorrida
1 vidro pequeno de palmito picadinho
2 xícaras de sobras de frango cozido desfiado
½ x de azeitonas picadinhas
1 xícara de maionese (preferindo pode substituir pó 1 copo de iogurte natural)
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 colher (sopa) de molho inglês
1 cebola ralada
1 colher (sopa) de salsa picada
sal e pimenta-do-reino a gosto

MODO DE FAZER
1. Corte os tomates e os pimentões em tiras finas. Coloque-as em uma tigela;
2. Junte a ervilha e o frango, o palmito, o repolho e as azeitonas picadas sem caroços. Acrescente a maionese, o azeite, o molho inglês e a cebola. Misture bem;
3. Junte a salsa, tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto e mexa bem;
4. Tampe a tigela e conserve na geladeira até a hora de servir. Sirva com salada de alface.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Vamos tomar sol?

Atualmente por conta do terror de câncer de pele e dos medos de assaltos, vivemos muito mais em lugares fechados, sem tomar a quantidade de sol suficiente para absorvermos melhor a vitamina e D e com ela melhorarmos a absorção de cálcio.

Os antigos tinham o costume de dizer “vá pro sol pra melhorar os ossos” – no fundo havia sabedoria neste conselho. O sol traz inúmeros benefícios à saúde física e mental. Quando passamos muitos dias chuvosos, nebulosos e escuros, ficamos acabrunhados e tristes e as crianças ficam mais impacientes e choronas. Esta nossa estrela de 5ª grandeza traz alegria e bem estar à nossa mente. E saúde ao corpo, quando assimilado, é claro, na medida certa.

Um especialista em reumatologia falou, estes dias, que 90% da vitamina D no nosso organismo é proveniente do sol e os alimentos ricos em vitamina D só repõem 10% dela no nosso corpo.

Vamos caminhar mais ao ar livre, aproveitar as manhãs de sol ainda fresquinhas, para fazer compras passeando pelas calçadas, curtindo o dia e arejando a cabeça. Reavivar a ida à feira livre é uma boa idéia, pois,além de ser divertido, tem o calor humano maior e a luz do dia a nosso favor.

Sair da toca é um bom propósito pra quem anda cabisbaixo, deprimido e sem ânimo; fazer um esforço, mesmo que seja sobre-humano é fundamental para recuperar a saúde geral. Deixe a academia para outra hora, vá para a rua, veja os reflexos dourados que a natureza nos proporciona e com certeza já terá uma melhora significativa.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Berlim: a capital do futuro que faz questão de não se esquecer do passado

Por Márcia Regina Oliveira

Berlim é uma das capitais mais imponentes da Europa. É impressionante caminhar por suas ruas e admirar a beleza da arquitetura antiga convivendo com construções altamente modernas. Abaixo, podemos admirar a magnífica Catedral de Berlim e o famoso Portão de Brandemburgo, além da imponência do prédio do Parlamento Alemão, em contraste com a arquitetura de vanguarda das gigantescas torres de vidro da Potsdamer Platz, coração financeiro da cidade.




É também surpreendente perceber que uma cidade completamente castigada pelos acontecimentos do passado conseguiu se reconstruir e se reerguer de uma história sofrida relativamente recente.

Apesar da crise que atualmente assombra toda a Europa, a riqueza se faz presente por todos os lados: nos prédios, nos centros comerciais, nos carros, nos transportes e nas roupas. A cidade é um canteiro de obras. Ainda há muitos terrenos vazios antes ocupados pelo muro e que agora dão lugar a inúmeros arranha-céus, reflexos da prosperidade econômica do país.
Mas, nem tudo são flores: apesar de estar voltada para o futuro e de direcionar esforços para reunificar uma cidade que, por mais de vinte anos foi dividida por um muro (e, principalmente, por diferentes ideologias), várias lembranças de um passado triste persistem.
O Memorial aos Judeus Mortos na Europa, que é uma praça onde se encontram quase 3 mil blocos de concreto que lembram um cemitério, é um dos exemplos de que o povo alemão não pretende "varrer sua história para baixo do tapete". Ao caminhar pelo labirinto formado pelos blocos cinzentos de diversas alturas, a sensação é de confinamento e solidão, que nos remete ao horror vivido pelos judeus. No subsolo, há um museu que revela histórias pessoais de algumas das vítimas, como cartas enviadas de dentro dos campos de concentração e fotos de famílias que foram dizimadas pelo preconceito e irracionalidade dos que estavam no poder.

Alguns trechos do "muro da vergonha" também foram mantidos em determinados pontos da cidade. Na foto abaixo, vê-se uma parte do muro próxima ao local onde existia o quartel-general do nazismo (escritório central da Gestapo e da SS). Lá, há uma mostra permanente chamada de Topografia do Terror, que exibe, através de documentos e fotografias, as ideias macabras de Hitler e sua turma, com detalhes sobre o genocídio e perseguições aos judeus e a outras minorias e opositores ao nazismo.

Outro museu que nos proporciona uma volta ao passado é o DDR Museum (Museu da República Democrática da Alemanha), que retrata um pouco da vida dos que residiam em Berlim Oriental. Ao contrário da maioria dos museus que conhecemos, ele é completamente interativo - ou seja, você pode tocar nos objetos expostos, como roupas, utensílios de cozinha e carros, como o Traby, na foto abaixo. No DDR Museum, é possível conhecer uma típica casa do lado oriental, que pouco se diferenciava das demais, devido à oferta limitada de móveis e utensílios domésticos existente na época.

Enfim, além de parte conservar o passado doloroso da história da humanidade, Berlim é uma cidade fantástica, uma das principais capitais culturais da Europa, que reúne também incríveis museus com tesouros de diversas partes do mundo. Na próxima postagem, falaremos um pouco mais sobre outros pontos turísticos imperdíveis dessa grande metrópole! Até lá!

quarta-feira, 23 de março de 2011

REFEIÇÃO E TELEVISÃO NÃO COMBINAM, NÃO

Por Maria Teresa Serman

Parodiando o grande poeta, esta não é uma rima, e muito menos uma solução. É cômodo colocar a criança diante da tela para distraí-la e assim ela comer tudinho. Com um vídeo adequado à sua faixa etária, se ela é pequenininha, tudo bem. Porém, quando já fica mais crescidinha, o lugar de comer é na mesa, com o resto da família, no horário pertinente.

Aparelhos de TV só se alimentam de energia, não de comida, todos sabem disso. Então, não tem razão de ser eles serem "convidados" a participar das refeições. Vão se alimentar, sim, nesse caso, da energia que emana da assembléia familiar, da troca de informações sobre o dia de cada um, dos conselhos que os mais experientes dão aos mais jovens, do amor que a comunicação entre as pessoas faz renovar. Perdem-se oportunidades de ouro quando as vozes se calam e o ruído da mídia se sobrepõe. Sem mencionar, mas já lembrando, as imagens escabrosas que ela anda divulgando.

Á mesa se somam as experiências cotidianas e se assimilam novos conceitos de educação, relacionamento humano e serviço. Serviço de quem preparou a refeição; de quem ajudou a por a toalha e os apetrechos necessários; e também daqueles que ganharam o pão de cada dia com seu trabalho bem realizado, pois é essa dedicação que realmente alimenta a união familiar. Essa sensação de fraternidade que brota das refeições conjuntas é tão verdadeira e antiga, que o próprio Cristo instituiu a Eucaristia durante uma delas.

Como é bom comer, beber, brindar, rir, gargalhar, até corrigir com carinho os modos dos filhos, nesses momentos! Vê-los ali relaxados e desnudados de suas preocupações cotidianas é certamente uma das maiores recompensas ao esforço dos pais em manter a família. Não se deve macular esses momentos sagrados com banalidades e baboseiras.
Mesmo o mundo, com suas notícias alarmantes, pode esperar sua vez para ocupar espaço e subtrair a atenção.

Vamos aproveitar as refeições em família para fortalecer os vínculos de amor e atenção entre marido e mulher, pais e filhos, netos e avós, irmãos e cunhados, sogros, noras e genros. Todos aprendem e ensinam muitas coisas, é fatal para a união familiar não aproveitar essas oportunidades, causa danos que nem sempre se consegue corrigir no futuro. Carpe diem, aproveitemos a família à mesa!

terça-feira, 22 de março de 2011

Dica de leitura: A história de Tobias e Sara

Por Rafael Carneiro Rocha

O Livro de Tobias sinaliza, assim como o Cântico dos Cânticos, para a poética do desposar. São dois livros importantes para a espiritualidade católica, que evoca a conjugação de Cristo com a Igreja a partir de imagens matrimoniais.

Na coerência unitiva que salva e esclarece, o Antigo Testamento está contido no Novo Testamento. A poética de Tobias é a história dos matrimônios que fazem a Igreja.

Na peça A história de Tobias e Sara, encenada pela primeira vez no Teatro Municipal de Hamburgo, em 1953, os atores conjugam o verbo novo. A adaptação de Paul Claudel (1868-1955) é profundamente católica no sentido de esclarecer e revitalizar a Antiga Aliança. É emblemático, inclusive, que o teatro de Claudel tenha vigor clássico, mas seja combinado de recursos modernos, como projeções cinematográficas e síntese entre falas de versos livres, música e dança.

Na trama de Claudel e no livro bíblico, Sara é a alma humana dolorida que aguarda ser desposada. O pai de Tobias, o sofrido hebreu que insiste com a credulidade, envia seu filho para o Oriente. Tobias viaja para receber um dinheiro do pai de Sara, mas a restituição significa mais. O ocidente e o oriente se unirão, o antigo e o novo se sacralizarão. O jovem, guiado pelo bom e misterioso Azarias (que se revelará ao fim como o anjo Rafael), será o esposo de Sara. O casamento de Tobias e Sara consumará nas palavras claudelianas o verbo anunciado pelo anjo Rafael:

E tu, emerge, reaparece, reaparece solenemente na noite. Traz ao homem o que outrora lhe arrebataste. Paraíso da criação, emerge, paraíso de delícias, paraíso de volúpia, júbilo da inteligência, agora, e não mais apenas do animal, imagem para a eternidade entesourada pelo abismo e de remorso tornada promessa! Envolve com teu enlace sagrado feito de dois braços o que apenas te esperava nascer, esse beijo ao encontro de sua boca e o desejo ao encontro de sua prece!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 82)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.

1 – A. diz: Tenho 17 anos e ganhei uma herança do meu pai que faleceu quando eu era pequena e dá para morar sozinha e me manter. Minha mãe casou de novo e não me acerto com o marido dela. Gostaria que me desse alguma sugestão do que deveria fazer primeiro, estou concluindo o 3º ano do ensino médio e vou prestar vestibular pra Biologia. E não tenho mais clima pra ficar em casa nesta nova situação. Sou filha única, mas este padrasto tem 2 filhos de um casamento anterior e eles vieram morar conosco.
RESP:Cara Jovem A.
Que bom que você escreveu e confia na gente ! Quem sabe poderemos ajudar, ponderando um pouco sua dificuldade.
Logo você fará 18 anos e poderá considerar-se maior de idade legalmente. Será muito difícil para você adiar um pouco mais sua saída de casa?
Mesmo que não haja clima com os novos moradores, sua mãe é sua mãe e você atravessa um momento de mudanças - físicas, intelectuais e emocionais - quando as decisões tão importantes necessitam ser muito bem ponderadas e, portanto, resolvidas uma a uma, pela ordem.
Sugiro que termine seu Ensino Médio muito bem, faça o ENEM com serenidade, ingresse na Universidade e então já terá tranquilidade para escolher o que fazer em sua vida: onde morar, escolhendo bem o local, ambiente, condições de moradia, etc., etc.
Até então, procure estudar na Biblioteca da Escola, afaste-se um pouquinho dos familiares, mas vá em casa fazer as refeições,esteja quanto possa muito junto de sua mãe, procure ajudá-la e conviver delicadamente com seu padrasto e os filhos dele- mesmo que a escolha tenha sido de sua mãe, você é filha e não deve ignorar direitos dos quais não deve abrir mão intempestivamente.Pense que sua mamãe não há de querer vê-la desaparecer desta forma da casa que até hoje foi a sua ... Será um sofrimento para ambas, a meu ver, desnecessário. Que acha?
Deve utilizar bem a herança que seu pai deixou e reflita - como ele encararia sua decisão?
Calma, e reze- você tem alguma Religião? O Espírito Santo é O melhor Conselheiro e irá ajudá-la a bem decidir.
Pode voltar a falar comigo quando quiser. Um abraço amigo da Mannoun

1 – B.diz: O Dra. Gostei de suas respostas e gostaria de uma orientação. Minha filha tem 14 anos, é muito fechada comigo e meu marido, mas, quando está com as amigas, conversa normalmente, embora acho que ela não se adapta muito à turma(pq pensa diferente das amigas - acredito que seja pq ela é mais madura que as demais). Além disso, não quer saber de fazer nenhuma tarefa doméstica. Por outro lado, ela é muito meiga e só me dá alegrias com suas notas. É estudiosa, gosta de leitura e não me dá trabalho nenhum, apenas não conversa e não quer saber de fazer nada em casa. Como proceder?

RESP: Cara Sra. B.
Sua filha é única? Desde pequena foi acostumada a ter tarefas em casa ou não?
Dependendo desde bom hábito, aos 14 anos elas não ajudarão se não foram habituadas... Deveremos re- educar neste sentido!
Se ela dá muitas alegrias aos pais com os estudos, é meiga e carinhosa, com carinho e ternura podem ir solicitando pequenas tarefas- por e tirar a mesa das refeições, decorar um móvel, fazer sua própria cama, arrumar seu quarto, etc. sempre valorizando aquilo que é executado como fazem com os estudos, a leitura, etc. Muitos jovens julgam de menor categoria o trabalho em casa, mas isto acontece quando nós, as mães, os colocamos em segundo plano diante do trabalho intelectual. Ambos devem ser valorizados igualmente- mãos, cérebro e coração naquilo que fazemos !
Que bom que ela seja meiga – ficará mais fácil “conquistá-la” para as coisas de casa, se entender que a casa é de todos e não só a mãe trabalha...
Sugira que ela convide as amigas para um lanchinho em sua casa, uma sorvetada, ou comerem pizza e assim a socialização fica mais fácil. Ao solicitar sua colaboração surgirão mais oportunidades de dialogarem, trocar idéias, impressões, conversarem - que acha ?
Fico a seu dispor, Mannoun

domingo, 20 de março de 2011

RECEITA FACÍLIMA E DELICIOSA: BROWNIES

Por Patricia Carol

Olha só que gostosura uma amiga me mandou de presente! São BROWNIES, aqueles bolinhos de chocolate americanos, eles equivalem à popularidade do nosso brigadeiro! Vamos fazer para a garotada.

INGREDIENTES:

200 gramas de manteiga
2 copos de açúcar
1 copo de chocolate em pó solúvel Nestlé
2 ovos inteiros
1 copo de farinha de trigo misturada com 1 colher de chá de fermento
2 ovos inteiros
100 gramas de nozes picadas
100 gramas de passas,

PREPARO:

Misturar tudo na ordem.
Não usar batedeira.
Levar ao forno médio em tabuleiro untado.
Tirar do forno quando o palito ainda sair um pouco "sujo" de chocolate.
Cortar em quadradinhos (fica sequinho por fora e "puxa" por dentro).

A grande vantagem, é que pode ser CONGELADO! Fica ótimo com uma bola de sorvete ao lado, e é prático pra alguma festinha de criança, e se a gente já preparar alguns dias antes mais de um tabuleiro daqueles retangulares comuns, de tamanho médio, fica mais fácil ainda.

sábado, 19 de março de 2011

Vamos driblar o tempo com os filhos em momentos difíceis

Num dia desses, precisei ficar horas no aeroporto, aguardando a chegada de uma das minhas filhas que voltava de fora do país. O vôo atrasou 5 horas e, sem nenhum aviso aos que estavam esperando pela sua chegada, ficamos eu e mais dois filhos na expectativa da chegada dela. E para passar o tempo, começamos a nos distrair com pequenas coisinhas, como observar as malas que passavam por nós e ver quem achava a mais interessante, ou ver quem adivinhava a hora no celular, ou até os grupos de turistas e suas características. E assim passamos as horas mais rápido, e não foi tão pesada a espera.

Muitas vezes ficamos em situações difíceis com as crianças, e, em vez de nos exasperarmos, podemos criar brincadeiras ou passatempos para tornar mais fácil o momento.

Seguem algumas idéias que encontrei num site e achei muito úteis.

Dentro de um avião:
Se o trajeto for muito longo, prefira os vôos noturnos. Assim seu filho consegue dormir direitinho durante o percurso. Em caso de viagens diurnas, leve brinquedos, papéis para desenhar, videogames portáteis (ou DVD), massinha de modelar. Conte para ele como funciona um avião, a história do primeiro vôo ou as funções da tripulação. Isso deixa a experiência muito mais interessante para vocês. Com diversão por perto ele não atormentará você e nem os passageiros das poltronas ao lado.

Numa viagem de carro:
Às vezes a viagem dura horas ou o trânsito caótico típico das grandes cidades pega vocês de surpresa. Para evitar que você perca o controle da direção enquanto ele esperneia e pula sem parar entre os bancos, é bom se prevenir: deixe no carro uma mochilinha com pertences divertidos para distraí-lo. Alguns CDs com músicas para cantar junto também podem fazer as horas passarem mais depressa. Ou brincadeiras como contar carros amarelos, ler placas ou simplesmente dar tchauzinho para outros motoristas. Tinha um filho pequeno que adorava contar as antenas parabólicas nas casas nas estradas que passávamos. Hoje ele faz engenharia. Contar coisas mostrou o seu gosto pela matemática!

Num almoço ou jantar no restaurante:
Basta a comida demorar um pouquinho e lá está ele correndo pelo restaurante, atormentando o garçom, sumindo com talheres e guardanapos. Não é fácil manter o controle em situações como essa. Por isso, antes de fazer o passeio gastronômico, vale consultar locais em que crianças são bem-vindas. Alguns restaurantes disponibilizam espaços para diversão, cadeiras especiais, cardápio próprio e até giz de cera para rabiscar a mesa. E na hora de escolher o que ele vai comer, nada de ser tão exigente. Deixe as comidinhas corretas e super saudáveis para o dia a dia dentro de casa. Em momentos como esse, vale deixar a criança se divertir com a batata-frita e o refrigerante.

Nas compras no supermercado:
Você já sabe que, se levá-lo, terá que estar disposta a negociações. Claro que ele não vai passar batido pela seção de guloseimas e não se encantará com verduras e semente de linhaça. Explicar a importância de alguns alimentos e estabelecer o que será permitido comprar antes de chegar ao mercado ajuda a evitar alguns conflitos e chiliques homéricos. “Ele não irá entender que a água sanitária pode ser mais importante que aquele chiclete novo que estoura na boca. Mas você pode explicar que é necessário manter a casa limpa para que ele possa chamar os amiguinhos para brincar no fim de semana”, sugere a pedagoga Maria Angélica Somas.

Quando chegam as visitas:
Basta chegar alguém em sua casa que ele já começa aquela performance absurda, digna de uma peça de teatro? Hora de ter uma conversinha com ele. “Algumas crianças sentem a falta de atenção e dão showzinhos para mostrar que elas estão ali e querem ser notadas”, explica a especialista. Você precisa deixar claro que as visitas sempre serão bem-vindas e isso não afeta em nada no amor que você sente pelo seu filho. Não ignore a presença dele quando estiver conversando com outros adultos. Se ele estiver brincando no quarto ou se distraindo com algum jogo na sala, se aproxime de vez em quando para ver o resultado do jogo ou para perguntar se ele está se divertindo. Sentir a sua presença e preocupação ajuda a aliviar a tensão.

Idas ao Banco:
Fila de banco é realmente entediante para qualquer um. Se você não tem como deixar as crianças em casa na hora de resolver essas pendências financeiras, prepare-se! O lugar não ajuda a distrair e ficar em pé esperando a sua vez chegar é um tormento também para os pequenos. Uma dica é usar o próprio papel da conta para distrair. Pegue uma caneta e peça para ele circular, por exemplo, todos os números 8 que encontrar. Ou invente historinhas para ele ouvir que incluam essas situações chatas do cotidiano. Fazê-lo perceber que momentos como esse também fazem parte do dia a dia ajuda a encarar a experiência de forma mais leve e sem tanto estresse.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Uma viagem a Roma

Relembrando uma viagem a Roma, fiquei horas me divertindo com as memórias dos acontecimentos. Essas viagens, além de serem um descanso notável para a mente, são também excelentes para combater qualquer doença como o Alzeimer, porque ficam gravadas no cérebro e vira e mexe retornam sensações de coisas vividas nelas.

Roma pra mim foi um encanto, estar no berço da civilização e beber daquela cultura toda que estava no ar é inesquecível. E se Deus quiser ainda voltarei lá, pois é um local inesgotável de lugares interessantes para se ver e visitar.

Aqui coloco coisas que não podemos deixar de conhecer, estando em Roma, pessoas de todos os credos não podem deixar de ver, porque transcendem a fé, e vêm ao encontro do belo da arte e da cultura. É claro que em Roma teremos muito mais coisas a visitar, é uma cidade que não se esgota em beleza.

Vaticano - Mesmo o Vaticano sendo um país, independente da Itália, não se vai a Roma sem vê-lo. Ele é o coração pulsante de Roma. A basílica, as tumbas e a cúpula é possível visitar em um dia só. Para visitar os museus, onde está a famosa Capela Sistina, você precisa de, no mínimo, três horas (sem contar o tempo que se perde na fila, que em alta temporada é enorme).
Castel Sant’Angelo -Também conhecido como Mausoléu de Adriano (imperador), já foi usada como edifício militar na época do Império Romano, como fortaleza dos papas no período medieval e como prisão na época dos movimentos para unificação da Itália.
Piazza Navona- belíssima praça; nos tempos da antiga Roma era o Estádio de Domiciano. Além disso, bem ao centro da praça está a Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios) .
Pantheon - Templo dedicado a todos os deuses romanos, que mais tarde se tornou uma igreja católica, onde se encontram enterradas diversas personalidades .
Piazza Venezia- Umas das mais famosas praças romanas, onde está o monumento dedicado ao rei Vittorio Emanuele II .
Fórum Romano - Era o centro comercial, religioso e político da Roma Imperial.
Coliseu - Construído nos anos 70 d.C. foi utilizado para realizar combates de gladiadores, lutas de animais, execuções, batalhas navais, caçadas, etc.
Arco de Constantino - Fica entre o Coliseu e o Palatino, foi construído para comemorar a vitória de Constantino sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, 312 d.C.
Palatino - Uma das sete colinas de Roma, é uma das partes mais antigas da cidade.
Segundo a lenda, Roma teve origem exatamente nessa colina.
Circo Máximo -Era uma arena muito antiga usada para jogos e entretenimento pelos reis etruscos. Depois começou a ser utilizada também para festivais, corridas de bigas, teve capacidade para até 250.000 espectadores. Hoje só existem poucas ruínas.
Termas de Caracalla -Uma das maravilhas da Roma antiga, foram construídas pelo imperador Caracalla em 212 – 217 d.C. e podiam abrigar mais de 1500 pessoas.
Basilica di San Giovanni in Laterano - É a catedral do Bispo de Roma, ou seja, o Papa. Seu nome oficial é Archibasilica Sanctissimi Salvatoris (Arquibasílica do Santíssimo Salvador) e é considerada a “mãe” de todas as igrejas do mundo.
Fontana di Trevi - Com certeza, é uma das maiores e mais bonitas fontes de Roma. Inaugurada em 1735, marca o ponto final do Acqua Vergine, um dos mais antigos aquedutos de Roma.
Piazza di Spagna -Uma das mais belas praças italianas possui uma escadaria que leva até a igreja Trinità dei Monti. Além disso, bem no centro dela, existe a Fonte della Barcaccia, uma fonte em forma de barca projetada em 1627 pelos famosos escultores italianos Bernini, pai e filho.
Piazza del Popolo - A Praça do Povo, uma das mais importantes praças de Roma, foi modificada diversas vezes pelos pontífices, sendo a última projetada por Giuseppe Valadier (importante nome do Neoclassicismo). Abriga três igrejas: Santa Maria del Popolo, ao lado da Porta del Popolo bem onde Nero morreu e foi sepultado, e as gêmeas Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli ao lado oposto da praça.
Duas fontes: Fontana della Dea di Roma de um lado e Fontana del Nettuno do outro.
E no centro o Obelisco Flaminio, trazido do Egito para Roma pelo imperador Otaviano Augusto, circundado por quatro leões de mármore.
Villa Borghese - Situado na colina Pinciana, é o terceiro maior parque da cidade com 80 hectares. Era a casa de recreio que o Cardeal Scipione Borghese mandou construir na periferia de Roma e onde reuniu a sua coleção de obras de arte (Galleria Borghese, que abriga obras de Gian Lorenzo Bernini, Caravaggio, Leonardo da Vinci, Raffaello, Rubens, Tiziano, etc.).
Via Apia – Esta é lindíssima e seus subterrâneos contam toda a história dos primeiros cristãos. Vale uma visita por aqueles que não sofrem de claustrofobia.
Boa viagem!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Cortesia conosco e com os mais próximos

Precisamos de muitas virtudes, na convivência em família, mas esta pequena virtude, da CORTESIA, ajuda-nos a ser mais simpática e sociável. E com ela ensinaremos a nossos filhos muitas coisas, como: Educação, civilidade, alegria, delicadeza, etc.

A prática da cortesia conosco é o início de tudo. Ex: a nossa limpeza.
Higiene é sinônimo de dignidade e de respeito próprio e para com quem convive conosco. Ex: cabelos despenteados, unhas sujas e roídas, são péssimos exemplos.

Devemos cuidar das nossas unhas e cabelos sempre e nos lugares certos: salão, banheiro, dentro do quarto, o marido gosta de ver o efeito e não participar da confecção. Os filhos aprendem também que tem que ter estes cuidados na hora da higiene.

Cuidar bem das nossas roupas de baixo, estar em bom estado, limpo, sem manchas e sem rasgos. Já pensou entrar numa emergência de hospital? Isso ajuda a vermos como devemos estar sempre para nunca sermos pegos desprevenidos.

Cuidar da bolsa! Ajuda a dar exemplo de ordem na hora de acharmos o talão de cheques e a caneta e a também não fazer os outros perderem tempo.

Ensinamos assim as crianças a terem cuidado com as mochilas e seu corpo, para não crescerem e se tornarem adultos desleixados, desagradáveis de conviver.

Podemos dar muitos exemplos para ilustrar o tema:

Tossir e espirrar - por a mão ou o lenço na frente.
O dia em casa – não ficar de camisola, jogar fora roupas velhas e rasgadas (de estimação), usar as roupas limpas e arrumadas, mesmo de forma simples.
A voz – moderar, evitar linguajar vulgar.
Roupas – ensinar desde pequenos a escolher, apurando o bom gosto e a nossa condição física e a idade de cada um.
Postura – não ser Sra Gentileza com os de fora e Sra Carrancuda com os de casa.
Generosidade – faz parte da cortesia ajudar, pedir desculpas, arranjar tempo para cada filho, o marido e amigos. Aprender a se multiplicar.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dignidade e polidez

Por Maria Teresa Serman

A tragédia no Japão, terrível de se ver e de acompanhar os detalhes, a cada dia mais tenebrosos, como tudo na vida pode nos dar oferecer lições valiosas. Da discussão sobre o uso da energia nuclear, por muitos combatida, do respeito à força irreprimível da natureza, até o bravo exemplo do povo japonês, massacrado pela catástrofe. Dá também para meditar na falácia do poder humano, pois um dos países mais ricos e poderosos do mundo está à mercê das consequências do terremoto, em alguns lugares sem luz, água, combustível, comunicação. Alguém aqui em casa comentou, sem pensar muito no que falava, que ainda bem que isso aconteceu no Japão. Explicou, imediatamente, que, por ser muito organizado e competente, o povo tem mais condições de reagir e voltar à normalidade (é possível empregar a palavra depois de tal desgraça?) mais rápido.

Remetendo ao "bravo exemplo do povo" do primeiro parágrafo, é tocante ler hoje, no jornal, o depoimento de uma repórter que não esconde sua admiração, e nem mesmo emoção, ao registrar o depoimento de uma mulher que perdeu casa, embora, felizmente, não tenha perdido as filhas. A entrevistada acolhe a profissional com um gentil "Muito prazer em conhecê-la", inesperado para nosso espírito latino de chorar no primeiro ombro que nos aparece, e mais ainda para nossa incivilidade carioca de omitir as saudações que a educação recomenda. Durante a conversa, e ao redor do grupo, a repórter pode verificar o comportamento heróico desta pessoa e o respeito ao bem comum que demonstram os demais.

Filas lá, mesmo nessa "situação-limite" são filas, não amontoados de gente. Ninguém briga, ninguém passa à frente, tenta dar um jeitinho. Falam baixo, não fogem pelo acostamento nos inevitáveis engarrafamentos, seguem regras. Por isso, é de se prever que o país sobreviva bem e rapidamente, ainda que talvez seja necessária uma terapia coletiva ou muitas lutas de sumô como catarse. Tanta contenção tem seu preço. Mas a DIGNIDADE, que envergam como um traje de gala, não.

Acabamos de ver no nosso carnaval cenas, de todos os tipos e em vários ambientes, de que nos envergonhamos, ainda que outras passem batidas como de costume. A indecorosa e deselegante exposição de carne humana continua, e todos acham natural. A incitação à promiscuidade, idem. Podem retrucar que usar a rua como mictório não é exclusividade nacional, acontece em lugares mais desenvolvidos socialmente, e é verdade, mas não como aqui. E o que falta mais banheiros não vão resolver, lamento dizer. Falta o que sobra no Japão: polidez e respeito a si mesmo e ao próximo.

Não se trata de crucificar os cariocas e brasileiros, esquecendo nossa vocação para a alegria e a solidariedade. Porém, essas qualidades servem atualmente de desculpa, para, no cotidiano, se fazer exatamente o contrário. As pessoas andam nas ruas se esbarrando, sem ceder um pouco de espaço, e as "palavrinhas mágicas" estão em falta. Os mutirões de ajuda aos irmãos serranos foram impressionantes, mas precisamos do heroísmo de respeitar os direitos dos outros no mais comum, nos ambientes públicos, nas filas e nas estradas. Em vez de campanhas milionárias, com o dinheiro do consumidor, de incentivo aos preservativos, como lembrou muito bem o Rafael, necessitamos COM URGÊNCIA de uma campanha simples de educação básica. Além da atuação das famílias, primordial, educando melhor seus filhos.

Nossas orações e desejos de recuperação aos japoneses e um sincero agradecimento, ainda que doído, pelo exemplo de coragem e, mais uma vez, comovedora DIGNIDADE, que nos oferecem. Queremos “emprestar" Nossa Mãe Aparecida, para que ela os guarde e cure seus corações, pois sua intercessão é mais poderosa que todos os reatores nucleares multiplicados ao infinito. Ah, quanto à reportagem, o mais impressionante é que a repórter deixou cair a carteira com US$700 e os cartões de crédito no abrigo. Achou que não valia a pena retornar, mas outro profissional, conhecedor do povo, assegurou-lhe que estaria tudo intacto e separado para devolução. Pura verdade. Mas, honra seja feita, isso acontece aqui também. Algumas vezes.

terça-feira, 15 de março de 2011

As famílias e o tempo

Por Rafael Carneiro Rocha

Na carta do Papa Bento XVI para o 7° Encontro Mundial das Famílias, que será realizado em 2012, em Milão, ele afirma: Infelizmente, nos nossos dias a organização do trabalho, pensada e levada a cabo em função da concorrência de mercado e do máximo lucro, e a concepção da festa como ocasião de evasão e de consumo, contribuem para desagregar a família e a comunidade, bem como para difundir um estilo de vida individualista.

O Encontro, que terá como tema “A Família: O trabalho e a festa”, será valioso para as famílias meditarem e conhecerem possibilidades de bom uso do tempo. Os pais precisam passar muito tempo entre si e com os filhos.

A criatividade é fundamental para que a vida em família não seja correria ou superficialidade. Quando uma passeio, por exemplo, demora-se em congestionamentos e filas estressantes de consumo, não seria esse tipo de diversão algo a ser evitado ou trocado por coisa melhor? Do mesmo modo, a mensagem do Encontro pode servir para os jovens adultos. As baladas não serão, por exemplo, mais desespero do que lazer?

O sentido construtivo da vida se opõe gravemente à pressão consumista. A felicidade não existe quando a alegria é gasta. A satisfação só dura se pudermos levá-la conosco, no caminho de nossas casas.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 81)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.

1 – A. diz: Dra quando viajamos minha filha não se enturma com ninguém, fica emburrada num canto e é o maior desmancha prazer. Ela esta com 14 anos e é cheia de amigas na escola. O que devo fazer em viagens?

RESP:Caro(a) A.
Ela é única filha? E´muito mimada, quer dizer, fazem todas as suas vontades em casa?
Ótimo que tenha amigas na Escola, porque uma sugestão é que levem alguma( s) dessas amigas com vocês, caso haja possibilidade, acomodação, etc. ,mas não deixem de sair por causa dela....
Sua vontade não pode prevalecer e, afinal, está na idade de aprender a vencer-se a si mesma e seus "gostinhos" para dar alegria aos pais participando - de carinha alegre! - dos programas de família.
Em todo caso, não façam “queda de braços” porque sempre funciona melhor um acordo prévio entre todos, uma conversa amável combinando o local da viagem, apontando para a oportunidade de fazer novos conhecimentos, novas amizades, não acham?
Boa sorte, boa conversa e belas e agradáveis viagens!
Atenciosamente, Mannoun

domingo, 13 de março de 2011

Um filme bem família – À prova de fogo

Estes dias consegui emprestado com uma amiga um filme bem interessante e mesmo sendo uma produção com vários princípios evangélicos de origem protestante, pode ser visto por todos e além de agradável e bem filmado, passa muito boas idéias. E leva o casal a estar sempre se renovando dentro do casamento e não permitir que as coisas cheguem a situações extremas.

No filme, Caleb, um bombeiro casado que faz uso de um livro chamado “Desafio de amar” aonde vai dando dicas a ele de como recuperar seu casamento, em 40 dias

Kirk Cameron interpreta Caleb Holt, um heróico capitão bombeiro que preza a dedicação e o serviço ao próximo acima de tudo. Mas a parceria mais importante de sua vida, seu casamento, está prestes a se desfazer em fumaça, uma situação que chega a ser irônica para um bombeiro renomado.

Esta história cativante mostra o desejo de muitos casais de recuperarem seus casamentos, mas que não sabem por onde começar. E o ponto de partida é o exato momento onde cada um abandona seu egoísmo e busca dar de si o melhor para o outro que amamos encontrando dentro de si o verdadeiro amor que move o mundo.

Ele conta com cenas bem envolventes prendendo a atenção por todo o filme. E para um bombeiro nada mais importante do que seguir o próprio lema: “Nunca deixe seu parceiro para trás”.

sábado, 12 de março de 2011

Um filme com valores para todos: “ 127 horas”

Por Patrícia Carol Dywer

Ontem assisti a um excelente filme cujo ator principal era James Franco, aquele rapaz que apresentou a entrega do OSCAR no domingo passado, junto com a Anne Hathaway (do "DIABO VESTE PRADA").

CHAMA-SE "127 HORAS" (de Dany Boyle, EUA/Inglaterra, 2010). Indicado para melhor ator/melhor filme/melhor roteiro adaptado/canção/trilha sonora e montagem. Boyle, é o premiado diretor de Quem Quer Ser um Milionário (2008)?

É sobre um fato verídico, que foi a descrição minuciosa e impressionante, da resistência de um rapaz, Aron Halston, praticante de esportes radicais, que numa dessas aventuras solitárias, ficou preso todas essas horas no fundo de um cânion em UTAH, em abril de 2003. Pelas tantas, cai uma gigantesca pedra que afunila mais ainda a estreita passagem para fora, imprensando o braço direito do rapaz, imobilizando o corpo, no entanto, com o braço esquerdo e as pernas, ele fez malabarismos incríveis tintando retirar a pedra de cima do braço. O resto não conto pra não tirar o interesse de quem não viu ainda.

É um daqueles filmes de tirar o fôlego pela bela e rara lição de superação, e impressiona pela força de caráter de Aron. Estimula os jovens a praticarem esportes variados, melhorando o tônus do corpo, o que ajuda muito nesses momentos de imprevistos e stress, em que é preciso muita calma e cabeça fria... Além de claro, coragem inabalável e iniciativa. É inacreditável tudo o que o rapaz fez durante esses momentos (5 dias) em extrema solidão, passando frio, fome e sede.

Enaltece os valores da família reforçando a necessidade de que uns se preocupem com os outros, praticando atos de delicadeza, consideração e gratidão, e traz a tona a importância de se ter lembranças carinhosas de momentos compartilhados durante a vida com amigos e familiares, para dar força interior.

É recomendado para pessoas acima de 16 anos, pois tem momentos de muita tensão e o ritmo é mais lento, embora em nenhum momento seja arrastado.

sexta-feira, 11 de março de 2011

A lenda do cavaleiro verde

Este texto, escrito pelo prof. Paulo Oriente Franciulli sobre o livro: Sir Gawain e a lenda do cavaleiro verde é relativamente extenso, mas recomendo a leitura pois pode ser muito útil para debates em sala de aula, conversas em família e para falar sobre virtudes.

Anônimo
Ed. Siruela
Madrid, 1982

I. Introdução: Poema de mais de 2500 versos, escrito presumivelmente no séc. XIV, que deve a sua redescoberta a J.R.R. Tolkien. O autor do The Lord of the Rings publicou a edição canônica de Sir Gawain (Galvão, em português) em 1952, trabalhando em conjunto com E. V. Gordon.
Os versos de Sir Gawain são agrupados de forma irregular, com estrofes formadas por um número incerto deles (entre 16 e 20), na sua maior parte sem rima nem metro, mas regularmente aliterados.
Está escrito originalmente num antigo dialeto do noroeste da Inglaterra, uma linguagem remota e de difícil compreensão.

É considerado o melhor texto artúrico inglês. Exemplifica as virtudes cavalheirescas da coragem e da lealdade. Sem ser um relato a serviço da moral, é extremamente moral.
Os dois temas básicos da obra (jogo da decapitação – também chamado de Jogo do Natal - e tentação de Gawain), que podiam ser encontrados separadamente em fontes célticas e francesas, reúnem-se para formar uma trama bem montada. Para alguns, é o ancestral do gênero realismo fantástico, devido a algumas passagens de teor não natural.

Observa-se que o inverno é a estação preferida pelo poeta para situar a obra. Ele fala da neve sobre as rochas, das correntezas geladas e da névoa sobre a colina. Também se percebe que o autor praticava ou acompanhava de perto as caçadas, por causa da riqueza de detalhes com que as descreve.
O diálogo entre Gawain e a Senhora do Castelo é um paradigma do amor cortês, já desenvolvido naquela altura (na Literatura, seu criador foi André o Capelão, nos seus “De amore libri tres”.)
O protagonista apareceu pela primeira vez na saga artúrica na “Historia regum Britanniae”, de Geoffrey de Monmouth, com o nome de Walwanius; e na história de William de Malmesbury (1120), onde há uma referência ao descobrimento da sua tumba em Walwyn’s Castle, em Pembrokeshire. É tido como sobrinho do Rei Arthur, pois conta o poema que estava em Camelot com seu irmão Agravain, ambos filhos de uma irmã do rei (provavelmente Enna). Passa a ser o heroi central das lendas célticas mais antigas, até converter-se num personagem literário, desconectado do histórico.

II. Resumo do Poema: A narrativa começa durante a celebração das festas natalinas em Camelot, mais precisamente no dia 1º de janeiro, com a chegada inesperada do imenso e assombroso Cavaleiro Verde (cf. estrofe 7), que adentrou no salão do banquete com o cavalo verde (estrofe 9) e portando um grande machado. De forma arrogante, propôs à Corte o “jogo de Natal” (estrofe 13), cujo modelo remontava às iniciações guerreiras dos celtas.

O prêmio ao vencedor seria o seu machado, bastante valioso. O rei Arthur aceitou entrar nesse jogo, depois de o Cavaleiro Verde ter ironizado a ele e aos seus nobres cavaleiros; mas Gawain suplicou ao Rei que o deixasse assumir o desafio, pois lhe parecia impróprio que Arthur o fizesse, devido às normas. Aduziu que a sua vida, se perdida, seria menos lamentada que a do rei e a dos demais cavaleiros (estrofe 16). Arthur acedeu, entregou o machado a Gawain e o abençoou.

O jogo consistia no seguinte: Gawain teria de desfechar um golpe contra o gigante com o machado, a fim de decapitá-lo; se este não morresse, dentro de um ano e um dia desferiria um golpe contra o pescoço de Gawain, no seu Castelo, com a arma que preferisse.

O jovem desafiado pegou o pesado machado, enquanto o Cavaleiro Verde inclinava levemente a cabeça e lhe oferecia o pescoço. Gawain vibrou um poderoso golpe, e a cabeça atingida rolou pelo chão. Mas, coisa curiosa, o Cavaleiro manteve-se em pé. E não só isso: caminhou até onde estava a cabeça, levantou-a do chão, abriu os olhos e disse: “Prepara-te Gawain para cumprir o que prometeste. Vai à Capela Verde, e não duvides de que lá receberás um golpe como este.” Acrescentou que era conhecido como o Cavaleiro da Capela Verde. “Procure-me, e encontrar-me-ás. Do contrário, passarás por covarde.” Dito isso, saiu cavalgando velozmente pela porta do grande salão (estrofes 19 e 20).

O Rei Arthur tentou tirar importância do ocorrido, alegando serem artes próprias das festividades que comemoravam. Voltaram ao banquete. Mas Sir Gawain sabia no seu íntimo que começava uma singular empresa, com fim pouco promissor. Essa reflexão tornou-o taciturno pelo resto do dia.
Poeticamente, o autor passa a descrever a passagem do tempo: as festas de Natal foram substituídas pela austera Quaresma. A estação que combate os rigores do inverno chegou, com suas chuvas brilhantes e cálidos aguaceiros. Veio o verão, em que o Zéfiro suspira entre as relvas. A seguir, urgia fazer a colheita, pois o inverno de novo voltaria e seria precedido pela lua de São Miguel (estrofes 22 e 23).

Era hora de Gawain pôr-se a caminho. Houve um banquete no Dia de Todos os Santos, em sua honra. Os cavaleiros da Távola Redonda – Iwain, Eric, Lancelot, Doddinel o Selvagem, o Duque de Clarence, Lucas o Bom, Sir Boors e seu irmão Leonel, Sir Bedivere e Mador – e as damas estavam profundamente comovidos, por causa do amor que sentiam pelo jovem.

No dia seguinte, Gawain vestiu sua armadura (estrofe 25), ouviu Missa e despediu-se afetuosamente do Rei e dos seus companheiros da Corte. Montou o Gwyngalet – “Branco e Atrevido”, presente da fada Exclaramont a Scanor o Formoso –, apanhou o escudo com o Pentáculo – símbolo concebido por Salomão para anunciar a verdade sagrada: as cinco pontas são unidas por linhas que se cruzam, sendo intermináveis numa ou noutra direção; os ingleses chamam-no Everlasting Knot, Nó Sem Fim – e se foi.
Percorreu terras longínquas, por caminhos estranhos e tortuosos, e todos os que o viam suspiravam com tristeza, afligidos pelo seu infortúnio: “Eis um nobre que poderia ser Senhor Duque e Capitão de Cavaleiros, mas morrerá decapitado por um ser infernal”, diziam (estrofe 29).

Até que, “não tendo por outro companheiro de caminho senão o próprio Deus”, Gawain chegou ao norte de Gales. Conservando sempre à sua esquerda as ilhas Anglesey, vadeou o mar, passou por Holy Head e adentrou no Wirral. Com quem cruzava, perguntava pelo Cavaleiro Verde, ou pela Capela Verde. Respondiam-lhe que não os conheciam.

Nas montanhas, enfrentou aventuras sem fim: sustentou lutas mortais contra dragões e lobos; pelejou duas vezes com povos selvagens; manteve contendas com touros, ursos, javalis e ogros, que o acossavam do alto dos desfiladeiros. O pior era o inverno, pois tinha de dormir dentro da sua armadura e enfrentar a neve que caía do céu. Até que chegou a Véspera da Noite Boa; Gawain rezou a Santa Maria, pedindo que o guiasse no caminho e o fizesse encontrar um refúgio (estrofe 31).

Na manhã da véspera do Natal, enquanto cavalgava Gwyngalet por um bosque espesso, lamentou não poder assistir à Missa. Rezou a Deus entre lágrimas, fez o sinal da cruz, arrependeu-se dos seus pecados e pediu a Cristo que amparasse a sua causa (estrofe 32).

Até que deu com o mais atrevido dos castelos, no alto de um outeiro. Agradeceu a Jesus e a S. Julião Hospitaleiro, conhecido por ter sido um caçador cruel, assassino dos seus pais e, depois da conversão, um homem de vida extremamente penitente, devotada a ajuda aos demais, em especial os peregrinos (estrofes 33 e 34). Os guardas lhe deram honroso acolhimento. O Senhor do Castelo ofereceu-lhe pousada pelo tempo que quisesse. Era um homem impressionante, muito grande, na plenitude das forças, com uma barba longa e lustrosa da cor do pelo do castor, membros musculosos e robustos, a face feroz como o fogo, as palavras francas e corteses (estrofe 36).

O castelo era ricamente mobiliado, e vários servos foram destacados para servir Gawain. Depois de banhado e vestido com trajes oferecidos pelo castelão, Gawain apareceu com tal aspecto que todos comentaram: “Nunca se viu sair do Criador cavaleiro mais formoso” ou “É o nobre que nos ensinará o que é o amor cortês”. No banquete que lhe foi oferecido, contou quem era, de onde vinha e qual a sua aventura. Veio a dama do Castelo – a mais formosa das mulheres sobrepujando a própria Geneviève –, acompanhada de uma venerável anciã, e todos foram assistir ao ofício divino do Natal.

Houve festas e banquetes em honra de Gawain até o dia de São João. Gawain quis partir, mas o Senhor do Castelo não permitiu; disse-lhe que podia descansar ali até o ano novo, pois a Capela Verde ficava a apenas duas milhas de distância. Em cada um dos dias seguintes, o Senhor do Castelo foi caçar; antes, fez um estranho pacto com Gawain: o que ele conseguiria na caçada seria deste, ao passo que o obtido pelo sobrinho de Arthur em cada dia seria do Senhor do Castelo (estrofe 45). Aconteceu que, enquanto Gawain se refazia do cansaço da viagem, a Senhora do Castelo tentou seduzi-lo por três vezes, enquanto o marido estava nos campos. Gawain, invocando a Deus e a Virgem Maria, sem deixar de ser delicado, repeliu os seus intentos, defendendo a sua pureza firmemente, e mostrando também um grande respeito pelo Senhor do Castelo (estrofes 48 a 52, 58 a 61). Ao final de cada dia, o Senhor entregava a Gawain os muitos frutos da sua caça – cervos, javali e raposa –, enquanto Gawain o beijava, um sinal da lealdade que manteve para com ele. (Cf. estrofe 55). Porém, na última e mais destemida investida, a Senhora conseguiu ao menos que Gawain aceitasse o seu cinto de seda verde com fios de ouro, que tinha poderes de preservar da morte o cavaleiro que o usasse em pugnas com outros cavaleiros. A dama pediu a Gawain que guardasse total segredo desse presente, com o que ele não o deu, nem o mencionou, ao Senhor do Castelo naquela noite (estrofes 73 e 74). Vale lembrar que pela manhã, antes da Missa, Gawain se confessou de todos os seus pecados, em preparação para o desfecho dos seus dias.
O ano novo chegou. O sobrinho de Arthur despediu-se agradecido dos Senhores do Castelo e dos cortesãos, que sentiram a sua partida. Enquanto deixava o Castelo, pediu a Deus pelos que ali moravam (estrofe 82). Um servo acompanhou-o para mostrar o caminho. Quando devia voltar, o servo aconselhou-o a desistir da luta, pintando com cores fortes a fama de maldade e ferocidade do Cavaleiro Verde, e prometendo guardar segredo da sua fuga. Gawain agradeceu a preocupação por ele, mas disse que não poderia fugir, pois seria um ato de covardia sem qualquer possibilidade de desculpa. “À vontade de Deus me submeto, a Ele acolho” (estrofes 84 a 86).

Gawain chegou então à Capela Verde, que era um oratório em mau estado, coberto de grama. Uma verdadeira “capela de desventura” (estrofe 88). Surgiu em seguida o Cavaleiro Verde, com um machado dinamarquês enorme, cuja folha de mais de um metro de largura tinha acabado de ser afiada. “Bem, meu senhor, vejo que és fiel ao compromisso” (estrofe 89). O gigante pediu a Gawain para preparar-se, a fim de que “eu te dê o teu pagamento.” O jovem inclinou-se e adotou uma atitude impassível (estrofe 90).
O enorme homem verde colocou-se em posição, alçou o machado e descarregou o golpe com toda a sua energia. Mas, pouco antes de atingir o pescoço de Gawain, o Gigante Verde parou o machado, enquanto dizia: “Tu não és Gawain (...), porque te encolhes de temor antes de sentir o dano. (...) Eu não me encolhi quanto tu descarregaste o golpe sobre mim (...). A minha cabeça caiu aos teus pés, sem que eu tivesse fugido. A ti, em troca, encolhe-te o coração.” Gawain admitiu o gesto, e afirmou que não voltaria a encolher-se. O outro, então, levantou o machado louco de fúria,e descarregou um golpe poderoso, sem encontrar o corpo do sobrinho de Arthur, já que recuou o braço para não o atingir. Este se manteve firme à espera da morte, imóvel como uma pedra. “Agora que recuperaste a coragem, poderei descarregar o meu golpe”.

Irritado, Gawain pediu para ser acertado de uma vez. O Cavaleiro Verde se preparou de novo para atacar. Fez baixar o machado, produzindo desta vez uma leve incisão no pescoço de Gawain, sem contudo cortá-lo. O sangue do jovem saltou da ferida e tingiu a neve do chão. O agressor se afastou um pouco, deixou o machado dinamarquês descansar no solo, apoiou-se nele e falou, com a sua voz tonitruante, que tudo estava cumprido. Havia prometido o golpe, e lho deu. Primeiro, confessou, ameacei-o de brincadeira, sem o atingir; isso se deveu ao pacto da primeira noite, em que Gawain foi sincero e lhe guardou fidelidade. O outro foi pelo dia seguinte, em que Gawain o beijou. Por isso, não foi ofendido pelo machado. Mas o terceiro golpe, que cortou a sua carne, foi porque Gawain falhou, já que aceitou o cinto da Dama do Castelo e descumpriu o pacto que fizeram, faltando à verdade.

Portanto, o Cavaleiro Verde era o Senhor do Castelo, que havia enviado a esposa três vezes para provar a virtude de Gawain. Este se mostrou o cavaleiro mais perfeito da terra pela sua pureza e lealdade. Mas a sua falha foi aceitar o presente por temor da morte, e não o ter dado para o Senhor do Castelo, descumprindo o seu trato. Mostrou um forte apegamento à própria vida, o que, no entanto, não era grave o suficiente para receber a morte naquela ocasião.

Ao ouvir isso, Gawain foi tomado de uma ira contra si mesmo, por causa da sua avareza pela vida e notável covardia. E pediu que o Cavaleiro Verde ou Senhor do Castelo o castigasse. Este alegou que já bastava o corte sofrido, e realçou o mérito do rapaz em admitir seu erro. Ademais, deu-lhe de presente o belo machado dinamarquês, como fora prometido no dia de ano novo anterior, e o convidou para comemorar esse feito no seu castelo (estrofes 91 a 96).

Gawain desculpou-se. Teria de voltar logo a Camelot, de onde se ausentara havia muito, e cujos habitantes estavam sequiosos de notícias suas. Agradeceu vivamente o machado, uma vez que seria a testemunha da sua culpa. “Assim, quando o orgulho fustigar o meu coração, um olhar a esta prenda moderará os meus anelos” (estrofe 98). Só pediu uma coisa ao Cavaleiro Verde: que lhe dissesse o seu verdadeiro nome. “Nesta terra sou Bertilak de Hautdesert, e me tens assim encantado e mudado de cor pelo poder da Fada Morgana, que habita a minha morada”. Era a dama mais velha, que acompanhava a Senhora do Castelo. Morgana, meio-irmã de Artur, era filha da duquesa de Tintagel, que concebeu Arthur de Ulther. Portanto, era tia de Gawain.

Ambos se abraçaram, beijaram-se e recomendaram-se mutuamente “ao Príncipe do Paraíso”. Gawain empreendeu o regresso, montando o inseparável Gwyngalet. Muitas foram as suas aventuras, porém o poeta não as quis registrar. Acaba dizendo que a ferida cicatrizou, mas o cinto passou a ser levado sempre no seu braço esquerdo, como lembrança da sua falta. Imenso foi o júbilo com que o acolheram em Camelot. Contou a todos os prodígios que enfrentara, sem faltar as partes tocantes à sua covardia. O Rei Arthur e demais cavaleiros e damas, devido ao amor que sentiam por Gawain, fizeram o pacto de levar doravante uma cinta verde brilhante, que passou a ser o distintivo da Távola Redonda. A última frase do poema é: “Aquele que leva a Coroa de Espinhos conceda-nos a sua alegria” (estrofes 100 e 101).

III. Conclusão: Gawain é o modelo do cavaleiro cortês, com todas as virtudes e perfeições do nobre medieval.

“A minha força é a força de dez homens, porque o meu coração é puro”. Servidor de Nossa Senhora, leva o seu emblema no escudo: o Pentáculo.

O poeta diz que o símbolo do Pentáculo se ajustava perfeitamente a Gawain, porque ele foi fiel a cinco coisas: os seus cinco sentidos eram irreprocháveis, jamais seus cinco dedos falharam, tinha fé nas cinco chagas de Cristo, entrava nas batalhas pensando nessas chagas e tirava a sua coragem das cinco alegrias de Nossa Senhora.

Além disso, possuía cinco virtudes: liberalidade, bondade, castidade, cortesia e piedade.

O poema pode ser lido como o juízo de Gawain, e a purificação que vai sofrendo ao longo da aventura. A Senhora do Castelo o tornará rico em temperança; o cumprimento da promessa, em fortaleza; o ciclo de espera e o caminho, em desprendimento; a ferida no pescoço e o cinto verde, em humildade; a volta a Camelot, em vitória, pois derrotou todos os riscos, inclusive o de extraviar-se no futuro.

Enfim, o Cavaleiro Verde é o instrumento da Providência para a renovação espiritual de Gawain (dois dados a reforçar isto: a invocação que o Green Knight faz logo no começo do poema – estrofe 12 – sobre “o que está sentado nas alturas”; o fato de ser o Cavaleiro da Capela Verde; e o grande elogio que o gigante faz a Gawain depois dos três golpes).