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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 10)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossas amigas.
Mentira, um vício?
1 – A. diz:
Bom dia doutora.Tenho um filho de 10 anos, e ele mente muito, por tudo, que fez lição de casa e não fez, que almoçou e joga a comida no vaso sanitário, muitas outras mentiras. Meu esposo e eu conversamos sempre com ele, mas não adianta, continua mentindo. O que devemos fazer?
Agradeço imensamente a atenção. 21 de Agosto de 2009 09:09
RESP: Cara Sra. desculpe o atraso da resposta mas só hoje foi localizada sua pergunta.
Seu filho é único ? Tem amigos? Como se conduz na escola e em outros ambientes ?
É importante verificar se ele mente apenas em casa com os pais ou se assim se comporta em outras situações e ambientes. Caso seja um procedimento habitual, vale a pena ser visto e acompanhado por um profissional da área de psicologia, pois a mentira costuma ser um excesso da fantasia ou um distrubio de comportamento que necessita ser investigado e tratado pelo risco de se tornar um traço negativo da personalidade. Como ele tem 10 anos, está em ótimo momento de investigar e corrigir.
Claro que o exemplo dentro da família é fundamental, mas às vezes é a forma que a criança encontra para chamar a atenção ou estar em evidência... e que sempre merece cuidados por especialista.
Também os pais devem buscar ajuda para saber qual a melhor forma de agir com o filho.
Fico às suas ordens, Mannoun

Valorizar-se sempre!
2 - R.L. diz: Dra valeu por responder, achei que nem ia ligar. Ainda bem que tem gente que se preocupa com os outros. Só que acho muito difícil fazer o que me diz. Eu sou boa aluna e minha mãe nem liga, pra ela tanto faz. A minha avó é quem me dá apoio, ela é católica. Mas eu não sou nada. Briguei também com meu namorado, ele não queria compromisso comigo. Será que vou conseguir um dia ser uma pessoa boa, com tantos maus exemplos dos meus pais? Porque meu pai nem se lembra que eu existo. Obrigada mesmo por responde, valeu.


RESP: R.L. Como está? Acredite SEMPRE que você é muito importante! Valorize-se !Cumprindo o melhor que possa seus deveres, sem se preocupar em ser notada, aplaudida ou elogiada ( o que é extremamente difícil !) você será a moça que deseja ser, um SER HUMANO de primeira grandeza ! O que sugiro a você é mesmo muito difícil, mas todo Adolescente tem sangue de herói, VOCÊ PODE!
Seus pais um dia chegarão a entendê-la e - acredite- a admiram muito por ser quem é apesar de....
Se sua avó a compreende, continue a apoiar-se nela, mas, sobretudo apóie-se em Deus que jamais nos abandona. Procure um grupo de boas amizades - quem sabe na Igreja? Um Coral, uma Banda, um Encontro de Jovens, esportes, faça algo por você mesma.
O namoro é- deve ser- uma preparação para o casamento e você tem ainda uns degraus de estudo e formação antes disto, não é? Aguarde com alegria e bom humor aquele que merecerá você!
Pode falar comigo quantas vezes desejar ! Um abraço carinhoso para você, da Mannoun

Porque eles se drogam?
3 – M. A. diz: Dra sou professora de colégio particular e gostaria de entender o que leva um adolescente a acender o primeiro baseado? Tenho aluno que já chega em sala drogado e é de família abastada. Obrigada
RESP: Olá, M. A. Sua pergunta é de resposta complexa - são tantas as causas ! Conflitos pessoais e familiares, falta de um sentido para a vida, desejo de singularizar-se, temperamento sugestionável, VONTADE FRACA - ( algo hoje tão freqüente e não só na juventude...) curiosidade.... Há um pediatra americano que escreveu um livro cujo título é " As Ricopatias - doenças das crianças que tem tudo "
Entender é difícil mesmo, o que podemos fazer é tentar ajudar. Já conversou com ele, mostrando-se disponível a ouvi-lo?Tentou falar com os pais- pelo menos um deles? Não devemos nos omitir por receio de ser mal interpretados. Algo precisa ser feito e devemos ser aqueles que agem. Ao menos não “fingimos que não vemos enquanto eles fingem que não sabem” ...Idéias claras, em particular, um a um.
A Dra Teresa Fonseca, psiquiatra da UFRJ tem um serviço em São Cristóvão, o NEPAD - que atende pessoas com drogadição e nos Congressos relata que iniciaram seus trabalhos fazendo palestras em colégios e detectaram que os alunos- por curiosidade própria de adolescentes- começaram a usar drogas. Hoje só falam para adultos e pessoas desejosas de conhecer para ajudar... Boa sorte e continue seu belo magistério de ajuda! Fico às suas ordens, Mannoun

Medo de médico? E dor de cabeça
4 – L. A. diz: Dra Minha filha de 15 anos e tem constantes dores de cabeça, reclama sempre que chega da escola. Mas se nega completamente a ir a qualquer médico que seja. Ela tem horror a médicos. O devo fazer? Isso já vem desde o ano passado. Mas pra passear com as amigas ela esta sempre bem.
RESP: Cara Sra L.A Quem sabe uma das amigas de sua filha a convence a procurar um bom clínico e ele , examinando, descobre a causa ? Se chega da escola com dores de cabeça, que acontece lá ? Deficiência visual por esforço? Má postura? Má alimentação? Não gostar da Escola ou de estudar? Se ela tem disposição para sair, presumo que não seja algo tão grave...Continue tentando ! Meu abraço, Mannoun


Crises convulsivas
5 – A. diz: Dra O que causa a crise convulsiva em um adolescente de 15 anos? Ela já tive 4 crises e até a terceira os médicos não me informaram muita coisa, na realidade não disseram nada. Na ultima crise que ela teve o médico me explicou que o que havia se passado foi uma crise convulsiva, e não me explicou mais nada. Pelas pesquisas que eu fiz me parece que essas crises são mais comuns em crianças. O que pode ter causado essa crise nela? Moro em Manaus e aqui tudo é mais difícil.
RESP: Sra. A, as crises convulsivas têm diferentes causas, que podem ser de origem emocional ou orgânicas, como baixa de glicose no sangue por erro alimentar ou falta de alimento por muito tempo, ambiente fechado, má respiração quando o cérebro recebe pouco oxigênio...São múltiplas as causas e um bom clínico pode pedir exames que ajudem no diagnóstico. Pesquise através do próprio Pediatra habituado com ela, - este seria o mais indicado no momento. Pode voltar a falar comigo se não esclareci o suficiente! Um abraço, Mannoun

domingo, 30 de agosto de 2009

O Nosso Negócios de Família de agosto foi um SUCESSO!!!

Tivemos um sábado maravilhoso de sol com direito a piscina e muitas outras atividades.
Na nossa atividade deste sábado dia 29 de agosto de 2009 contamos com a participação de 15 famílias.


Foi um dia bem proveitoso, tivemos palestra, debates, filme, recreação com crianças e com adultos e crianças. Um gostoso café da manhã, de boas vindas, um almoço caseiro e bem saboroso e um lanche no final da tarde para renovar as energias, depois de tantas atividades.

A brincadeira de Cabo de Guerra não pode faltar, todos adoram a competição, pais e filhos disputam com muita alegria


Na hora da palestra os casais em círculo assistiram com bastante atenção e muita participação. Como contamos com uma apresentação com datashow o clima ficou bem animado e bem dinâmico.A diversão para a criançada foi o dia inteiro. não faltou nem escalada ao topo da sítio para verificarem a Bela Vista que se tem de lá.A maior dificuldade foi reunir todos para uma foto, a cada momento batíamos uma nova foto com os que iam voltando de suas brincadeiras.


A nossa próxima atividade já esta agendada para setembro. Em breve colocaremos no BLOG.

Continuando na linha do post do dia 25: Contar histórias para os filhos

Hoje eu estava pensando como é bom contar histórias para os filhos, desde pequenos. O quanto faz bem a todos.
Contar histórias do passado da família, coisas que aconteceram com a avó e com o avô, como se conheceram, como foi quando casaram e quando nasceram os filhos que hoje são os pais ou tios das crianças. Eles adoram ouvir.

E é assim que se passam de geração a geração as sagas das famílias, suas alegrias, aventuras e dificuldades .
No trajeto de ida e vinda à escola das crianças é um bom momento para suscitar estas conversas amenas. Aproveitar algo que algum dos filhos contou e daí começar a contar um “caso” dos antepassados.

A história vai ficando mais interessante contada em capítulos, uma parte na ida ao colégio outra na volta e se não der pra terminar continue no dia seguinte também.

Hoje tive uma experiência um pouco diferente, mas também proveitosa com a minha caçula, na volta do colégio. Por um símbolo que vi em um carro a minha frente, surgiu um assunto sobre o que eram os mártires da igreja.

Como me lembrava da história de alguns, comecei dando um exemplo de São Lourenço e a pequena quis saber detalhes, saber o porquê de ele ir para uma fogueira defendendo sua fé.

E fui lembrando-me de outros e ela foi ficando cada vez mais interessada em saber detalhes da vida dos santos dos quais fui me referindo. Uma bela história é a São Tarcísio, vale à pena conhecer e contar, um jovem que desde cedo tinha um enorme carinho e respeito pelas coisas sagradas e por fim deu a vida defendendo com seu próprio corpo as partículas consagradas que carregava consigo para dar a outros cristãos. Como é difícil encontrar hoje jovens tão determinados em coisas bem menores, como levar a sério os estudos, as amizades e tudo o mais que os tornem fortes e fiéis naquilo que acreditam.

Através destas histórias contadas de forma simples, mostrando os valores que devem ser a base das nossas vidas, vamos dando aos nossos filhos matéria que não se aprende nas escolas e que fazem falta na formação dos jovens.

Eu sei que o assunto, com a minha filha não terminou até chegarmos a casa, ela foi crescendo interesse e quis saber a história de um santo que ela ouviu falar, mas este eu não conhecia a história. Assim prometi pesquisar e o assunto e vou poder continuar nos outros dias, durante os engarrafamentos desta grande cidade.

Podemos emendar a história dos santos nas histórias de familiares que tivemos ,com uma vida de grandes méritos. Mostrar a eles que mesmo não sendo santos de altares, (porque nem todos são canonizados), muitos parentes viveram suas vidas santamente. Caindo, levantando, mas sempre lutando por fazer de suas vidas algo que valesse a pena.
Vamos contar histórias! Não custa nada, e é uma diversão sadia.

sábado, 29 de agosto de 2009

Passeios - Museu de Futebol em São Paulo

O país do Futebol merecia já há muito tempo ter um museu a altura do penta campeonato.


Finalmente, há cerca de dois anos, foi inaugurado o maior museu do futebol do país e um dos mais impressionantes do mundo.


Tão impressionante como as imensas filas para comprar o ingresso. Mas vale a espera. Após passar por uma sala de quadros o visitante entra num ambiente mágico no qual pode ficar por horas a fio, dias ousaria dizer, alguns mais fanáticos seriam capazes de esquecer de comer ou dormir ali dentro.



Passando pela sala que reproduz o drama de 1950, como se novamente o Maracanã fosse calado, chegando a rampa das torcidas onde nos sentimos envoltos por várias torcidas do Brasil, desde a imensa nação Rubro-negra até o glorioso Botafogo, passando por Palmeiras, Grêmio, Inter, Coritiba, etc.



Há a sala do futebol no Rádio com os saudosos Jorge Cury, Waldyr Amaral e o atual José Carlos Araújo. Há o setor de imagens self-service onde se escolhe o gol e o narrador de televisão. Há o setor de copas do mundo, do Pelé, do Garrincha, dos Gols, dos Goleiros, das Regras, experiências multimidia, etc



O museu do Futebol que fica no estádio do Pacaembu e só não abre em dias de jogos (acho que para a torcida do Corinthians não quebrar tudo) é o Louvre do esporte mais popular do Brasil e merece ser visto não uma vez mas muitas!

PRAÇA CHARLES MILLER, S/N - ESTÁDIO DO PACAEMBU
SÃO PAULO/SP
TEL: 55 11-3663-3848

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

ENTREVISTA COM Uma filha de família numerosa

1.Apresente-se para nós, de acordo com aquilo que acha importante.
Sou Paula V. Serman tenho 26 anos, sou médica, formei-me em 2007 e faço residência de Clínica Médica no Hospital Geral de Bonsucesso. Sou a segunda mais velha de cinco irmãos. São mais 3 homens e 1 mulher. Carioca, adoro sair pra um sambinha, tomar um chopp e encontrar meus amigos; apesar da correria dos plantões e da residência. Dá pra imaginar que quebro a cabeça e me divido em mil (pelo menos, eu tento!) para estar com minha família e com as amigas e para cumprir os deveres da profissão... Além disso, participo de projetos sociais na área médica, encontros culturais e de formação humana. São muitas atividades, mas só sei viver assim, fazendo muitas coisas!
2.Como é a organização familiar e que papéis/responsabilidades são atribuídos a cada membro da sua família?
Na minha família, cada um tem uma personalidade diferente, assim como a formação acadêmica. Além de mim, temos um engenheiro, publicitário, estudante de arquitetura e “aspirante” à jornalista.
Quando éramos do colégio, ficávamos mais tempo em casa e fazíamos algumas ativid
ades domésticas, como lavar a louça, pendurar roupa no varal, limpar o quarto e, de vez em quando, nos aventurávamos a passar roupa. Muitas vezes, uma camisa acabava com uma charmosa estampa do ferro.
Hoje em dia, vivemo
s em um “entra e sai” que só acaba tarde da noite. Mas, procuramos manter as nossas coisas em ordem, como deixar as roupas e instrumentos de trabalho no lugar, ajudar na organização das refeições e cuidar de quem cuidava de nós, como meus avós.
3. Como é a relação entre vocês irmãos?
Nós brigávamos muito quando éramos menores. Éramos insuportáveis! Tudo era motivo para provocações e xingamentos, principalmente na hora da refeição (há hora melhor e mais engraçada pra fazer isso?). Minha mãe costumava dizer que concordava com aquela frase de Vinícius de Moraes que fala “aí a criançada toda chega e eu chego a achar Herodes natural...”. Acho que isso dá uma idéia da “paz” que reinava no lar...
Apesar disso, sempre fomos muito companheiros e cuidamos uns dos outro
s com muito carinho! Somos amigos! Admiramo-nos uns aos outros! Lembramos com muitas saudades da infância. Hoje, temos uma relação mais tranqüila e me orgulho de dizer que somos apoio um para os outros e para os meus pais. Vimos isso recentemente quando meu avô materno faleceu e, agora, estamos todos muito ansiosos, à espera do primeiro sobrinho (filho do mais velho, Daniel). Esse menino vai ser muito mimado!!!!
4.Seus amigos freqüentavam sua casa ou vice-versa?
Todos nós temos muitos amigos e sempre gostamos de tê-los por perto. Há épocas que essa casa está super povoada: tem campeonato de vídeo-game dos meninos, filmes para as meninas, risadas noturnas em alto e bom som daquela que ficou até tarde conversando com a amiga... O dono da pizzaria aqui perto enriquece às nossas custas...
Também fre
qüentei muito a casa das minhas amigas, mas sempre houve muito critério para isso, pois minha mãe exigia dados completos sobre a amiga, seus pais e o horário para ir e voltar era pré-determinado.
5.Como você dispunha de seu tempo fora do período escolar?
Voltava da escola para a casa da minha avó materna e lá almoçava, descansava e fazia os deveres de casa.
Sempre fiz muitas atividades extra - colégio: natação, balé, sapateado, nado sincronizado, curso de computador. Também participava de um Clubinho de Meninas no sábado, onde
aprendia artesanato, culinária e sobre virtudes humanas. Também ia muito pra um clube com meus pais, onde meus irmãos participavam de um campeonato de futebol e eu tinha muitas amigas.
6.Até que ponto você acha que os valores de sua família modificaram e/ou constituíram a pessoa que você é?
Os valores da minha família foram fundamentais, essenciais, importantíssimos na minha vida!!! Valores como honestidade, lealdade, sentido de compromisso, justiça, amor ao trabalho, valorização do ser humano e da vida, valor do sacrifício, espírito de serviço, amor a Deus... Acho que, se for enumerar, não vão caber aqui. Ajudam-me no meu relacionamento com os meus próprios familiares, amigos, colegas de trabalho, pacientes. São à base da formação do meu caráter.
7.Há regras, tradições ou tabus em sua família? Como eles são ou eram impostos?
Meus pais sempre foram muito firmes em suas convicções e valores e também nos criaram com esta firmeza. Mas, ao mesmo, tempo sempre tivemos um papo muito aberto, uma relação muito próxima. A regra básica é o respeito: no modo de falar (de preferência, sem gritos ou agressividade), ao usar objetos comuns (cada um tem sua vez para usar o PC, a TV) e ter cuidado com a manutenção destes; ajudar na ordem da casa, não fazer ou exigir que se façam gastos supérfluos.
Existem duas frases muito proferidas por mim mãe que não saem de nossas cabeças: “ Essa casa não é hotel” e “Caridade começa em casa”. Acho que daí dá pra saber algumas das regras básicas do meu doce lar (Rs)...
A penalidade imposta pelas infrações (rs) dependia do motivo, da circunstância..
. Às vezes, eram castigos como não ver TV, não ir ao clube... Outras vezes, era uma conversa dura e alguns dias de “gelo” (nessas horas, eu juro que preferia o castigo da TV!) e, algumas vezes, uma chinelada bem dada (e muitas vezes, merecida!).
8.O que você aprendeu com seus pais?
Fico pensando que crescemos achando que nossos pais são infalíveis, não podem fraquejar, ter dúvidas ou inseguranças. Com o tempo, vemos que não passam de seres humanos imperfeitos cuidando de outros seres humanos menores que eles, também imperfeitos. Mas, o “pulo do gato” é que eles nos amam tanto e querem tanto acertar, que Deus lhes dá alguns “poderes especiais” e, me atrevo a dizer que, mesmo quando erram, acertam! Foi isso que aprendi: a ser fiel aos meus valores e fazer o melhor que posso, com todas as minhas fraquezas e limitações. Pois, se o fizer com amor, acertarei.
9.Quais são as vantagens de ter uma família numerosa? E os pontos negativos?
A maior vantagem é que a casa fica sempre muito divertida, barulhenta e nunca me sinto sozinha!! Adoro a “confusão” da minha casa! Além disso, tenho amigos que ganhei “de ”bandeja”, minhas piadas estão sempre atualizadas pelos irmãos; aprendi a dividir, a esperar, a “segurar a língua”, a respeitar o espaço do outro. Também se aprende a “lutar” um pouquinho pela atenção dos pais e isso pode ser uma “competição” bem saudável!
A parte ruim é que você não tem muito sossego em casa, pois, como falei, ela está sempre cheia. De vez em quando, teu irmão está encapetado e resolve te importunar; muitas vezes, o PC está ocupado quando você tem que fazer aquele trabalho por dia seguinte... São probleminhas de
convivência que podem acontecer em qualquer família.
10.O que você planeja para sua futura família?
Gostaria muito de ter uma família numerosa também. Até porque acho que estranharia muito silêncio e calmaria... Graças a Deus, tenho uma excelente referência de família, um ótimo exemplo que quero imitar!
11.O que acha das adolescente grávidas? O que diria para elas?
A adolescência é uma fase de muitas transformações, formação de caráter, mudanças físicas, “ebulição hormonal” e “paixonites agudas”. Então, por ter tanta intensidade nesse período, muitas vezes, as adolescentes se deixam levar por sentimentos fugazes e inconsistentes e a gravidez pode ser fruto disso.
A adolescência
não é, nem de longe, o momento adequado para se engravidar, até porque uma criança deve ser concebida dentro de uma família constituída. Uma gravidez exige muita responsabilidade e fará a adolescente amadurecer precocemente, pulando etapas.
Então, para aquelas meninas que estão grávidas, digo-lhes que uma criança é SEMPRE uma bênção, um sorriso de Deus! E, mesmo não sendo um momento ideal, a gestação deve ser levada com muito amor e tranqüilidade, pois a situação vai se ajeitar com o tempo. Procurem criar seus filhos dentro do melhor ambiente familiar, aceitando ajuda de suas mães e dividindo as responsabilidades com o pai da criança, mesmo não existindo perspectiva de casamento.
Além disso, é bom não repetir o mesmo erro e ter os próximos filhos dentro de uma família já formada.

É importante que as adolescentes direcionem essa energia tão intensa dessa fase para o serviço aos outros, como trabalhos sociais; para a realização de projetos que desenvolvam a parte intelectual e cultural e tragam novas amizades, como um clube de leitura, um curso de idiomas; para a prática de esportes, etc. Enfim, ocupar a cabeça e o coração com coisas úteis.
12.Você preferiria ser filha(o) único ou prefere sua família como é?
Amo minha família e meus irmãos e não troco isso por nada. Não tive viagem pra Disney e nem festão de 15 anos com três vestidos e um príncipe. Não tenho nenhum trauma por isso. Tive (e tenho) tudo o que precisei: boa educação, comida boa, casa confortável, um bom ambiente e muitas alegrias. Nem sempre pude viajar para onde queria, na hora que queria, ou comprar roupas em lojas super caras ao meu bel prazer. E isso me ajudou a dar valor às coisas que tinha. ao trabalho dos meus pais e dos outros e a lutar para conseguir o que queria.
Com certeza, ter os meus irmãos é muito mais divertido do que ver o Mickey aos 15 anos (nada contra o Mickey, tá? E também adoro festas de 15 anos!!)
13.Seus pais influenciaram de alguma forma a escolha da sua profissão?
Não tem nenhum médico na família e meus pais nem imaginavam que eu pensava em fazer Medicina. Eles só se preocupavam com a minha formação profissional, que eu fosse feliz em qualquer área que escolhesse.
Mas, acredito que os pais, muitas vezes, fazem um papel de médico e o médico também banca o pai ou a mãe de alguns pacientes. Então, posso dizer que tive uma influência in
direta dos meus pais e que uso a minha experiência com os pacientes. E dá muito certo!
14.Alguma mensagem para os leitores.
Só vou citar uma frase que uma amiga da minha mãe disse após ela ter sido chamada carinhosamente de “louca” por ter 5 filhos: “Louca não. Cinco filhos são cinco bons motivos para mudar o mundo!” Precisamos de muitos bons motivos para mudar o nosso mundo!

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

FORTALEZA É UMA BELEZA!!!

Continuando nossa série de sugestões de passeios por este imenso Brasil
Texto de Cristiane Ferraz


Dificilmente encontramos alguém que não conheça, ou, no mínimo, já não tenha ouvido falar nesta capital ensolarada, de gente acolhedora e de belíssimas praias!
Fortaleza é a capital do estado do Ceará (conhecido como Terra da Luz porque foi o primeiro estado brasileiro a abolir a escravatura no Brasil no dia 25 de março de 1884). Pertencente à região Nordeste do nosso país, localiza-se no litoral Atlântico com 34 km de praias, a uma altitude média de 21 metros.

A cidade desenvolveu-se às margens do riacho Pajeú. Seu lema (presente em seu brasão) é a palavra em latim "Fortitudine", que em português significa: "força, valor, coragem".
Seu aeroporto é o Aeroporto Internacional Pinto Martins.
A BR-116, a mais importante do país, começa em Fortaleza.
A temperatura média anual é de 26°C, sendo dezembro e janeiro os meses mais quentes e julho o mais frio, porém com diferenças mínimas de temperatura.
Fortaleza, tendo o 14º maior PIB municipal da nação e o segundo do Nordeste com 22,5 bilhões de reais, é um importante centro industrial e comercial do Brasil com o sétimo maior poder de compra do país.
No turismo, a cidade alcançou a marca de destino mais procurado no Brasil em 2004 com atrações como a micareta Fortal no final de julho e o maior parque aquático do Brasil, Beach Park (situado na Praia do Porto das Dunas).
Batizada de Loira desposada do Sol, pelos versos do poeta Paula Ney, a cidade é a terra natal dos escritores José de Alencar e Rachel de Queiroz e do ex-presidente Castello Branco.
Também é conhecida por ser o principal palco do humor cearense. Humoristas como Tom Cavalcante e Chico Anísio, que fazem grande sucesso nacionalmente, nasceram em Fortaleza. Outros humoristas cearenses bastante conhecidos são: Renato Aragão, Tiririca, Espanta e Falcão.
O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) é atualmente o principal espaço cultural de Fortaleza com museus, teatros, cinemas, bibliotecas e planetário.
Fortaleza tem várias lagoas e rios. Entre as lagoas, as maiores e mais importantes são: lagoa da Parangaba, conhecida por sua feira de variedades; lagoa da Messejana onde se encontra a maior estátua de Iracema de Fortaleza; e as do Opaia, Maraponga e Porangabussu, que são importantes pólos de lazer da cidade.
A gastronomia é tipicamente nordestina ressaltando-se pratos como o baião de dois com churrasco de carneiro ou carne-de-sol. Frutos do mar são outro ingrediente de pratos típicos da cozinha fortalezense tais como moqueca de arraia, peixadas de cavala e pargo. Outro fruto do mar bastante degustado é o caranguejo.
Na orla marítima de Fortaleza se localizam os principais meios de hospedagem da cidade e também muitos restaurantes e atrações turísticas, com destaque para as barracas de praia e parques aquáticos, clubes, boates e casas de shows (o forró é o gênero musical mais popular); como o “Pirata bar”.
A Praia de Iracema tem uma das noites mais agitadas com seus bares e alguns prédios históricos como a Igreja de São Pedro, o Estoril e a Ponte Metálica, além de galerias de arte e o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Também é local da prática de surf e pesca.


Na Praia de Meireles encontra-se a avenida "Beira Mar" que vai até o Mucuripe. Nela está a principal concentração de hotéis da cidade. O clube Náutico é um marco desta praia. Acontece em frente deste clube, todos os dias, a feira de artesanato (os trabalhos em renda, palha, labirinto, etc, são fantásticos) mais conhecida da cidade.
A Volta da Jurema é o local mais nobre do litoral de Fortaleza. Neste local, as pessoas costumam fazer cooper e se encontrar no fim da tarde simplesmente para conversar, olhando o mar, ou para tomar um saboroso e refrescante sorvete (existem sorveterias com mais de 30 sabores).
O Mucuripe é famoso por sua comunidade de pescadores e pela jangada e o jangadeiro. Tem um movimentado mercado de peixes e mariscos.

A Praia do Futuro é uma das mais visitadas pelos turistas. Tem uma longa extensão ocupada por muitas "barracas" que são restaurantes especializados em frutos do mar. Um evento típico de Fortaleza é a Caranquejada todas às quintas-feiras.
Os vários shoppings, dentre os maiores: Iguatemi, North Shopping e Aldeota, Del Paseo, Benfica, Via Sul, são importantes áreas de comércio e entretenimento.
Fortaleza é uma cidade alegre, hospitaleira e possui uma excelente infraestrutura!

Apreciando a brisa marítima, deliciando-se com sua culinária, banhando-se em suas maravilhosas praias ou simplesmente descansando numa convidativa rede, Fortaleza é um destino inesquecível que está de braços abertos para receber a todos!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O anencéfalo tem direito a vida? - É um filho também?

Texto de Márcia Tominaga
Em outubro de 2002 descobri, com muita alegria, que estava grávida.Este seria o segundo filho, ou filha, que viria para fazer companhia ao irmãozinho, que, nesta época, contava pouco menos que dois anos. Tudo estava indo bem, até que, antes do Natal daquele ano, em um exame de rotina, descobrimos que o nosso bebê não possuía a calota craniana bem formada, ou seja, ele tinha "acrania" e o osso do crânio, não tendo se formado adequadamente, deixou o topo da cabeça "aberto". Fomos informados que o fato de a cabeça estar aberta, faria com que o líquido amniótico atacasse diretamente o cérebro do bebê, desembocando em um quadro chamado "anencefalia", e, dentro deste contexto, a perspectiva de vida, seria: viver até uma hora após o nascimento; se ultrapassada a primeira hora, viver até um dia; se ultrapassado o primeiro dia, viver até uma semana; se ultrapassada a primeira semana, viver até um mês e, com muita sorte, se ultrapassado o primeiro mês, viver até um ano.

Grande foi o nosso espanto! Quando o médico começou a informar qual seria o procedimento legal para a realização do aborto, caso desejássemos, eu o interrompi e fui perguntando: "Doutor, eu corro risco de vida?". E o médico respondeu: "Pelo fato de o bebê ter esta anomalia, não. Algumas situações podem ocorrer, como, por exemplo, o aumento do líquido amniótico, mas isto pode ser contornado com os recursos dos quais dispomos hoje." A minha resposta veio pronta: "Então, Doutor, este bebê vai nascer!".


E assim se seguiu. A gestação transcorreu bem, sem maiores percalços. Eu seguia a rotina diária de qualquer mulher que tem casa, marido, filho e trabalho externo, e, sempre que me perguntavam como ia a gravidez, eu respondia que estava indo bem (sim, dentro de todo o contexto, a gestação estava indo bem), se estranhos me abordavam, questionando se seria menino ou menina, quantos meses, etc... eu sempre respondia com um sorriso, que era um menino, que estava com "x" semanas. Apesar de estar vivendo tempos difíceis, eu me esforçava em tornar a situação um pouco mais leve e evitava causar preocupação desnecessária nas pessoas ao meu redor, especialmente, no meu marido.

Após o diagnóstico, procuramos informações junto a outros médicos; pesquisamos muito na internet sobre o tema; contatamos outros pais que também passaram por esta situação, em busca de informações sobre a anencefalia e sobre uma possível cura. Descobrimos que a Medicina, no estágio evolutivo em que se encontra, nada pode fazer para reverter este diagnóstico. Descobrimos que a mulher em idade fértil deve tomar 5 mg. diárias de Ácido Fólico, o que reduz em mais da metade a chance de se gerar um bebê com má-formação do tubo neural (a anencefalia é apenas uma de outras más formações possíveis, como, por exemplo, a espinha bífida). Descobrimos que muitas mulheres que passam por igual situação não têm acesso a informações corretas e acabam por realizar o aborto. Eu mesma fiquei espantada por nunca ter visto uma campanha oficial sequer, voltada para a orientação das mulheres quanto à importância preventiva do ácido fólico em uma futura gestação!

Felipe nasceu de parto normal, no ano de 2003 e viveu vinte minutos. A experiência de termos tido este filho muito amado enriqueceu nossas vidas, fortaleceu nosso senso de respeito ao próximo e da importância da família, e, hoje, somos confortados pelo sentimento de termos feito o que era correto. Quanto vale a vida de um filho? Tudo aquilo que um pai e uma mãe puderem fazer para preservá-la.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Educando os filhos através da literatura

No último sábado, dia 22, o Clube Forja, organizou uma palestra para pais com o Advogado e Escritor, Paulo Oriente Franciulli.

Foram quase duas horas que passaram muito rápido. Vários casais que assistiram a apresentação combinada com dinâmica de grupo, sairam no final com uma sensação de que pela literatura é possível mudar o panorâma da juventude.

Sugestões concretas
Repetir as idéias do palestrante é sempre uma imagem inferior, no entanto vou deixar aqui algumas dicas que me saltaram aos olhos.

O filho rebelde e a leitura de Frankenstein de Mary Shelley
Enquanto passava um verão chuvoso na compania de seu marido Peter Shelley na casa de Lord Byron surge a idéia de um concurso literário. Em dois dias e duas noites de trabalho febril surge a obra Frankstein. Segundo, Paulo, Frankstein é uma das obras que ajuda os adolescentes a entenderem a rebeldia e o afastamento que se produziu entre eles e seus pais.

Unir a leitura ao prazer e a recompensa
Premiar os filhos com livros ou levá-los à livraria e depois uma sorvetada, são algumas sugestões que podem ajudar os filhos a ganharem gosto pela leitura. Contar histórias para os filhos além de ajudar os pais a estar mais próximos deles faz com que eles se interessem pela narrativa.

Nas duas horas de palestra, vários livros foram comentados: A lenda de Eros e Psiquê, Trabalhadores do Mar de Vitor Hugo, Harry Potter, O Senhor dos Anéis, Crônicas de Nárnia, O Apanhador no campo de centeio.
Apanhador no campo de centeio


Se lendo este texto você não se sentir tão entusiasmado, posso lhe assegurar que é por culpa minha que não soube expressar bem o que escutei ontem.

Vamos ver se consigo que o palestrante escreva um post para este blog. Enquanto isso, faça a experiência de investir em literatura, garanto que não se arrependerá!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vamos levantar nossas vozes

Vamos dizer NÃO ao preconceito religioso!
No dia 13 de novembro de 2008, o Brasil assinou um Acordo com a Santa Sé, que tem como objetivo consolidar, em um único instrumento jurídico, os diversos aspectos da relação do Brasil com a Santa Sé e da presença da Igreja Católica no Brasil. Respeita plenamente a Constituição brasileira e a liberdade religiosa, como se pode observar lendo o conteúdo do Acordo:

http://www2.mre.gov.br/dai/b_santa_04.htm íntegra do Acordo 


http://www.zenit.org/article-20048?l=portuguese notícia da Agência Zenit sobre o Acordo 


http://www.cnbb.org.br/ns/modules/articles/article.php?id=319 artigo de Dom Aloísio Sinésio Bohn sobre o Acordo
http://www.cnbb.org.br/ns/modules/articles/article.php?id=747 artigo do Cardeal Geraldo Majella Agnelo sobre o Acordo


Para obter eficácia jurídica, o Acordo precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados (http://www.camara.gov.br/sileg/integras/637903.pdf).

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara o aprovou no dia 12 de agosto (http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=1977). Houve um pedido de urgência para matéria, o que pode permitir a votação direta do pelo Plenário, possivelmente no dia 25 de agosto.

Todos aqueles que lutam pela liberdade religiosa – se manifestem aos Deputados Federais, expressando o seu apoio ao conteúdo do Acordo, que não confere nenhum privilégio à Igreja Católica, apenas consolida a relação entre o Brasil e a Santa Sé, trazendo inclusive maior transparência.

Para escrever aos Deputados, http://www2.camara.gov.br/internet/popular/falecomdeputado.html
Ou utilizar uma lista com todos os Deputados: p. ex., http://www.florianonet.com.br/politicoscorruptos/deputado.html
O Acordo é privilégio para a Igreja veja em http://www2.mre.gov.br/dai/b_santa_04.htm



Breve resumo do conteúdo do Acordo

a) Reconhece a personalidade jurídica da da Igreja Católica e de todas as Instituições Eclesiásticas;
b) Constitui o ensino religioso como disciplina normal do curriculum das escolas públicas:
Art. 11 §1º. O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação.
c) Trata sobre o reconhecimento civil do casamento religioso;
d) Garante-se o segredo do ofício sacerdotal, especialmente o da confissão sacramental;
e) Garante-se a imunidade tributária das pessoas jurídicas eclesiásticas referente aos impostos, em conformidade com a Constituição brasileira;
f) Reconhece o caráter religioso do vínculo entre a Igreja e os ministros ordenados ou religiosos, conforme jurisprudência da própria Justiça brasileira.

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 9)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossas amigas.
Diálogo entre pais e filho
1 – A. diz: Boa tarde, doutora. Tenho um filho único de 15 anos, que apesar de ser muito amado por mim e pelo pai, está sempre a dizer que ninguém gosta dele, que não se interessam por ele, que somos muito exigentes,... Na verdade a única exigência é que ele seja estudioso e tire boas notas (passou sempre de ano, mas é bastante preguiçoso). Há uns meses atrás e vendo o computador dele (mail e hi5) descobri que ele teve uma atração por um rapaz e acha que é bissexual - sempre teve namoraditas e agora tem uma moça de 16 anos a quem já contou que é bissexual. Por outro lado, inventa/mente sobre nós os pais - vi no computador que escreveu à namorada que estava triste porque os pais estavam sempre zangados, e andavam a falar em divórcio e que se sentia um farrapo porque não lhe ligavam. Ora eu e o meu marido damo-nos muito bem, raramente nos zangamos e nunca se falou em divórcio, pelo contrário estamos sempre a dizer-lhe que somos uma família e que queremos que ele participe por ex nas saídas em férias, mas ele diz que não gosta de ir para fora em férias, que é uma seca.
Pedia a sua ajuda: o que fazer? Devo confrontá-lo com estes assuntos (já o fiz várias vezes indiretamente, mas o que me diz é o contrário do que escreve no computador com os colegas)... Muito obrigada.

RESP: Cara Senhora, perdoe-nos porque houve um desencontro de datas entre sua pergunta e minha resposta mas aqui estamos.
Vale a pena, sim, que a senhora converse com seu filho, a sós, serenamente e com muita sinceridade. Pergunte se ele deseja ajuda quanto aos seus sentimentos em relação aos pais. Deixe que ele fale o que desejar, não o interrompa e não leve as possíveis agressões como pessoais. Depois, novamente insista em que ele necessita, sim, uma ajuda profissional também quanto à sua sexualidade confusa.
Se ele mente, faz-se de vítima, deseja a compaixão da namorada, algo vai mal dentro dele e confessar-se bissexual pode ser uma forma de chamar a atenção, destacar-se, ficar em evidência.
Repito: em primeiro lugar uma conversa clara, onde ele perceberá que suas atitudes não passam despercebidas e que ele é importante para os pais. Depois, uma ajuda concreta, oferecida e realizada por profissional competente, quanto ao seu sentimento de " rejeitado " pelos pais e quanto à sexualidade confusa - quem sabe uma está relacionada à outra?
Explique o fato de que estimular os estudos; faz parte do amor que os pais dedicam aos filhos.
Há pessoas que se sentem mesmo sempre desejosas de mais e pode ser que o fato de que seja único filho incentive seu modo de ser exigente de “mais, sempre mais e nunca baste”.
A senhora e seu marido devem também procurar ajuda, para saber como agir no dia a dia com ele.
Não sei onde moram, mas vale a pena este esforço- o mais breve possível- pela delicada faixa de idade em que ele está, onde se tomam decisões que influirão em toda a vida.
Fico a seu dispor e- se vocês têm alguma religião - não deixem de pedir ajuda a Deus em primeiro lugar e sempre! Atenciosamente, Mannoun

Brincar com os filhos sem muitos gastos?

2 – E. diz:
Dra, Como fazer para educar meus filhos de 10 e 12 anos dentro de casa, sem gastar muito e dando-lhes lazer?
Estou desempregada e queria dar uma vida legal para eles.Possuo formação de pós-graduação, e gostaria de aprender
algumas brincadeiras para estas idades que fossem legais.
RESP: Cara E., que desejo espetacular !
Em geral as pessoas julgam que lazer é algo dispendioso, quando na verdade é apenas disposição de doar-se, de bem aproveitar o tempo...
No site negócios de família você encontrara sugestões e também no Portal da Família, quanto às brincadeiras em casa.
Não sei quanto espaço vocês tem, mas dá muito certo um arco e uma rede para jogar bola ao cesto. Passear na praia, pracinha, pular corda ( quando não se tem a corda, os movimentos que fazemos simulam bem...)
Em dias de chuva e em horários livres em casa, oficinas de redação, contar e ler histórias, cantar, ver retratos de família com as respectivas histórias, representar...
Vale muito ensinar a eles as tarefas de casa, ajudar na cozinha, fazer algum prato... Quantos talentos são descobertos quando os pais se dispõem a " gastar seu tempo " com os filhos...Não lamente estar desempregada - será um grande bem para todos ! Boa sorte e pode voltar a falar comigo quando desejar! Mannoun

Vale a pen
a sair de casa?
3 - R. L. d
iz: Dra sou adolescente de 17 anos e minha casa é um inferno. Minha mãe só pensa nela e vive trocando de namorado. Tenho vontade de sair de casa e sumir. Como não tenho como me manter penso em ir morar na casa do meu namorado. Será que estou fazendo um bom negócio? O que acha que posso fazer com minha mãe?

RESP:
Olá R..L. Que bom que você fez uma pergunta de tamanha repercussão para sua vida ! Não é um bom negócio ir morar com o namorado!
Em nossa vida há um tempo para tudo e agora é o momento de você " esfriar " a cabeça, estudar, combinar com o namorado que vocês namorem e se guardem respeitando-se um ao outro, sabendo esperar também no seu relacionamento para não se arrependerem depois.
Você pode - e muito! - ajudar sua mãe tendo paciência, cumprindo muito bem o que lhe compete- estudando, preparando-se com cursos que garantam sua autonomia e independência, tendo muitas amizades e saindo em grupo, distraindo-se como todas as jovens de sua idade em divertimentos sadios e limpos.
Quando tiver oportunidade de estar sozinha com sua mãe, e já passado este momento de dor e indignação com as atitudes dela, converse com calma e mostre com palavras vindas do coração, o quanto você sofre com este modo dela proceder, além do mau exemplo que é, para você, como filha. Você tem alguma Religião? Peça muito a Deus por vocês duas, sem se cansar.
Procure perto de você, um sacerdote, pastor, rabino, uma professora em quem você confie e converse. Abra seu coração e busque orientação.
Tenha calma e paciência. Não perca sua alegria, sorria, seja amável e delicada, especialmente com sua mãe. Posso aguardar que volte a falar comigo? Um grande abraço, Mannoun