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sábado, 31 de outubro de 2009

Li por aí (4) - Amizade: Quantas pessoas iriam ao seu enterro?

Este texto eu retirei do Blog amigo, o Tatarana(não entendo bem o nome, mas tem muita coisa boa) - Uma boa reflexão para o dia 2/11 - dia de finados.

Texto de: "Jagunço Riobaldo Tatarana"

Quantas pessoas iriam ao seu enterro? Essa pergunta não deixar de ter o seu lado tétrico, mas pode nos revelar quantos amigos realmente temos.

Ontem fizemos um Cine Debate com o filme “Meu melhor amigo”, uma produção francesa que conta a história de um comerciante de antiguidades que é desafiado a apresentar seu melhor amigo em 10 dias, caso contrário perderá um valioso vaso grego que possui. É dirigido por Patrice Leconte e com Daniel Auteuil no elenco.

Num primeiro momento, imaginei que o título fosse Fidélité. Na verdade, Fidélité é o nome da produtora, e o título original é Mon Meilleur Ami. Trata-se, na verdade, de uma feliz coincidência, como pude observar no próprio filme: um dos personagens, Bruno Bouley, taxista extremamente simpático e serviçal, sofria por ter sido traído por seu melhor amigo, que fugira com a sua esposa. Às vezes, entendemos melhor uma virtude pelo seu oposto, como neste caso.

Não são os três “s” (sorridente, simpático, sincero) que fazem uma amizade. Isso no máximo propicia a aproximação do outro a nós, pois nos fazemos amáveis (mas não amados). A verdadeira amizade é, de certa forma, construída e testada na fidelidade do dia a dia. O verdadeiro amigo é fiel, custe o que custar, nas coisas pequenas e grandes.

Assim, devemos nos perguntar: quem são aquelas pessoas “fiéis” a mim, que são capazes que se sacrificar por mim, desde comprar um salgado na lanchonete, defender-nos e nos contar quem está falando mal de nós por trás, quebrar um galho no trabalho, ensinar o pulo do gato, até tratar a nossa namorada de maneira respeitosa, e isso tudo de maneira desinteressada? Estas são as minhas verdadeiras amizades.

Vamos aproveitar e alugar pra ver no feriado o filme sugerido : Meu melhor amigo


sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Classificação Indicativa da Televisão Brasileira: Uma análise

Por Pedro Oliveira
A figura abaixo mostra, segundo o Ministério da Justiça, o que é a classificação indicativa no Brasil. Reproduzo no original:




Assisti recentemente uma palestra em que o coordenador deste serviço do MJ explicava os critérios para a classificação. Note que é utilizado um sistema de idade e que se afirma que o número inscrito corresponde à idade para a qual o programa não é recomendado, segundo o governo federal.

Vamos agora ver o qual o critério utilizado para esta separação por idades (ainda no original):


Na palestra a que me referi acima o responsável por esta classificação detalhou os critérios de cada faixa etária e entendemos com isto que o que a "insinuação sexual" por exemplo é muito, muito mais forte do que parece.

Algumas considerações para você pensar.
1) Os pais, em geral, só tem acesso a informação etária, ou seja, só são informados na hora do programa a idade mínima recomendada, os critérios não são divulgados amplamente, a menos que a pessoa vá ao site web do MJ.
Será que o Governo não tem verba para divulgar os critérios? Será que falta dinheiro para propaganda do governo? O valor previsto para 2009 é de R$ 699 milhões, com este dinheiro é possível fazer muita propaganda. E este é o valor a ser gasto apenas pelo poder executivo federal.
2) Porque não se melhora o sistema de classificação e mesmo com os critérios frouxos se deixa passar tanta coisa?
Segundo o encarregado, porque o quadro de pessoas para esta tarefa é pequeno, apenas 130 pessoas. Você leu certo, 130 pessoas!!! Neste momento tive certeza que nossos impostos estão sendo saqueados! Dez mães de família, trabalhando bem e com inteligência fariam um trabalho muito melhor que 130 funcionários públicos concursados, regiamente remunerados.

Um dos assistentes, ilustre jurista de renome nacional, comentava que além da ineficiência há fortes indícios de chavismo rondando este serviço do ministério da justiça.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Convocação Internacional pelos Direitos e pela Dignidade da Pessoa Humana e da Família

Transcrevo texto que recebi por email e peço que leiam com carinho e não deixem de participar.

Nós, cidadãos dos Estados membros da Organização das Nações Unidas, neste ano do 60.° aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948,
Recordando que:
A Declaração Universal é um estandarte comum para todas as pessoas e todas as nações,
Tendo em conta que:
Os direitos humanos, a dignidade, a liberdade, a igualdade, a solidariedade e a justiça, constituem o patrimônio espiritual e moral sobre o qual se baseia a união das Nações,

Indicamos que deve-se dar a devida consideração a:

  • 1. O direito à vida de cada ser humano, da concepção até a morte natural, tendo cada criança o direito de ser concebida, nascida e educada no seio de uma família, baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher, sendo a família o grupo de unidade natural e fundamental da sociedade,
  • 2. O direito de cada criança de ser educada por seus pais, que têm a prioridade e o direito fundamental de escolher o tipo de educação que deve ser dada a seus filhos.
Por isso solicitamos:
A todos os governos interpretar de maneira apropriada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, dado que:

  • Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. (Artigo 3)
  • Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. (Artigo 16)
  • A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e têm o direito à proteção da sociedade e do Estado. (Artigo 16)
  • A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais.
  • (Artigo 25)
  • Os pais têm a prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos. (Artigo 26)

A Catholic Family&Human Rights Institute, http://www.c-fam.org/campaigns/lid.7/default.asp, está recolhendo esta votação para apresentar na plenária da ONU a favor da vida, como vocês podem ler acima.

Precisam duplicar o número de votações. Por favor, se puder não deixe de votar e pedir votos. É muito importante.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O cansaço e a vida cotidiana

Texto de Diego Ibañez Langlois
Chega-se cansado em casa. O cansaço é legítimo. O mau humor, não. Convém lembrar que o homem cansado é propenso ao mau gênio, já que tem as defesas baixas e os nervos destemperados.

O cansado tende ao hermetismo. Não é comunicativo.
É preciso dar ao cansado um tempo para decantar as fadigas e preocupações de um dia de trabalho. Deve-se permitir ao guerreiro deixar suas armas, desmontar e recompor-se.
Procura desfazer-se o quanto antes de sua mercadoria. Interrompe quando não deve, tem mais pressa quanto mais deve esperar. É a hora heróica dos pais.

O carinho dos filhos vale mais que o esgotamento.

Ao chegar em casa, nenhum pai pode abrir a porta e dizer: "Missão cumprida".
Se ele acha que a casa é o lugar das compensações egoístas, um pai de família se perdeu. A recompensa verdadeira é a de ver-se rodeado por afeto.

O carinho dos filhos não é um carinho abstrato, teórico. É tangível. Percebe-se. Toca-se.
Os olhos das crianças estão dizendo: "Seja meu pai. Tu és forte, mais forte que o cansaço".
Isolar-se dos filhos ao chegar em casa é dizer-lhes: "Vocês não me interessam".

Um pai sempre cansado ou que pede que o tratem como um homem cansado, é um pai enfermo. A casa não é uma clínica de repouso, onde se cuida religiosamente do silêncio para não atrapalhar os pacientes.

O lugar onde descansa o papai não é "zona de hospital", como tampouco a sala de estar deve ter o cartaz de "crianças jogando".

Quando os filhos são pequenos são como brinquedos do pai. Quando se está de bom humor, lhes dá corda. Quando o jogo cansa ou aborrece, lhes guarda ou lhes arquiva. Em muitos casos, a televisão serve, lamentavelmente, de arquivo.

Se os filhos são considerados um incômodo porque perturbam o descanso do pai, exige-se à mãe que os faça evaporar para que não criem problemas.

O guerreiro considera que já teve suficientes aborrecimentos em seu trabalho, ofício ou negócio.
Cultivar a vida familiar

A vida familiar deve ser cultivada, sob o risco de que se torne um campo abandonado.
Incrementa-se com a conversação, com as celebrações, com ritos familiares, com tradições, com uma linguagem que tem pontos de referência comuns.

Sem vida de família, passa-se do trabalho ao trabalho como por um túnel. Agradeçamos que a jornada se interrompa para estar com os que se ama.

O cansaço de uma jornada dura se recupera na vida em família. A graça do filho pequeno faz mudar a vista cansada. Em casa não nos aceitam por nossa eficácia nem por nosso rendimento: nos acolhem com carinho. E a vida em família é mais amável quando é enfrentada com amabilidade, quando não impacienta a avidez de um filho por contar suas coisas, a do outro que assalta com pedidos, a de um terceiro... O lar não é um monastério onde se ouve o silêncio. As crianças não são objetos imóveis que fazem parte da decoração. A casa não é casa de repouso para doentes dos nervos. O carinho torna amáveis até as interrupções.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A ARTE DE LIDAR COM O TEMPO - entrevista

Quem é nossa entrevistada:
Alessandra Garcia Trindade - Mineira de Campo Belo, é pós-graduada em Responsabilidade Social e Terceiro Setor e atua como consultora cultural. Desenvolve projetos viabilizados por meio de patrocínios nas leis de incentivo que possibilitam o acesso da população de baixa renda às mais diversas áreas culturais como teatro, música, literatura, cinema, artes plásticas, entre outras.
Autora de alguns livros, escreveu: Mes
tre do tempo - um livro com depoimentos de pessoas que fizeram mais que viver: 25 pessoas acima de 80 anos, anônimas ou “famosas”, que vivem sua vida de uma maneira exemplar.

1 - O que a levou a escrever sobre exemplos de pessoas (mais idosas) que aproveitaram bem o tempo? Quem são e porque são mestres do tempo?

Quando pensei em escrever um livro quis escrever sobre algo que fizesse bem a mim (ao escrever) e que inspirasse às pessoas que estivessem lendo a buscarem algo melhor para suas vidas.
Optei por escrever sobre pessoas mais velhas e que estão ativas, fazendo coisas que acreditam, que gostam. Muitos deles se reinventando a cada momento, mesmo que estejam fazendo a mesma coisa durante toda a vida. Outros buscando coisas novas para fazer, mesmo que estejam com 80, 90 anos. Pesou muito sobre a minha decisão de escrever sobre os mais velhos o fato do Brasil não valorizar o idoso da maneira como ele deveria ser valorizado e também a minha experiência de ter convivido com meus avós quando eles já estavam bem velhos.
Os 25 mestres, a maioria deles com mais de 80 anos, foram escolhidos de forma que cada leitor possa se identificar com pelo menos um deles. São pessoas de várias partes do país (SP,RJ, MG, BA, TO, DF) e com atuações muito distintas: tem escritora, atriz, médicos, professora, palhaço, compositor, artista plástica, etc. Optei por entrevistar a maioria de desconhecidos (ao invés de colocar apenas pessoas “famosas”no livro) para que os leitores possam valorizar aqueles mestres que estão ao seu lado e que, muitas vezes, não são vistos como mestres, pessoas que têm muito a ensinar.

2 - Qual foi sua experiência mais agradável neste contato com os idosos que entrevistou?

Aprendi muito com todos os entrevistados. Não há como destacar uma ou outra entrevista. Todas me marcaram muito e com cada um deles aprendi algo que irá contribuir com a minha vida.
São pessoas muito diferentes entre si, e aí acho que aí está a beleza do livro. O mestre pode ser uma pessoa como a dona Raimunda, que nunca freqüentou a escola, mas que viajou até a China para defender as quebradeiras de coco no Norte do país. Ou o Sr. Benedito Sbano, que, mesmo tendo passado dos oitenta anos, continua se apresentando como o Palhaço Picoly e sempre buscando novas caretas e novas falas para suas apresentações. Ou a dona Ondina, que tem dedicado seu tempo a uma farmácia comunitária que entrega gratuitamente remédios para 1000 pessoas por mês.

3 - Qual foi a mais marcante das entrevistas?

As entrevistas foram muito marcantes e algumas delas inusitadas. Talvez a mais inusitada tenha sido com a dona Geralda, que foi feita na praia, momentos antes dela saltar de paraquedas, seu primeiro salto de paraquedas aos 71 anos de idade.

4 - No que o idoso pode ainda ajudar para construir pessoas melhores para o futuro?

A pessoa mais velha tem a experiência de vida que pode contribuir muito com a formação dos jovens ou mesmo na vida de um adulto. Acredito que a sabedoria dos mais velhos é algo que só se conquista com o tempo, com a vivência.
Uma das entrevistadas do meu livro, a dona Déa, disse uma frase que exemplifica muito bem isso. Referindo-se aos mais velhos, ela disse que “existe um conhecimento da vida de só aceitar o que é possível, o impossível não desejamos mais. A mocidade deseja o impossível, mas nós, os “velhinhos”, não desejamos o impossível, só queremos o possível. Com isto, nós temos a oportunidade de aproveitarmos a vida com mais tranqüilidade”.

5 - Você resolveu distribuir 100 exemplares do livro para serem lidos e circularem. Conte a razão.

A trajetória mais comum de um livro é que as pessoas comprem, leiam e guardem em suas estantes. Quando decidi colocar 100 livros para circularem, meu objetivo foi de que daqui a cinco, dez anos, essas lições possam continuar circulando, ou seja, daqui a dez anos alguns desses 100 livros ainda estarão vivos, viajando pelo mundo e levando as histórias dos mestres a outras pessoas. Ficaria muito feliz se outros escritores fizessem o mesmo. Podem até colocar menos livros para circulação, mas que reproduzissem essa ideia que eu pretendo colocar em prática toda vez que eu lançar um novo livro.

http://www.mestresdotempo.com.br/


Livro: “Mestres do Tempo Relatos do Século XX Para Viver o Século XXI” (Ed. Gente) - já encontramos nas grandes livrarias.

As fotos são de: Victor Dagonetti (Drago) - O fotógrafo do livro - um jovem que soube captar tão bem as imagens dos idosos e de suas sabedorias.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 18) Dra Mannoun Chimelli

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos.
Comparando adolescentes de várias épocas
1 - A. L. diz: Cara Dra Mannoun, estou adorando suas respostas, já venho lendo e acompanhando a algum tempo. É muito bom termos alguém tão bem preparada nos dando dicas e sugestões num tempo onde a educação de filhos ficou quase acabada. O que nos diz de educar um adolescente em 1950 e nos dias de hoje, as diferenças? Abraço e obrigada pela atenção.
RESP: Olá, A.L. obrigada pelas palavras carinhosas e estimulantes!
Em 1950, a educação tinha outros modelos- as crianças moravam em casas, subiam em árvores, não havia televisão, muitos eletros-domésticos, nem computador e internet... Muitas mães estavam ocupadas em trabalhos domésticos, não era muito comum que trabalhassem fora de casa. O conceito de Adolescência era mais pedagógico e psicológico, não havia ainda entre nós a medicina do adolescente.
Valores: morais, espirituais, não deixam de o ser com o passar dos anos - assim como dois mais dois sempre serão quatro... Mesmo que os homens queiram mudar.
Não é verdade que os seres humanos são os mesmos - hoje e sempre, com suas qualidades e defeitos, aspirações, sonhos, desapontos...?Vamos à lua, mas não nos conhecemos interiormente ainda...
O que mudou? Penso que a saída de casa da mulher para trabalhar fora , os meios de comunicação ( eletrônicos ) a ausência de limites ( pais obedecendo aos filhos...) são alguns dos grandes responsáveis por alguns aspectos negativos da educação. Entretanto não há só negativos- houve mudanças positivas no relacionamento familiar, mais diálogo e abertura, maiores conhecimentos psico- pedagógicos, mais acesso à cultura... Podemos dizer que há muita esperança - sempre! - no ser humano, capaz de superar os “tsunamis” e mesmo do negativo, tirar muito Bem. Eu acredito! E faço minha parte... Vamos nos unir? Um abraço! Mannoun

Adolescentes devem ter tarefas em casa?
2 - M. diz: Dra meu marido é muito exigente com as nossas duas filhas. Ele faz o que diz que eu deveria fazer: Cobra delas ordem com suas coisas; e é capaz de acordá-las ao chegar do trabalho tarde, por não encontrar as coisas arrumadas como deveriam ou como ele mandou que fizessem. Elas já são duas moças de 13 e 16 anos. O que devo fazer para que ele entenda que não deve fazer isso com as crianças?
RESP: Cara Sra.M., A senhora já procurou conversar calmamente com seu marido, longe de casa, em ambiente agradável para ambos, sobre a educação das filhas?
Comente com ele seus pontos de vista, procurando compreender melhor as posições dele, colocando-se de coração aberto sem defensivas, como esposa mais que como mãe. Isto porque - sem querer, sua colocação me dá esta impressão- a senhora está magoada com as atitudes dele e vai tomando a defesa das filhas que, a meu ver, não são tão crianças e já devem mesmo cultivar as virtudes que se vivem e se aprendem no lar: ordem, capricho, alegria, obediência...
É difícil? Claro que sim - e para todos! Porque é mais fácil levar nossos dias de qualquer modo, do que ter a cada dia o nosso tempo organizado... Basta fazer a experiência para perceber como é muito mais agradável ter ”cada coisa no seu lugar e um lugar para cada coisa..."
Converse com ele, dando razão naquilo que deve e aceitando as sugestões dele, que - também é verdade, deve ser mais moderado no falar, combinando as atitudes previamente com a senhora sem que os dois insistam nas mesmas coisas a todo tempo com as filhas. Elas não são mais crianças e necessitam ser tratadas de acordo com sua idade, cada qual com seu grau de compreensão. Mostre a todos como é maravilhoso a gente viver em paz e harmonia dentro de casa e vocês tem tudo para ser muito felizes! Vale a pena o esforço!
Boa sorte e meu abraço, Mannoun
Horário para filhos - decisão em conjunto
3 - T. C. diz: Como conseguir por horários para namorar, chegar em casa, de filhos com 14 e 16 anos. Eles vivem brigando comigo e tentando burlar os horários que estipulo para sair. E agora com a menina namorando, de 16 anos, estou perdendo o pé. Ela acha que pode sair qualquer dia pra namorar.
RESP: Cara T.C. não "perca o pé como diz!" Reze, converse com o pai e depois chame os filhos ( separadamente!) Converse calmamente com a filha e mostre seus pontos de vista e a importância de que não MINTA ( entendo que " burlar " é enganar, mentir) Confiança é como um cristal precioso que necessitamos cuidar e conservar muito bem ! É uma conquista e necessitamos muito esforço para mantê-la - aliás, tudo o que vale a pena CUSTA! Embora nem tudo o que custa valha à pena...
Procure não falar muito no dia a dia - insista no valor dos estudos como preparação para a vida, na ocupação saudável (cursos, esportes, passeios em família, cultura, arte, atividades de que gostem, convívio com amigos..)
Mostre a ela que a dedicação exclusiva ao namorado irá afastá-la do convívio com amigas- está na idade de construir boas amizades...
Com o de 14 anos (é moça também ou rapaz?) - também converse separadamente e exponha suas razões de confiança, horários, importância de bem preparar-se- quem não sabe obedecer não saberá mandar!
PACIÊNCIA e CALMA - não deixe transparecer que se aflige - adolescentes são muito inteligentes e não podemos permitir que usem mal sua inteligência, mentindo e não correspondendo à confiança e carinho dos pais - afinal os maiores prejudicados serão eles próprios, não acha? Boa sorte e dê notícias! Um abraço, Mannoun

Desconfianças? Mentiras? Suspeitas?

4 – M.da P. e C. diz: Preciso arranjar uma ocupação para meu filho adolescente. Ele esta com 17 anos e só quer ficar com o grupinho nas baladas e nas rondas de rua. Estuda só o necessário pra sobreviver na escola. E não faz mais nada. E acho que ele esta bebendo com os amigos. RESP: Caros M.P.e C. Vocês têm apenas um filho? Que atividades ele tem em casa?Quais são seus gostos e aptidões?
Está numa idade em que realmente os interesses serão estes que vocês descrevem, caso não esteja habituado a exercer ocupações e responsabilidades dentro de casa e se os pais não se acostumaram a assentar-se (individualmente) com ele, trocar idéias, ouvir e ponderar, saber do que gosta, quem são seus amigos, convidá-los para um lanche ou algo parecido em casa, para ver como são, que tipo de conversas existe, planos para o futuro...
Já se alistou para o serviço militar? Sabem o que ele pensa a respeito?
São sugestões e idéias- voltem a falar sobre ele com mais detalhes, ok?
Fico às suas ordens, atenciosamente, Mannoun
Qual é o momento certo para sair da casa dos pais?
5 – E. S. diz: Tenho um filho que apesar de já estar formado continua morando conosco (meu marido e eu),algumas vezes chega em casa calado e aparentando péssimo humor, fecha-se em seu quarto e não quer conversar.Se perguntamos se tem problemas no trabalho, fica ainda mais zangado e torna o clima em casa muito pesado. Outro dia disse-me que a desvantagem de morar com os pais depois de formado é ter que dar explicações, e eu para não brigar lhe disse que concordava, mas que ter:casa, comida, roupa, luz, água etc.,pagos e arrumados era uma grande lista de vantagens.Não tive resposta.Conversei com algumas amigas com filhos em situação semelhante e elas também não sabem como agir. E eu que pensava que facilitar a estada dos filhos em casa melhorava a união familiar ando bem desconsertada. Agradeço muito se puder sugerir alguma ação positiva.
RESP: Cara senhora E.S. não se desaponte, porque seu filho é que deve estar desajeitado porque SÓ sabe receber e isto é causa de mau humor...
Ele deve ter ficado lá no início da sua própria Adolescência, quando recebemos e ainda não entendemos que devemos também dar e mais que isto, DAR-NOS .
Volte a conversar serenamente com ele e sugira que procure um cantinho para morar, assumindo as responsabilidades concernentes a um profissional. Mostre-lhe que a senhora e o pai não o estão " expulsando de casa" que estará sempre aberta para todos os filhos,assim como seus corações . Apenas acrescente que é chegado o momento em que , para formação completa da personalidade dele como adulto, está fazendo falta mais este passo.
Anime-se, converse com seu marido e também com suas amigas e leve minha sugestão. Esta atitude ao invés de diminuir os laços, reforçará o carinho e a união entre vocês, familiares. Chega um momento na vida de família em que a convivência - digamos assim- " além dos limites necessários" acaba por provocar irritações e desgastes que magoam e ferem ao invés de ajudar. É o que se passa com filhos adultos, que permanecem em casa ou com aqueles que retornam após um casamento desfeito ( lamentávelmente !)
Filhos criados, devem tomar o caminho escolhido sem perder uma crescente gratidão e carinho para com seus pais convivendo sempre que possível com seu lar de origem !
Não desanime, alegre-se e ajude as decisões de seu filho para que continue a crescer !
Um abraço da Mannoun

domingo, 25 de outubro de 2009

Filme - para ver em família : Marley e Eu

Marley & Eu: mais que um filme sobre as encrencas de um cachorro
À primeira vista, parece ser apenas mais um filme de comédia sobre um levado cão e suas aventuras. Mas o filme é muito mais do que as engraçadas e divertidas cenas em que o cão Marley destrói sofás, engole um colar que foi presente de um marido apaixonado, corre enlouquecidamente pela praia, derruba a adestradora e é expulso do adestramento por mau comportamento. É acima de tudo a história de uma família.

Antes de terem o primeiro filho, John e Jenny, um jovem casal apaxonado, resolvem comprar um gracioso filhote de labrador, mas não imaginam o animal que o filhote iria se transformar. Marley seria chamado de “o pior cão do mundo”!

sábado, 24 de outubro de 2009

Li por aí (3) - O QUE UM PROFESSOR É CAPAZ DE FAZER…

Passando pelos blogs amigos li esta que vai abaixo e gostei demais. Os professores cada vez mais precisam de muita astúcia para lidar com nossos jovens.

Mais uma homenagem aos professores que batalham neste país para serem respeitados e valorizados.

O QUE UM PROFESSOR É CAPAZ DE FAZER…

O fato narrado abaixo é real e aconteceu em um curso de ENGENHARIA da USJT
(Univ. São Judas Tadeu – SP), tornando-se logo uma das ‘lendas’ da
faculdade.

Na véspera de uma prova, 4 alunos resolveram chutar o balde: iriam viajar
juntos.
Faltaram a prova e então resolveram dar um ‘jeitinho’.
Voltaram a USJT na terça, sendo que a prova havia ocorrido na segunda.

Então, dirigiram-se ao professor:
- Professor, fomos viajar, o pneu furou, não conseguimos consertá-lo,
tivemos mil problemas,e por conta disso tudo nos atrasamos, mas gostaríamos
de fazer a prova’.

O professor, sempre compreensivo:
Claro, vocês podem fazer a prova hoje a tarde, após o almoço.

E assim foi feito.
Os rapazes correram para casa e racharam de tanto estudar, na medida do
possível.
Na hora da prova, o professor colocou cada aluno em uma sala diferente, sem
qualquer meio de comunicação com o mundo externo e entregou a prova:

Primeira pergunta, valendo 0,5 ponto: Escreva algo sobre ‘LEI DE OHM’.

Os quatro ficaram contentes pois haviam visto algo sobre o assunto.
Pensaram que a prova seria muito fácil e que haviam conseguido se dar bem.

Segunda e última pergunta, valendo 9,5 pontos : QUAL PNEU FUROU?

Do blog Tatarana - Jajunço Riobaldo

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

“Quem procura acha”


Texto: A. C. Vianna



Chega uma certa idade em que a família nos cobra o tão esperado pretendente para o matrimônio. Claro que essa é só mais uma de muitas expectativas de sucesso que os pais depositam nos filhos, assim como falar a primeira palavra, andar sozinho de bicicleta... Passar no vestibular, conquistar um bom emprego... A fase do casamento é só mais uma dessas etapas tão esperada e aguarda por todos que nos viram crescer.


Porém, para alguns a procura pela pessoa certa pode ser mais demorada do que para outros. E é aí que o conto de fadas começa a ficar entediante... Porque analisando friamente não depende somente da boa vontade e do esforço de quem está disposto a procurar alguém para casar, essa tarefa inclui incontestavelmente duas pessoas, um casal, homem e mulher! Partindo disso, é mais fácil falar, andar de bicicleta e até mesmo passar para uma faculdade de medicina, onde o resultado se alcança mesmo que mais ninguém esteja disposto a embarcar com você nessa aventura.

Em contrapartida buscar a pessoa com quem irá dividir a sua vida não depende só da sua boa postura, suas boas intenções, seu caráter indiscutível, sua aparência impecável... Mesmo que tudo isso seja perfeito e esteja em ordem duas coisas podem ocorrer: ou você não irá agradar a nenhum pretendente em potencial, mesmo sendo essa pessoa super interessante, ou a pessoa que se interessou por você, não tem as qualidades mínimas necessárias para ser seu pretendente.

Isso não é para desanimar ninguém a procurar e muito menos para fazer com que quem esteja nessa busca, relaxe com a aparência, com a postura ou com o seu caráter, por parecer que a missão seja impossível. Pelo contrario, é para se buscar sim alguém para ser feliz o resto da vida, que divida os problemas, as conquistas e que esteja disposto a ensinar e aprender coisas novas juntos. É para ser exigente sim, sem medo de que a espera possa ser longa. Que as pressões externas não façam com que ninguém se acomode e acabe por covardia, com a opção errada.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Profissão: Enfermagem - na escolha dos filhos

Continuando na linha das profissões hoje vamos falar de uma de grande valor e importância para todos nós.

Texto de: Isabel Rotava
Minha escolha de fazer enfermagem veio no terceiro ano após muita indecisão e não foi bem vista por familiares e orientadores da escola. Alguns diziam que era uma opção pouco ambiciosa e outros que trabalharia muito e ganharia pouco. Confesso que tinha pouco conhecimento do exercício profissional apesar de ter mãe enfermeira, nunca tinha tido muito contato com hospitais e não tinha curso técnico, que é muito comum e tem prós e contras.

O entendimento foi sendo construído durante a graduação e nesses três anos de experiência profissional. O mercado de trabalho é vasto e permite a inserção em diversas áreas. Eu comecei em uma clínica psiquiátrica particular, fiz plantões em CTI, trabalhei em unidade de internação, embarquei em plataforma de petróleo e gerenciei uma equipe de enfermeiros embarcados. Além de participar de um processo seletivo para uma clínica de estética. Dermatologia, nefrologia, pediatria, enfermagem do trabalho, obstetrícia, CTI e saúde pública são alguns exemplos de especializações que permitem uma maior valorização profissional e salarial. Mas que não substituem o bom conhecimento técnico-científico e a destreza manual, que devem ser adquiridos durante a graduação e aprimorados ao longo de toda a vida profissional.

O trabalho de enfermagem envolve sempre as funções assistencial, administrativa, de ensino e de pesquisa. A enfermeira coordena a equipe de técnicos e auxiliares de enfermagem e trabalha em cooperação com as demais equipes de saúde – médica, de nutrição, de fisioterapia, de hotelaria, de psicologia. O relacionamento entre essas equipes determina o sucesso da relação serviço-paciente e cabe à enfermeira, como profissional que permanece durante todo o período, ser o elo destas com o paciente-família, e para tal é preciso que ela domine todas essas ciências.

Equipe médica e estrutura do hospital muitas vezes ditam a escolha por um hospital e não por outro, mas a equipe de enfermagem dá a “cara” do serviço. Experiências boas ou ruins com internações hospitalares têm muito a ver com o relacionamento do próprio paciente e de seus familiares com a equipe de enfermagem. E é essa responsabilidade que deve ser entendida pela sociedade e muitas vezes pelos próprios enfermeiros para valorização da profissão. Não por marketing, para que em outra necessidade a família escolha aquele mesmo serviço, mas por entender a visão holística do cuidado. Muitas vezes o tratamento é bem sucedido não só porque o médico acertou a medicação, mas porque o paciente se sente acolhido em suas necessidades (dor, desconforto, angústia, impaciência, medo); a família está satisfeita, e caso contrário, sabe que tem um canal de comunicação com a equipe; o ambiente é terapêutico (luz, som, higiene). E todos esses fatores são de gerência da enfermeira e de sua equipe.

Portanto pais, não se desesperem se sua/eu filha/o decidir fazer enfermagem. (Não é comum, mas pode acontecer!) É preciso que ela seja bem orientada para que busque na graduação oportunidades de treinar os procedimentos e ter vivências profissionais e que estude muito. Costumamos dizer internamente que precisamos saber um pouco de tudo, mas não é o suficiente. É necessário saber bastante de tudo o que está envolvido no cuidado para que o profissional se destaque e consiga trabalhar razoavelmente e ganhar um salário que permitirá certo conforto, seja chefiando serviços em clínicas particulares, seja através de concursos públicos, ou ainda com o ensino universitário. Para os mais empreendedores há ainda a possibilidade de abertura de consultórios de enfermagem, já comuns na obstetrícia, mas que valem para qualquer clínica com enfoque principalmente na prevenção e reabilitação.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Entendendo o comportamento humano - Ultimatum Game - parte II

No dia 07 de Outubro, falamos sobre o Ultimatum Game. Gostaria de voltar ao assunto.

Uma das possíveis orígens do Ultimatum Game é a história de Salomão no primeiro livro dos Reis, como bem lembrou uma leitora do Blog. Para aqueles que não conhecem reproduzo a história:

Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei, e se puseram perante ele. E disse-lhe uma das mulheres: Ah! senhor meu, eu e esta mulher moramos numa casa; e tive um filho, estando com ela naquela casa. E sucedeu que, ao terceiro dia, depois do meu parto, teve um filho também esta mulher; estávamos juntas; nenhum estranho estava conosco na casa; somente nós duas naquela casa. E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. E levantou-se à meia noite, e tirou o meu filho do meu lado, enquanto dormia a tua serva, e o deitou no seu seio; e a seu filho morto deitou no meu seio. E, levantando-me eu pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas, atentando pela manhã para ele, eis que não era meu filho, que eu havia tido. Então disse à outra mulher: Não, mas o vivo é meu filho, e teu filho o morto. Porém esta disse: Não, por certo, o morto é teu filho, e meu filho o vivo. Assim falaram perante o rei. Então disse o rei: Esta diz: Este que vive é meu filho, e teu filho o morto; e esta outra diz: Não, por certo, o morto é teu filho e meu filho o vivo. Disse mais o rei: Trazei-me uma espada. E trouxeram uma espada diante do rei. E disse o rei: Dividi em duas partes o menino vivo; e dai metade a uma, e metade a outra. Mas a mulher, cujo filho era o vivo, falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho), e disse: Ah! senhor meu, dai-lhe o menino vivo, e de modo nenhum o mateis. Porém a outra dizia: Nem teu nem meu seja; dividi-o. Então respondeu o rei, e disse: Dai a esta o menino vivo, e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe.

Nesta história vemos que quem valoriza o objeto que está em jogo, mesmo com uma partilha injusta é o dono do objeto.

O jogo do Ultimato tem inúmeras consequências em negociações, relacionamento humano e funcionamento da economia.

Uma das suas principais características é mostrar que o ser humano nem sempre atua por motivos econômicos, pelo contrário, algumas vezes, dependendo do que está em jogo preferem ficar sem nada a aceitar algo que seja injusto.

Para quem se interessou pelo assunto e quer saber mais: http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=626183

Recomendo ver o vídeo abaixo.




terça-feira, 20 de outubro de 2009

Uma programação pra quem esta em Brasília

Com o tema "Pais, escolas e mídia: papéis e responsabilidades na era da Internet", a CNEF promove, no próximo dia 24 de outubro, em Brasília, seu II Seminário sobre "Mídia e Família". Contará com a presença do Prof. Luiz Marins, antropólogo, autor de 24 livros e com programas de televisão na Rede Vida e Rede Bandeirantes.



Também particip
arão do evento o CONAR - Conselho Nacional de Auto regulamentação Publicitária; o Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional de Justiça, órgão responsável pela Classificação Indicativa em nosso país; o Dr. Pedro Paulo de M. Oliveira Júnior, Doutor em Medicina, Mestre em Informática, especialista no uso da Internet; bem como entidades que atuam com orientação familiar.

Será para refletir sobre questões como as seguintes:

- Pais, escolas e mídia: na prática, quem educa nossos filhos?

- Como motivar crianças e adolescentes a estudar?

- Como utilizar a Internet em nossas casas? E nas instituições de ensino?

- É possível aos pais e educadores fazer algo para melhorar as propagandas veiculadas nos meios de comunicação?

- O que fazer quando uma propaganda nos parece inadequada?

- Como utilizar as informações relacionadas à classificação indicativa de filmes e programas de televisão? É possível participar deste processo?
Destina-se a pais e mães de família; pessoas que atuam no terceiro setor, particularmente com atividades de orientação familiar; estudantes, professores e profissionais das áreas de comunicação social, de educação, de ciência política e de saúde.

Quem estiver interessado basta ver o site do CENEF

Aproveitando a oportunidade é bom lembrar que o CONAR - é para recorrer a este órgão toda vez que nos sentirmos agredidos com propagandas impróprias na TV.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Nossa atividade para novembro - queijos e vinhos com Palestra

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 17) Dra Mannoun Chimelli

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos.
Fumar escondido
1 - C. diz: Est
es dias descobri que meu filho de 13 anos esta fumando escondido. Aqui em casa ninguém fuma, acho que ele esta influenciado pelos amigos da escola. O que faço para que ele páre de fumar? Existe alguma coisa que eu ponha escondido na comida dele para tomar nojo do fumo?
RESP:
Cara Sra C. Primeiramente sugiro que converse com seu filho com calma e muita tranquilidade, dizendo que supõe que ele fuma e deseja que ele diga sim ou não . Explique e mostre as suas razões pelas quais não deseja que ele fume, além de apontar os riscos que o ato de fumar representa.Inclusive, diga a ele que convide seus amigos - se desejar, para uma conversa franca e aberta sobre o tema.Vocês tem um médico amigo ou enfermeiro que se dispusessem a conversar com os garotos ? Preferentemente um profissional do sexo masculino para que se identifiquem, uma vez que são meninos .
Mesmo que isto não seja possível, uma conversa em casa com os pais é sempre positiva.Não aconselho colocar algo escondido na comida. Ele perderá a confiança nos pais e isto é mais grave que fumar... Tente conversar - expor sem impor. Em todo caso, recomende que ele não aceite cigarros de estranhos e que se deseja mesmo fumar, que compre os seus, com sua mesada! Converse antes com o pai sobre minha sugestão e combinem o que acharem melhor entre vocês, primeiramente . Fico às suas ordens e boa sorte! Mannoun

Bater quando brigam?

2 - M.S diz:
T
enho dois filhos, um de dez e outro de nove, eles brigam muito. Isto é normal? Devo bater neles quando eles brigam? Obrigada.
RESP: Olá, M! Irmãos costumam mesmo brigar,especialmente com idades tão próximas. Por favor, não bata neles ! Deixe que briguem sem intervir, até porque já perceberam que com esta atitude chamam sua atenção... Tente mostrar que devem ser amigos e que não há razão para que vivam brigando pois que em casa deve haver alegria, paz, unidade , amizade e bem querer . Invente brincadeiras com eles, estão ainda em idade de gostar de jogos - tipo batalha naval, jogo da velha, forca, palavras cruzadas, especialmente se os pais participam com eles . Faça a experiência - Vale a pena ! Um abraço, Mannoun

Fobia social no jovem
3 - H.L
. diz: Tenho um filho de 16 anos, ansioso,com fobia social e sedentário.Esta em tratamento médico, mas o médico disse para relaxar no primeiro mês e manda-lo fazer uma academia, para fortalecer o corpo, e depois voltar lá pra ver o que será feito.
Alem de tudo isso ele também s
ofre de problemas emocionais,que causam incontinência urinária. O que a senhora me sugere pra ele fazer de atividades que se aproximam do que ele realmente necessite.Obrigado desde já.
RESP: Sra H.L., seu filho gostaria de fazer natação? Como tem fobia social, talvez não aceitasse um esporte coletivo ainda, mas pode ser que a natação seja atraente para ele além de ser o esporte mais completo, porque saudável para o corpo e para o psiquismo, porque enquanto se nada não se pensa muito senão no exercício. Outros esportes seriam o karatê , jiu-jitsu, tai-chi-chuan, mas estes já teriam que ser com outras pessoas. Bicicleta, equitação, dança de salão- melhor conversar com ele e dar-lhe as opções que , em todo caso, seriam para que visse QUAL escolher, mas devendo optar por alguma porque FAZ PARTE DO SEU TRATAMENTO Isto deve ficar bem claro para ele. Certamente ele deseja recuperar-se e fará alguma escolha. Um abraço, Mannoun

Di
slexia
4 - C.P
. diz: Minha sobrinha esta no 2º ano do fundamental e foi diagnosticado que ela tem dislexia. O que se pode fazer para ajudá-la e isso tem cura? Ela esta com 9 anos e estou preocupado de como será quando chegar a adolescencia, se ela ficará mais difícil de se tratar?
RESP:
Sr.C., fique tranquilo porque a dislexia - troca de letras - é de fácil tratamento com psico-pedagogo, e fonoaudiólogo. Ela não corre risco maior se começar logo a se tratar,uma vez que a própria criança se sente diferente das coleguinhas e deseja corrigir sua dificuldade. Importante que a família converse com ela corretamente, sem dirigir-se a ela como um bebezinho e corrigindo com carinho e delicadeza quando pronunciar erradamente alguma palavra, ( especialmente letras F,R,Q,T,L,D - ) não sei quais aquelas que são sua dificuldade.
Não se aflija e procurem logo ajudá-la ! Boa sorte para todos ! Mannoun

domingo, 18 de outubro de 2009

Menino do pijama listrado Um bom filme para ver com os jovens

Aqui vai uma boa sugestão para ver com os filhos :

Menino do pijama listrado

para maiores de 12 anos
O Filme conta a história de um menino, Bruno, de oito anos de idade, é o filho protegido de um oficial nazista cuja promoção leva toda família a deixar sua confortável casa em Berlim para seguir para uma área desolada onde o menino solitário não tem o que fazer e nem com quem brincar. Muito entediado e movido pela curiosidade, Bruno ignora as insistentes recomendações da mãe de não explorar o jardim dos fundos e segue para a fazenda que ele viu a certa distância.
Lá ele encontra Shmuel, um menino da sua idade que vive uma existência paralela e diferente do outro lado da cerca de arame farpado. O encontro de Bruno com o menino do pijama listrado o leva da inocência a uma profunda reflexão sobre o mundo adulto ao seu redor conforme seus encontros com Shmuel se transformam em uma amizade com conseqüências devastadoras.


Este é um filme que serve para um bom debate com os filhos. Podemos fazer algumas comparações sobre liberdade, fraternidade, prejuízos de uma guerra ao ser humano. conversar sobre as dificuldades deles e as facilidades nossas - o valor que damos as coisas atualmente. Sempre é uma boa maneira de suscitar diálogo entre pais e filhos.




Além do filme há o livro que pode ser interessante para ampliar a história.

sábado, 17 de outubro de 2009

Sugestão de filme - Flores de Aço

Flores de Aço (Steel Magnolias)
Gênero: Drama
Elenco: Sally Field, Dolly Parton, Shirley MacLaine, Daryl Hannah, Olympia Dukakis, Julia Roberts, Tom Skerritt, Sam Shepard, Dylan McDermott, Kevin J. O'Connor, Bill McCutcheon, Ann Wedgeworth, Knowl Johnson, Jonathan Ward, Bibi Besch
http://www.imdb.com/title/tt0098384/

O filme nos fala sobre a amizade entre seis mulheres de temperamentos, idades e classes sociais diferentes, no sul da Louisiana, nos Estados Unidos. Elas se aproximam numa hora de festa e permanecem unidas durante os momentos amargos da vida.

A recomendação é para maiores de 12 anos, um filme que pode ser visto pelos adolescentes, com certeza as meninas gostarão mais.

Baseado em peça de Robert Harling. Um filme sensível sobre um grupo de amigas numa pequena cidade do estado de Louisiana. São mulheres de temperamento, idade e classes sociais diferentes, mas que se mantém unidas durante os momentos difíceis da vida. Dolly Parton interpreta a dona do salão de beleza onde todas se reúnem, Shirley MacLaine faz uma senhora amarga e incompreendida; Sally Field sofre com a doença da filha, interpretada por Julia Roberts, Daryl Hannah é uma jovem sem auto-estima que se envolve com homens que não prestam, e Olympia Dukakis tenta sempre levantar o astral de todas. Elas seguem juntas, amadurecendo, sofrendo, superando os problemas e encontrando alegrias.

Um filme que umas vezes nos fará rir… outras chorar… E que valeu a Julia Roberts a sua primeira nomeação ao Oscar, como Melhor Atriz coadjuvante.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

COMO ESCOLHER A ESCOLA PARA O MEU FILHO? - entrevista

Um bom momento para avaliarmos onde colocaremos nossos filhos no próximo ano escolar.

ENTREVISTA COM João Malheiro - Doutor em Educação pela UFRJ

1 - Que tipo de escola é ideal para uma criança?

A escola ideal para uma criança é aquela que saiba conjugar duas forças complementares: as características temperamentais, psicológicas e físicas da criança com o ideal de educação que a família pretende dar para ela. Não é conveniente colocar uma criança num colégio forte, exigente, que cobra bastante, que estimula a competição se ela é muito ansiosa, preocupada com a sua imagem, tem dificuldades em assimilar habitualmente os conteúdos, não gosta de estudar, etc. Essa criança poderá sofrer um stress precoce – que lhe fará muito mal – e aumentar muito a sua baixa estima. Muitas vezes a baixa estima – fato muito comum nas crianças atuais – nasce dos pais colocarem altas expectativas nos sucessos escolares do seu filho e ele não ser dos mais capacitados. É melhor, para estes casos, buscar uma escola que, devendo ser também exigente, não prima tanto pela competição escolar. O segundo aspecto é procurar aquele estabelecimento de ensino que sintonize com os valores da família. A pior coisa do mundo é a criança ser educada num clima de incoerência: ela ficará insegura no início e depois “instintiva” na adolescência. É fundamental para um perfeito desenvolvimento da personalidade da criança que os pais tenham uma base ideológica humana e espiritual que vá se integrando perfeitamente com a escola. Ambas têm que fazer um trabalho conjunto. Caso contrário, pode acontecer, por exemplo, que a família fale para o filho que é muito importante rezar antes de dormir e a escola diga que rezar é “careta”! É muito importante que a família antes de matricular o seu filho numa escola decida se vai querer uma escola religiosa ou leiga, de só de meninos ou mista, com atividades extracurriculares ou não, se bilíngüe ou normal, para depois se preocupar com os demais aspectos internos da escola.

2 - Que tipo de valores e exigências devem ser observados na escolha?

Além de examinar se existe sintonia da escola com os valores da família, que falamos anteriormente, fundamentados em princípios, convicções e regras que a família acredita levarem a uma perfeita realização humana e espiritual, que devem ser definidos em qualquer família que se forma – chamado por mim projeto de educação familiar – deve haver a busca por um ensino de qualidade. Cada vez mais, devido aos seus altos custos, o investimento educacional exige um retorno convincente. É mais do que sabido que o sucesso profissional está cada vez mais atrelado às reais competências e habilidades que a criança adquire nos primeiros anos de escolaridade. O mercado competitivo e com cada vez menos empregos, está exigindo pessoas diferentes e com um preparo diferenciado. Por isso, deixar a criança numa escola fraca, onde não exige (e nos exige) um acompanhamento diário dos seus estudos, onde tudo é alegria, esportes, festinhas, teatros, apresentações musicais, enfim, tudo muito lúdico, simplesmente estamos nos enganando e enganando o próprio filho. Mais tarde pagaremos a “conta” por esta ilusão.
Apesar de estar de moda este modelo de educação lúdica, onde o professor deve ser apenas um “orientador”, que somente estimula a criatividade da criança, que não deve haver conteúdos específicos, horários, salas de aula, etc., mas uma grande interdisciplinaridade, eu acredito que os seus frutos já nos podem ajudar a concluir que é preciso ir mais além. É preciso conjugar ensino lúdico com exigência, buscando cada vez mais a individualização no ensino-aprendizagem, isto é, buscar a riqueza e a potencialidade individual de cada aluno. Tem uns que podem render mais em certos aspectos que outros, como em matérias de exatas, então há que puxá-los para cima nessas áreas. Existem outros que têm habilidades artísticas: então é preciso dar-lhes oportunidades de mostrarem seus dons e talentos e serem avaliados convenientemente. Mas tudo, sempre com muita exigência, esforço e com alto grau de profissionalismo. A motivação escolar – fator muito preocupante, hoje em dia, em qualquer professor de sala de aula – está muito relacionada com a alta estima que é fomentada, não só por metas e sucessos - muitas vezes não alcançados – mas pelo estímulo no desenvolvimento desses dons e talentos individuais da criança.

3 - A que detalhes os pais devem ficar atentos?

Acredito que a primeira grande preocupação que os pais devem examinar ao escolher uma escola é verificar se existe e qual é o seu Projeto Político Pedagógico. Quais são os conteúdos ensinados? Qual é a metodologia empregada? Como é administrada a disciplina dentro e fora de sala? Quais são os métodos de avaliação? Responder a estas questões, procurando saber se de fato é político, isto é, se existe uma participação da comunidade escolar, da família, procurando chegar a alguns consensos em questões opináveis, etc. estaremos com condições de saber se o nosso filho está entrando por caminhos de ensino de qualidade, em todos os seus aspectos. Depois, verificar como é composto e formado – antes, durante e depois – o corpo docente. Infelizmente, muitas vezes, por as escolas terem que reduzir seus custos são obrigadas ou a manter financeiramente professores em patamares pouco motivantes ou então a contratar outros que não apresentam o melhor histórico escolar. Infelizmente, é uma pena que a grande maioria dos pais, nos dias atuais, descarreguem a educação de seus filhos totalmente na escola e não se preocupem em saber quem está “alimentando” ou “envenenando” seus “pimpolhos”... Depois, é importantíssimo que se “capte” o clima organizacional e ambiental da escola. Verificar se as crianças estão felizes, estão soltas, se sentem na sua segunda casa ou se, pelo contrário, existe um clima tenso, desanimado, briguento, desleixado, etc. É muito elucidativo observar os murais de avisos e dos trabalhos, conhecer a biblioteca – tanta na sua quantidade como na sua qualidade – os folhetos e impressos da secretaria, etc, pois a forma como tudo isso é apresentado reflete a “alma” do colégio. Dentro dessas visitas, é preciso se preocupar também com a qualidade e tipo de instalações – número de alunos em sala de aula, se tem área esportiva adequada, computadores modernos, etc – pois estes detalhes refletem o corpo do colégio. Alma e corpo devem ser sadios! Dois últimos detalhes devem ser considerados, apesar de não serem essenciais: localização da escola, uma vez que o trânsito hoje é um problema sério nas grandes cidades; e o horário de funcionamento. No Rio de janeiro, existe um colégio renomado que, depois de muitos anos, percebeu que oferecer um ensino médio no período da tarde – quando todos os demais da cidade são de manhã – era um fator de desmotivação e de alienação social.
4 - Quais os prós e contras de uma escola grande ou de uma pequena?

Uma escola grande tem a vantagem de contar com mais recursos financeiros, quando é bem administrada. Se o sucesso de todos os aspectos anteriores sobressaídos dependem bastante de recursos econômicos, é claro que uma escola grande traz mais vantagens. Além do mais, uma escola para se tornar grande exige, normalmente, muito tempo, o que significa experiência, tradição, imagem. No Rio de Janeiro, por exemplo, os melhores colégios em resultados nos vestibulares são quase todos considerados grandes. Por outro lado, uma escola pequena consegue buscar com mais facilidade essa individualização, tanto no aprendizado como na própria avaliação. Outras vantagens, é que fica mais fácil organizar eventos, viagens, visitas culturais, etc., em escolas menores, além de a família poder ter uma maior participação na gestão escolar.
5 - Que tipos de informações os pais devem ter sobre o corpo docente?

Além de procurar conhecer muito bem a sua formação, aludida anteriormente – é sempre o mais importante, para que haja aquela sintonia com os valores da família referida no início da entrevista – é importante saber também a sua metodologia. São da linha tradicional? São mais modernos? Sabem exigir ou não? Como “negociam” a disciplina e a avaliação? Estão disponíveis para conversar com os pais? Todas estas questões podem estar em desacordo com a nossa maneira de ver a educação.

6 - Quais são os métodos pedagógicos mais comuns? Como são e quais são seus pontos positivos e desfavoráveis?

Existem os chamados métodos tradicionais – também chamados de “cuspe e giz” – onde o professor expõe um conteúdo, aplica exercícios, manda lição para casa de fixação e depois a cobra na aula seguinte e nas provas. E existem os chamados métodos modernos, onde não existe uma autoridade clara e definida do professor, onde os conteúdos não são claramente definidos, mas se procura que o aprendizado seja através de projetos de trabalho, onde a criança, na busca de resolução de problemas, aprenda de forma lúdica. Normalmente, a informática é vista como ferramenta indispensável no aprendizado. As avaliações são mais flexíveis, podendo contar inclusive com a auto-avaliação. Dificilmente, alguém reprova.
Sou da opinião que é necessário chegar a um equilíbrio dialético entre estes dois métodos. Sem dúvida, que a aplicação somente dos métodos tradicionais já estão ultrapassados. Por outro lado, acredito ser altamente inconveniente acabar com a clara divisão dos conteúdos por matérias ou disciplinas. Agora que todos já entendem um pouco de informática e da ordem dos arquivos em pastas, para melhor localização dos mesmos, fica fácil entender como funciona a nossa memória: ela continuamente vai abrindo “pastas” dentro de “pastas” relacionando-as umas com as outras, para que quando seja necessário buscar essa informação, o raciocínio seja rápido. Imaginemos agora abrirmos o nosso “explore” e só encontrarmos umas poucas “pastas”, cognominadas, por exemplo, como “experiências”, “vivências”, “sentimentos”, etc, acho que é de senso comum vislumbrar dificuldades sérias no aprendizado. Acho que é muito importante o professor saber misturar aulas expositivas de “cuspe e giz” com outras de computador, powerpoint, etc., com apresentação de seminários, com filmes e teatros, com visitas a empresas, porém, como já insisti bastante, que tudo isso não seja sinônimo de “marmelada”, mas de aulas bem preparadas, com profissionalismo e que saibam exigir dos alunos sempre muita dedicação, esforço e compromisso com o seu próprio projeto educacional.

7 - É possível encontrar uma escola pública ideal?

A minha pesquisa recente de mestrado na UFRJ – 1º semestre de 2003 - em 9 escolas públicas municipais do Rio de Janeiro demonstrou que, infelizmente, atualmente não! Que a legislação educacional em vigor não permite criar um ambiente escolar favorável e positivo tanto para os professores compromissados com a educação quanto para os alunos que querem aprender, pois o fato de as escolas terem que aceitar todos os tipos de alunos, de muitas terem que “ceder” na aprovação automática, de terem que conviver com todos os problemas intrínsecos e extrínsecos que o tráfico de drogas traz consigo não permite que haja as mínimas condições de motivação para quem quer ensinar e para quem quer aprender. Os professores municipais e estaduais estão sofrendo muito com essas mazelas sociais, estão desmotivados, cansados, desanimados e se percebe uma apatia generalizada por parte de nossos governantes. A questão que sempre me levanto é a seguinte: será incapacidade pedagógica/educativa ou simplesmente descaso? Quero sempre acreditar que é a primeira alternativa...
Porém, se olharmos para algumas pouquíssimas escolas públicas de excelência que têm autonomia para impor algumas regras e limites, se pode perceber que é possível sonhar com uma escola pública ideal... Portanto, é questão de se caminhar a passos mais rápidos para uma verdadeira autonomia, buscando uma legislação que responsabilize mais e melhor os respectivos diretores de escola pública.