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terça-feira, 4 de agosto de 2009

A descoberta do pai

Texto de Bruno Barretto
A figura paterna começa a ser percebida pelo bebê gradativamente, à medida que ele vai ultrapassando a fase inicial do mamar-dormir. E, a partir daí, torna-se indispensável para a construção de sua vida afetiva.

Diversos estudos de psicologia infantil demonstram que a criança aprende rapidamente a diferenciar pai e mãe, não meramente pelas características visíveis, mas pelos : tons de voz, pelo cheiro, tato, modos de sorrir e até pelo modo como o seguram no braço.

Esses contrastes são fundamentais para que a criança incorpore a dualidade pai-mãe como a essência daquilo que depois irá chamar de família.

O que fazer, entretanto, se as pressões da vida profissional mantêm grande número de pais distantes de casa a maior parte do dia?

Não existem receitas prontas nem aplicáveis a todos os casos. Cada pai deverá descobrir as muitas formas de transformar a sua disponibilidade de tempo em presença significativa e inesquecível.

Entretanto, algumas dicas podem ser consideradas:
- Que tal se programar para chegar mais cedo em casa algumas vezes por semana? Por mais interessante que seja o seu trabalho, não pode haver nada mais excitante acontecendo no mundo do que aquela criaturinha te esperando em casa e nada mais recompensador do que o sorriso da esposa surpreendida! Difícil? Não fazemos tantos esforços para chegar pontualmente nas reuniões profissionais? Que tal um pouco de planejamento?

- Entrar em casa com intenção de “estar” em casa. De corpo e alma. Esquecer o cansaço e eventuais aborrecimentos na porta de entrada. Entregar-se, doar-se. O que esperam de você é muito menos do que vai receber deles. Desafios: iluminar o rosto talvez fatigado da esposa, acalmar o bebê até que ele consiga arrotar ou que a cólica passe; dar uma ajeitada rápida na cozinha ou no quarto. Tudo bem mais simples do que o relatório que o chefe te exigiu para sexta feira! O segredo é estar “dentro” da família, em sintonia, fazendo parte. E, sobretudo, quebrar o silêncio. Falar, falar. Das contrariedades, das pequenas alegrias, dos progressos do bebê e do trabalho. Dos planos para o futuro.
- Ficar com o bebê. Não como obrigação ou um exercício forçado de revezamento, meio aborrecido porque esta perdendo o noticiário da televisão. Mas como quem descobre outros mundos. Olhe nos olhos de seu filho. Ele te observa com infinita curiosidade, total confiança e plena disponibilidade. Fale com ele. Certamente não entenderá nem uma das palavras, mas captará toda a intimidade que flui delas. Aproveite essas oportunidades únicas e irrepetíveis... Bom, podem até se repetir, mas não com esse filho. Não adie para o próximo!

4 comentários:

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Liana Clara, venho agradecer sua visita ao meu espaço, e lhe dar meus cumprimentos ao seu belo recanto.
Nâo encontrei como ser sua seguidora,
Efigênia Coutinho

Liana Clara disse...

Efigênia obrigada por nos visitar. Para nos seguir basta ir ao final do blog, bem embaixo e temos PARTICIPAR DESTE SITE. Mas se não me engano você já fez sua adesão. Nós começamos com o blog tem pouco tempo. Mas o nosso trabalho aqui no Rio já vem desde 2004. Espero que sigamos lhe agradando. abraços Liana

Anônimo disse...

Ótimo texto: bonito, simples, prático!
É no heroísmo do esforço nos pequenos detalhes que um pai se torna inesquecível. Um bom pai é insubstituível!
Fernanda

Liana Clara disse...

Olá Fernanda, é verdade mesmo. Os pequenos detalhes é que fazem a diferença. Vamos caprichar também com os detalhes de carinho com os nossos pais. Beijos na garotada.

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