logo

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Dinheiro: Alguns erros na educação dos filhos

Quando o assunto é dinheiro, sempre ficamos na dúvida se estamos educando-os de forma correta. Qual deve ser nosso comportamento diante de cada filho nas suas idades respectivas?

Minha nora me enviou um artigo bem interessante que coloco aqui uma parte, para mostrar alguns exemplos interessantes, que podem nos ajudar na hora de agir com a garotada.
http://veja.abril.com.br/170609/p_110.shtml

A Dra Cássia nos diz que: “a educação financeira das crianças não se resume a ensiná-las a poupar” - "Elas precisam aprender também como gastar o seu dinheiro.”. A cada fase da infância e da adolescência, amplia-se a capacidade de compreender o valor das coisas e planejar a vida financeira de curto, médio e longo prazo. Não transmitir informações na hora certa e da forma adequada significa aumentar o risco de que o adulto tenha uma relação ruim com o dinheiro.

O artigo mostra 4 fases distintas de idades e seu modo de agir:

1ª - De 5 a 7 anos
A capacidade de entender questões relacionadas a dinheiro ainda é pequena. A criança não está pronta para controlar gastos nem para diferenciar o caro do barato.

2ª - De 8 a 12 anos
Nessa fase surgem as primeiras comparações com a situação financeira dos amigos. Roupas e acessórios de marca passam a fazer parte da lista de vontades dos filhos, e é comum que eles perguntem sobre as finanças dos pais. Ainda não entendem situações complexas como dívidas da família


3ª - De 13 a 17 anos
O adolescente já tem alguma capacidade de compreensão, organização e planejamento em médio prazo o uso do dinheiro. No entanto, ainda tem dificuldade com o manejo em longo prazo.


4ª – De 18 a 21 anos
Ele já é perfeitamente capaz de assumir sua vida financeira, fazer escolhas e ser responsável por seus atos


Com esta divisão ela vai mostrando alguns erros que cometemos com as crianças e adolescentes em algumas situações distintas.

Exemplo de erro na 1ª fase: pôr o filho a par de todos os detalhes da situação financeira da família – quanto os pais ganham, quanto custa cada coisa da casa, quais as dívidas
Por que os pais o fazem: acreditam que a criança deve, desde cedo, conhecer a realidade financeira da família para que entenda que é preciso economizar
Por que está errado: se os pais começam a detalhar contas, gastos e dificuldades, as crianças podem entender que custam muito caro à família e ficar angustiadas. É comum que comecem a dizer que não precisam de determinadas coisas – um comportamento que os pais acham "bonitinho" mas que, nessa faixa etária, costuma ser sinal de ansiedade
A estratégia correta: a criança precisa de exemplos práticos para começar a entender o valor das coisas. Se a família vai viajar nas férias, já é um bom começo pedir a ela que participe das economias da casa naquele momento específico
Exemplo de erro na 2ª fase: abrir uma poupança para aplicar a mesada do filho – e impedi-lo de mexer nesse dinheiro
Por que os pais o fazem: porque acreditam que é importante ensinar os filhos a poupar desde cedo
Por que está errado: parte do processo de aprender a economizar dinheiro é saber como gastá-lo. E isso inclui fazer escolhas e, eventualmente, arrepender-se delas
A estratégia correta: até os 11 anos, a melhor maneira de ensinar a poupar é estimular objetivos de curto prazo. Um exemplo: se a criança quer comprar figurinhas e precisa poupar 1 real por semana, ajude-a a economizar usando o cofrinho. A partir dos 12 anos, a poupança é uma opção, mas sem o uso do cartão.

Exemplo de erro na 3ª fase: dar ao filho adolescente um cartão de crédito
Por que os pais o fazem: porque acham que os filhos já têm maturidade suficiente para usá-lo
Por que está errado: o cartão de crédito ensina somente a gastar e nunca a economizar. Isso solapa o aprendizado da poupança, que é especialmente importante na adolescência
A estratégia correta: o cartão só deve ser introduzido a partir dos 18 anos e, ainda assim, em uma conta conjunta com um dos pais. É a forma de acompanhar de perto a relação do filho com os gastos. Se o cartão for necessário antes dessa idade, como no caso de viagem, é bom dar a ele primeiro um cartão de débito. Fica mais fácil controlar o que entra e o que sai.

Exemplo de erro na 4ª fase: dar mesada ao filho com mais de 21 anos
Por que os pais o fazem: como os filhos estendem cada vez mais a permanência na casa dos pais, muitos continuam a tratá-los como dependentes, ainda que já sejam maiores de idade e recebam o próprio salário
Por que está errado: o jovem não se sente estimulado a trabalhar. Muitas vezes o salário é inferior ao que recebia dos pais. Frustração e acomodação no início da vida adulta comprometem o amadurecimento
A estratégia correta: é importante que, a partir do momento em que entra na faculdade e começa a fazer um estágio, o filho assuma pequenas contas ou despesas da família. Pode ser a própria conta de celular, a gasolina do carro ou mesmo o pão que compra todos os dias pela manhã.

Estas são boas dicas que podemos usar com nossos filhos e ajudá-los a fazer bom uso do dinheiro.

6 comentários:

Anônimo disse...

Eu recebi meu cartão de crédito aos 18 anos da conta conjunta dos meus pais, só usava em casos de emergência. Quando era para alguma compra particular consultava meus pais, informava o valor da compra e pedia autorização para comprar. Acho que isso sempre funcionou muito bem e eles sempre confiaram muito em mim. Quanto a mesada depois dos 21, acho que nao se deve generalizar. Existem casos e casos. Ela é necessária sim, para complementar o salário do estágio, que nunca é suficiente para gastos do universitário. Mas quando um jovem saudável de 21 anos, não estuda, não trabalha e vive de mesada, aí sim tem algo de errado e os pais devem conversar para resolver os problemas com o filho.

Renata Kimberly disse...

Muito bom este artigo.

Tem pais que dão montes de dinheiro para seus filhos e depois eles ficam estragados.

Liana Clara disse...

Renata, com certeza! A criançada precisa estar de grana curta.Até saber fazer bom uso do dinheiro.

Liana Clara disse...

Nosso amigo anônimo mostrou muito bem como funciona a relação de Confiança X Liberdade entre pais e filhos. O assunto mesada sempre é muito delicado, cada caso precisa ser discutido separadamente, nunca generalizar e dar a cada filho a mesma quantia. É preciso planejar a mesada fazendo um cálculo justo das despesas de cada filho.

Anônimo disse...

quero ganhar uma ferrari! será que consigo no lugar da mesada?

Anônimo disse...

Pode ir esperando.... Ferrari é pra quem pode!! Nem filho de Ronaldinho ganha!!!

Postar um comentário